4 de janeiro de 2020

Vampire Night

Yep, "vampiros" com pistolas.
Desenvolvido por: Wow Entertainment (Sega)
Publicado por: Namco
Plataforma(s): PlayStation 2, Arcade
Lançamento: 14-11-2001 (EUA), 06-12-2001 (JP), 14-06-2002 (EU) (PS2)
Género: On rail shooter
Modos de jogo: Modo arcade e special para um ou dois jogadores, outros modos para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (36KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração, Compatível com G-Con2 e G-Con45
Estado: Completo
Condição: Bastante bom, com ligeiras marcas de utilização
Viciómetro: Acabei-o várias vezes em arcade e em special, continuando ainda neste modo para ir desbloqueando os extras que faltam.

Sem autocolantes feiosos.
Para começar esta nova década nada como abordar um género perdido no tempo, os on rail shooters, que tanto tempo e moedas nos consumiram no passado quando os salões de jogos eram um local quase de culto para entusiastas não só de videojogos mas outros divertimentos em geral. E foram muitos os títulos que tive oportunidade de desfrutar entre os anos 90 e os 00's (mais coisa menos coisa entre 2001 e 2003), sendo que este género se tornou comum também na consolas. Nesta minha demanda de arranjar todos os rail shooters que considero decentes, eis que me deparo com mais um que por acaso nunca tinha jogado em arcade e assim fico mais perto de os ter todos faltando-me apenas na PS2 o Gun Survivor 2 e o Dino Stalker. Este exemplar foi adquirido algures em Dezembro de 2019, por 4€ na CeX do Almada Fórum.


Manual, papelito e disco.
Vampire Night é um jogo com uma premissa bastante simples: matar vampiros. E podia ser só isto mas é óbvio que existe uma história a servir de pano de fundo à acção do jogo. Esta coloca-nos no centro de uma luta que dura há 300 anos entre as força da luz e da escuridão, onde os nossos caçadores de vampiros Michael e Albert, confrontam outros vampiros que tomaram de assalto uma zona localizada algures em França durante 2006 mas que parece ter parado no tempo algures no século XIX. Digo "outros" vampiros pois eles próprios são Dhamphyrs, logo meio humanos, meio vampiros embora o seu objectivo seja salvar os habitantes que encontrem pelo caminho e colocar um ponto final na questão. Não é de todo um trama interessante mas dado o género de jogo não precisa de o ser.

Não, não é o Drácula...
Sendo um port de um jogo de arcada saído em 2000, Vampire Night não prima pelos visuais que parecem bastante simples e até datados quando comparados a outros jogos do género na plataforma. Os cenários variam um bocado com diferentes locais por onde vamos passar ainda que tudo tenha um look bastante uniforme e até mesmo desinteressante lá mais para a frente. Diria mesmo que não está muito longe de por exemplo do primeiro The House of the Dead pelo que não existe grande detalhe nas coisas e mesmo nos inimigos. Contudo os bosses têm o seu lugar de destaque pois assumem sempre mais do que uma forma e costumam ser de grandes dimensões. A acção do jogo decorre a 50 frames visto ser a versão PAL e não existir opção para jogar a 60 como em outros jogos. Mas isto é sem dúvida um mal menor pois é praticamente imperceptível e não afecta em nada a performance tanto do jogo como nossa.

Podemos salvar este senhor.
Como seria de esperar num jogo destes, o voice acting está presente e é terrível, algo que a meu ver não faria sentido de outra maneira pois neste género é quase que imperativo que assim o seja. Dá sempre aquele feeling de B-movie que se pretende. A música também não é de todo memorável o que é pena pois os jogos mais famosos dentro do género têm faixas memoráveis que ainda hoje nos remetem para aqueles tempos onde gastávamos a moedas todas na mesma máquina na tentativa de conseguir chegar o mais longe possível. Já os efeitos sonoros são o standard com tiros, gritos, grunhidos e afins a popular todo o espectro audível.

Esta miúda vai meter-se em encrencas.
Em termos de jogabilidade, Vampire Night oferece a possibilidade de jogarmos com as excelentes pistolas da Namco ou em última instância com o velhinho Dualshock 2 que não é de todo a melhor experiência mas que na minha mais modesta opinião, e quando não se tem as pistolas e um CRT disponível, funciona com algum treino. O jogo, tal como tantos outros coloca-nos contra hordas de inimigos pelo que temos de os despachar com a pistola, recarregando quando necessário. Pelo caminho podemos recolher itens que nos auxiliam, salvar pessoas e afins, culminando sempre num boss de final de nível com pelo menos duas fases. Um dos níveis até nos permite levar rotas diferentes que acabam sempre no mesmo final mas ainda assim é bom para variar. Jogar com o Dualshock 2 pode parecer um pesadelo mas até é bastante fácil pois podemos controlar a mira com o joystick e até acelerá-la com o devido botão para o efeito. Nas opções até podemos aumentar a velocidade da mesma se for caso disso. O melhor é podermos disparar e fazer reload quase que em simultâneo, tornando assim as coisas bem mais fáceis.

Never bring a knife to a gun fight...
O jogo apresenta o tradicional Arcade Mode, onde temos a experiência praticamente idêntica à de arcada e que rapidamente se acaba pois o jogo é bastante fácil quando comparado como outros do género. O Special Mode apimenta um pouco as coisas ao introduzir missões dadas por pessoas que vão desde salvar outras pessoas (normalmente familiares), até recolher objectos ao longo dos 6 níveis que o jogo apresenta. Ao concluirmos estas missões somos recompensados com itens e prata, sendo que esta serve para comprar armas novas, equipamento e itens de auxilio que se gastam com uma utilização. Estes vão desde começar com mais vidas, mais créditos ou fazer warp para um determinado nível. Ao progredirmos neste modo completando missões, vão surgindo novas armas e itens para se irem adquirindo na loja concebida para o efeito. Durante o jogo, ao pausarmos temos acesso a trocar de armas e equipamento ao nosso gosto, algo que poderá quebrar o frenesim do jogo pois teria mais piada ser em tempo real durante a acção. Existe ainda um Training Mode com diferentes níveis onde podemos praticar a nossa pontaria mas aqui tem mesmo de ser com pistola devido aos limites de tempo.

Vampire Night é uma boa experiência no geral ainda que esteja longe de ser dos melhores no género. Peca por ser um pouco curto e não ter muita variedade de inimigos ou até mesmo muitos em simultâneo mas o Special Mode é um chamariz para se continuar a jogar por diversas vezes na tentativa de conseguir comprar tudo. Se gostam deste género, recomendo que tentem este JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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