Aquele autocolante à frente... |
Publicado por: Microsoft Studios
Produtor: Piotr Krzywonosiuk, Alan Van Slyke, Chris Wynn
Artista(s): Waylon Brinck, Wyeth Johnson
Argumentista(s): Rob Auten, Tom Bissell
Compositor: Steve Jablonsky, Jacob Shea
Motor gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): Xbox360, PC
Lançamento: 19-03-2013 (EUA), 22-03-2013 (EU)
Género: Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores co-op (local) ou até quatro (online), Multiplayer Online para até 10 jogadores
Funcionalidades: Instalação opcional no disco rígido (7.2GB), Gravação de progresso no disco rígido/Memory Card, HD 720p, 1080i, 1080p, Leaderboards Online, DLC adicional
Media: DVD-ROM
Estado: Completo
Condição: Muito boa, muito poucas marcas de uso
Viciómetro: Acabei a campanha Judgment uma vez em Normal, tendo outra em progresso em Hardcore. Acabei a campanha Aftermath uma vez em todas as quatro dificuldades.
E atrás não tem...! |
No que concerne a exclusivos de peso, a saga Gears of War é provavelmente aquela que se destaca mais nas consolas Microsoft. Sim, eu sei que Halo tem uma fandom bem maior e até mais reconhecimento no geral mas pessoalmente tenho um especial apreço por Gears e por tudo aquilo que originou desde o lançamento do original, algo que só em 2020 é que decidi descobrir e explorar. E com ainda mais dois títulos na saga principal por jogar, 4 e 5, algo que espero fazer futuramente, eis que chegou a altura de explorar o último jogo da saga a ser lançado na Xbox360 numa espécie de despedida para dar lugar à nova geração que se seguiu. Embora não tenha sido desenvolvido pela Epic Games o certo é que consegue manter tudo aquilo que caracterizou os jogos anteriores e ainda acrescentar algo mais para o tornar de algum modo distinto. Este exemplar foi adquirido no final de Setembro de 2020, por 5 euros numa loja de usados, estando em muito bom estado de conservação, felizmente.
Papelada e disco. |
Gears of War: Judgment poderia ser talvez o último capítulo da saga mas logo a julgar pelo subtítulo concluímos que não o é. Em vez disso assume-se com uma espécie de prequela do original e side story do terceiro jogo. Inicialmente começamos por assistir ao julgamento do esquadrão Kilo, composto por Baird, Cole, Paduk e Sofia, que perante um tribunal de guerra presidido pelo coronel Ezra Loomis onde são acusados de diversos crimes de guerra nomeadamente o uso não autorizado de um míssil Lightmass o que só por si dá direito a pena de morte. Cada depoimento que vamos "ouvir" é um capítulo nesta história contando por cada um dos intervenientes. A side story seguinte decorre durante os eventos de Gears of War 3 onde Baird, Cole e Carmine regressam a Halvo Bay encontrando Paduk, sendo que o objectivo é arranjar maneira de chegar a Azura.
As missões apimentam as coisas. |
Em termos visuais Gears of War: Judgment não se afasta muito daquilo que pudemos vislumbrar em Gears of War 3, onde o pináculo da qualidade gráfica da saga é atingido na Xbox360. Os locais são bastante variados ainda que não tanto quanto os dos dois jogos anteriores, com imensos pormenores e detalhes um pouco por todo o lado, excelentes animações tanto das nossas personagens como dos inimigos e uma performance bastante sólida a 30fps onde a própria consola faz o upscale para 1080p e que me parece decente q.b. uma vez que não sou muito exigente neste campo. Mesmo nas escaramuças mais acesas o jogo não abranda com a quantidade de explosões, gibs e afins no ecrã.
As COG Tags são os únicos collectibles no jogo. |
Na parte audível, Gears of War: Judgment conta com uma banda sonora dinâmica, algo que já é comum na saga sem nenhuma faixa que me seja particularmente memorável. No geral o som ambiente é aquilo que mais vamos ouvir e o que realmente interessa sobretudo para termos noção da posição dos inimigos. O voice acting conta com a mesma qualidade dos anteriores, com diálogos moderadamente sérios e bastante exposição o que nos dá a conhecer mais intimamente o propósito de certas personagens sem que seja tão profundo e pessoal como nos dois jogos anteriores. Baird também não faz as graçolas habituais com tanta frequência o que achei bastante estranho. Os efeitos sonoros e afins são excelentes como seria de esperar, desde o som dos tiros, explosões, gritos, grunhidos e membros a serem desfeitos.
As armas destes tipos são úteis! |
No campo da jogabilidade as coisas mudaram ligeiramente em certos aspectos. Embora tudo se processe como por exemplo em Gears of War 3 em termos de controlo e afins, temos agora um jogo dividido em seis capítulos onde os cenários são menos expansivos e mais contidos sendo que em cada capítulo existem diversas missões que podemos completar denominadas Declassified Missions. Estas são compostas por diversos objectivos que vão desde proteger algo, usar apenas certas armas, ficar incapacitado visualmente em certas zonas, ter tempo para completar a missão sob pena de a falhar entre outros. Isto serve não só para apimentar as coisas em termos de história mas também acelerar o processo de conseguir as 3 estrelas que existem em cada um destes segmentos. Esta nova mecânica confere um toque arcade ao jogo, tornando a acção mais frenética uma vez que para ganharmos estrelas temos de derrotar inimigos de forma eficaz e rápida. O propósito de acumular estrelas serve para desbloquear outras coisas no jogo como por exemplo a campanha Aftermath (embora nesta este sistema não se aplique). Algo que também faz transparecer esta vertente arcade é o facto das mobs inimigas mudarem sempre que morremos o que nos permite "escolher" o melhor grupo ou aquele que consideramos mais fácil derrotar. Tal como nos jogos anteriores, a progressão da nossa personagem é feita em todos os modos onde existem imensas maneiras de ganhar XP e assim rapidamente chegar a nível 50 e desbloquear imensas coisas no processo.
Não é a Normandia mas é parecido. |
Embora ambas as campanhas sejam mais pequenas que as dos jogos anteriores, Gears of War: Judgment oferece a possibilidade de co-op até quatro jogadores online e em certas partes vê-se que o jogo foi feito com isso em mente pois nas dificuldades máximas, os nossos companheiros controlados pelo cpu nem sempre tomam as melhores decisões apesar de serem meramente imortais. Por outro lado temos os modos multiplayer local e online, com vertentes competitivas e cooperativas, onde podemos defrontar outros jogadores ou bots nos mais variados modos de jogo ainda que tenham omitido um dos meus favoritos, o Horde mode. Em vez disso temos um Survival onde temos de sobreviver ao longo de dez ondas de inimigos cada vez mais fortes algo que com bots é bastante difícil mesmo em Casual. Os outros modos incluem alguns velhos conhecidos e outros tantos modificados onde até temos um Team Deathmatch à antiga ainda que a selecção de cenários esteja reduzida a quatro, algo que não compreendo pois podiam incluir neste modo e noutros até todos os cenários.
No geral Gears of War: Judgment é um excelente jogo dentro da saga ainda que não seja o melhor. Contudo existe aqui muita coisa para nos manter ocupados e o facto de termos objectivos a cumprir na campanha Judgment, faz com que o replay value seja elevado, sobretudo se tentarem apanhar todas as estrelas em Hardcore e Insane. E os diversos modos multiplayer só o favorecem ainda mais por poderem ser jogados localmente com amigos ou bots. Assim sendo, é certo que estamos perante mais um JOGALHÃO DE FORÇA!
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