13 de julho de 2020

Virtua Fighter

As caixas japonesas são tão melhores.
Desenvolvido por: Sega AM2
Publicado por: Sega
Director: Yu Suzuki
Produtor: Yu Suzuki
Designer: Seiichi Ishii
Compositor: Takayuki Nakamura
Plataforma(s): Sega Saturn, Arcade, PC, 32X
Lançamento: 22-11-1994 (JP), 11-05-1995 (EUA), 08-07-1995 (EU)
Género: Fighting
Modos de jogo: Modo Arcade para um jogador, Multiplayer Vs. para dois jogadores
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de highscores na memória da consola ou Backup Memory Cart
Estado: (In)Completo, falta o spine card
Condição: Medíocre, o CD está bastante riscado e tem see throughs, a capa/manual tem marcas de uso.
Viciómetro: Acabei-o várias vezes ao longo dos anos.

A parte traseira.
Nos anos 90 a ideia de ter jogos arcade em casa era algo futurista e até impraticável mas não demorou muito até que isso começasse a ser uma realidade cada vez mais alcançável. Com o advento da PlayStation e da Saturn, rapidamente começaram a aparecer ports de jogos arcade que a bem ou a mal lá tentavam o seu melhor para proporcionar a mesma experiência ou algo próximo disso. Porém, nem todas as tentativas foram bem sucedidas pois os resultados variavam bastante de jogo para jogo e já se sabe que a pressa sendo inimiga da perfeição originou exemplos que hoje fazem parte da história de como não fazer algo. O jogo que trago até aqui hoje ilustra, uma vez mais, esta situação de se apressar um jogo para coincidir com o lançamento de uma consola. Este meu exemplar aterrou na colecção há bastantes anos, tendo tido uma vida de abusos e pelo que sei veio de Macau. Posteriormente saiu da minha colecção por algum tempo mas lá regressou novamente algures em 2018 e agora é mesmo para ficar.


Manual e disco.
Virtua Fighter é daqueles jogos que marcaram toda uma geração pelo facto de ter sido o primeiro jogo arcade de luta com um grafismo inteiramente tridimensional. E claro, não só por este motivo mas também pela qualidade e performance técnica que apresentava, com lutadores de grandes dimensões em combates "realistas" ao contrário do que acontecia com jogos do género em 2D. O certo é que muitas moedas foram gastas para se tentar chegar ao final pois não era um jogo fácil e quando a Saturn finalmente fez a sua estreia, era jogo que todos queriam ter. Mas será que valia a pena o investimento? Já se vai ficar a saber.

A escolha não é vasta...
No departamento visual, Virtua Fighter na Saturn sofreu um óbvio e notório downgrade muito por culpa de se ter apressado a produção deste port o que resultou numa miríade de pequenos mas visíveis problemas. O grafismo inteiramente 3D funciona bem no geral com bastantes polígonos a ser utilizados em simultâneo mas que foram a modos que reduzidos para serem adequados ao hardware da consola. As animações são bastante decentes mas no geral a fluidez parece ter sido afectada pois não é tão suave quanto me lembro face à versão arcade. Por outro lado sofre com alguns glitches gráficos e pop-in, algo que no geral não é nada bonito de se ver. E claro que tudo o resto se mantém intacto, onde temos arenas cujo o único propósito é albergar os lutadores, sem grande detalhe e onde apenas muda o fundo.

Pronto para apanhar nas ventas!
A componente sonora de Virtua Fighter é provavelmente o ponto forte deste jogo onde as músicas da versão arcade são reproduzidas na integra com uma qualidade fantástica, bem como todos os efeitos sonoros e vozes. E digamos que esta banda sonora é bastante icónica, pelo menos para mim, pois fartei-me de ouvir estas faixas vezes sem conta enquanto gastava moedas na máquinas, até finalmente o jogar na Saturn sem gastar um chavo. Sim, tanto as consolas como os jogos chegar todas à colecção da melhor forma: gratuitamente.

Aqueles polígonos...!
Em termos de jogabilidade Virtua Fighter é provavelmente o jogo de luta mais simplista que me lembro de ter jogado. Com apenas 3 botões podemos dar murros e pontapés, bem como agarrar o adversário e bloquear os seus golpes sem complicações. O botão de defesa era algo estranho pois por norma os jogos do género usam o dpad para o efeito ao pressionar-se a direcção oposta àquela para onde estamos virados mas aqui funciona perfeitamente. Os combates por norma são bastante rápidos e frenéticos, acabando com o adversário no chão ou com um ring out se o atirarem para fora da arena. Mas apesar disto ter a sua dose de divertimento, o certo é que o jogo é apenas isto. Um modo Arcade e um modo Vs. sem mais nada para nos manter ocupados depois de ter dado a volta com todos os lutadores. Neste aspecto, a concorrência com o Tekken foi bastante mais feliz a todos os níveis.

No geral, Virtua Fighter é um produto do seu tempo mas também um exemplo de como não se fazer um port. Ao preço que custava na época, acredito que tenha sido um murro no estômago para muitos que decidiram comprá-lo pois a nível de conteúdo ficaram bastante desfalcados. Mas ainda assim não deixa de ser um clássico e portanto é um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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