Se tivesse capa, seria algo assim. |
Publicado por: Vblank Entertainment
Director: Brian Provinciano
Designer: Brian Provinciano
Compositor(es): Leonard J. Paul, Jake Kaufman, Matthew Creamer
Plataforma(s): Nintendo 3DS (eShop), PlayStation 3, PlayStation 4, PlayStation Vita, PlayStation Portable, Xbox360, Nintendo Switch, PC e mais outras tantas
Lançamento: 06-02-2014 (EUA/eShop), 20-02-2014 (EU eShop)
Género(s): Acção, Aventura, Sandbox
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão SD, Compatível com modo 3D
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez com muitas horas de jogo em cima.
(Raio de tempo este...)
Só queria ir beber uma jola seus porcos! |
Indie. Uma palavra que actualmente está muito em voga sobretudo no que concerne a jogatana se bem que a primeira vez que ouvi tal coisa foi há muitos anos atrás e relacionado com o mundo musical. Bom, mas o que importa é que esta palavra serve, a meu ver, para separar o trigo do joio. Ainda há bem pouco tempo li algures numa rede social, na página de uma conceituada empresa do ramo, um comentário de alguém que estava farto, e passo a citar, "de indies da treta" isto relativamente a uma oferta de jogos mensal. Ora bem, claramente esta pessoa faz parte daquele grupo crescente de casuais cujo o mercado se destina nos dias que correm, enchendo o papo com os chamados triple A que cada vez mais estão piores, bloated e cuja tendência (assim o espero) é rebentar mais cedo ou mais tarde. Chamar "indies da treta" a um jogo que é feito por fãs que cresceram a jogar e nutrem uma paixão verdadeira pela coisa é no mínimo injusto já para não dizer nojento. Mas ide lá jogar os jogos com "altes gráfiques realistas" e sejam felizes na vossa ignorância. Isto tudo foi apenas para apresentar o jogo que trago até aqui hoje (mais pareceu um rant mas ok) que foi adquirido algures entre Maio e Junho de 2016 num pacote do Humble Bundle por 1 dólar.
Dr. Eggman I presume? |
Retro City Rampage DX é daqueles jogos aos quais podemos chamar uma verdadeira carta de amor a toda uma época. Nascido de um projecto homebrew que teve início em 2002 com o nome apropriado de Grand Theftendo, RCRDX revelou mais tarde e já com ajuda de outras pessoas envolvidas ser uma verdadeira viagem no tempo que nos remete para os anos 80 e 90, com toda a sua pop culture a vir ao de cima das mais variadas formas. Sejam referências a filmes como Back to the Future ou jogos como Metal Gear e River City Ransom (adivinhem de onde vem o nome), este jogo é uma verdadeira caixinha de surpresas que se torna melhor à medida que o jogamos. Podia fazer um pequeno resumo da história mas é preferível que sejam vocês a desfrutar disso.
Num tanque, é tudo mais fácil... |
Como bom indie que é, RCRDX presenteia-nos com uns visuais altamente retro, inspirados naqueles que a NES nos habituou mas sem as suas limitações. Aqui temos um look retro 8-bit mas com uma palete de cor muito mais ampla, efeitos visuais igualmente a condizer e a escolha de podermos mudar tudo isto para outras paletes a recriar consolas e computadores da época. A perspectiva top down remete-nos para o GTA original e aqui funciona muito bem, com tudo a mexer-se a uma velocidade por vezes estonteante e animações excelentes. Em alguma partes o jogo adopta uma vista lateral 2D prestando assim a sua homenagem a jogos do género.
A música em RCRDX é algo que rapidamente nos fica no ouvido, com temas bastantes memoráveis e sobretudo catchy, os quais não nos fartamos de ouvir. O melhor disto tudo é que podemos ouvi-los quase que constantemente, visto à boa maneira de GTA, podermos seleccionar a música enquanto andamos de veículo. Não só a banda sonora é excelente mas também todos os efeitos sonoros são bastante bons, sem se tornarem monótonos ou mesmo irritantes.
Lembram-se do TMNT na NES? |
O que RCRDX faz excepcionalmente bem é proporcionar-nos uma jogabilidade excelente. O controlo da nossa personagem é fácil e intuitivo tal como o dos veículos que inicialmente me pareceu um pouco estranho mas ao final de 5 minutos parecia que já jogava o jogo há séculos. E não só podemos andar aos tiros e murros mas podemos também saltar sobre tudo quanto é sítio e personagem à la Super Mario, bem como conduzir todo o tipo de veículos que se encontram pela cidade. As missões dividem-se entre as de história e algumas missões extra que nos levam aos mais variados sítios e de encontro às personagens mais caricatas que nos possamos lembrar. É de recordar que RCRDX é uma enorme paródia e tudo aqui é aproveitado ao máximo. O mais incrível é como um jogo tão pequeno consegue albergar tanta coisa para se fazer, desde a história às missões opcionais onde o caos é a palavra de ordem. E se é de caos que gostam, o modo Free Roaming permite-nos andar pela cidade sem objectivos a fazer o que bem nos der na gana.
Ah, o velho Smash TV iria ficar orgulhoso. |
Curiosamente este jogo recebeu múltiplos updates antes desta versão DX, bem com teve direito a uma versão 486 em disquete para correr em computadores dessa época com todas as suas limitações tidas em conta. Só a versão PC teve 15 updates desde que saiu o que por si só diz muito desta pequena equipa de gente talentosa. A título de curiosidade, é possível jogarmos a versão protótipo do jogo, Rom City Rampage, visto esta ter sido incluída na versão DX.
Em suma, Retro City Rampage DX é um jogo obrigatório para quem é verdadeiramente fã de videojogos e cresceu durante os 80's e 90's. Só peca pela disponibilidade limitada no que concerne a edições físicas (existem mas não são de fácil acesso como um jogo comum) mas ainda assim, as edições digitais estão ao alcance de todos. E com tudo isto, é óbvio que estamos perante um JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: aliens num FPS, na Wii.
MURRALHÕES DE FORÇA:
MURRALHÕES DE FORÇA:
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