19 de julho de 2021

Gato Roboto

Mais uma capa custom!
Desenvolvido por: doinKsoft
Publicado por: Devolver Digital
Director(s): Britt Brady, Cullen Dwyer, Joseph Bourgeois
Produtor(es): Britt Brady, Cullen Dwyer, Joseph Bourgeois
Designer(s): Britt Brady, Cullen Dwyer, Joseph Bourgeois
Artista(s): Miroko, Guillaume Singelin
Plataforma(s): Nintendo Switch, XboxOne, PC (Steam), Linux, macOS
Lançamento: 30-05-2019 (Nintendo Switch, PC, Linux, macOS), 21-04-2020 (XboxOne)
Género(s): Aventura, Plataformas, Meowtroidvania
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória da consola, HD 720p (Handheld), 1080p (Docked)
Media: Formato Digital
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez a 100%.

E a respectiva traseira.
O termo Metroidvania é hoje usado de forma comum para nos referirmos a um subgénero específico de videojogos mas em tempos isso não acontecia sendo que eram conhecidos apenas por jogos de aventura, exploração, acção e plataformas. Não sei ao certo quando foi a altura em que o termo entrou em voga mas a arriscar diria que foi após o lançamento de Castlevania: Symphony of the Night, um jogo cuja estrutura se assemelha em muito a Super Metroid, lançado anos antes, e daí o termo que resulta da fusão destes dois nomes. Muito anos e muitos jogos mais tarde, eis que surge um dentro deste subgénero que consegue ir um pouco mais além e gerar um novo termo, um pouco por piada pois insere-se no mesmo género que todos os outros. Este exemplar digital chegou à colecção a 16 de Abril de 2021, tendo custado €3.99 numa promoção da Nintendo eShop.
 

Santinho!
Gato Roboto é mais um Metroidvania num imenso oceano de jogos dentro do género que existem hoje em dia e cuja qualidade varia substancialmente de título para título. No caso deste diria que não reinventa a história mas dá-lhe um twist original e divertido e tem até o privilégio de criar um novo termo: Meowtroidvania! Isto tudo porque assumimos o papel de um gato, mais concretamente uma gata chamada Kiki que tem por missão salvar o seu dono cuja nave despenhou-se num planeta alienigena e o impede não só de deixar o dito como mesmo sair da própria nave. É aqui que Kiki devido ao seu pequeno tamanho consegue explorar o planeta mas sem esquecer que terá uma armadura para a ajudar nos confrontos e chegar aos locais mais inóspitos.

Toscaria debaixo de água.
Do ponto de vista visual, Gato Roboto é um jogo simples com um grafismo que opta por utilizar no máximo duas cores: preto e branco. Contudo existe aqui alguma variedade visual nos locais que podemos explorar, com imensos pormenores, excelentes animações e uma sprite work bastante diversificada que se reflecte não só na nossa Kiki mas também nos inimigos e claro nos bosses, alguns deles assim para o grandote. A performance do jogo é bastante boa mesmo quando há muita coisa em simultâneo no ecrã o que resulta em explosões e afins. Esta opção monocromática pode parecer aborrecida para alguns mas o certo é que vamos poder mudar esta palete ao coleccionarmos alguns itens escondidos que nos dão novas paletes de cor, alguma reminiscentes de clássicos como o Game Boy original.

Um bigode à lorde!
Sonoramente este título não é de todo algo que me tenha ficado na memória embora as faixas que oferece complementem bem o ambiente hostil e de solidão que por norma este género transmite, especialmente quando a história decorre num planeta alienigena. Em certas partes a música muda para algo mais intenso, sobretudo quando somos emboscados em certas zonas ou nos confrontos com os bosses. Os efeitos sonoros no geral cumprem a sua tarefa, desde os tiroteios, explosões e claro sem esquecer os diálogos que são completamente gibberish mas conferem um toque subtil e divertido ao jogo. E obviamente Kiki mia, diversos tipos de miados até conforme a sua disposição pois é uma gata para lá de inteligente.

Fora da armadura também se explora.
Na parte da jogabilidade, Gato Roboto é tão simples quanto tudo o resto. O controlo de Kiki é fácil e intuitivo, podendo esta pular e disparar sobre os inimigos, com alguns upgrades que pode encontrar pelo caminho que lhe conferem novas habilidades e maneiras de despachar inimigos e obstáculos por forma a progredir. Embora não seja tão complexo quanto Super Metroid, por exemplo, existem diversos segredos a descobrir, alguns deles bem escondidos bem como collectibles que como referi acima nos permitem mudar a palete de cores entre outros. A estrutura do jogo está concebida de forma a que nem sempre possamos usar a nossa armadura, o que faz com que Kiki fique vulnerável a todo o tipo de dano bastando um toque para a matar. Contudo, fora da armadura pode chegar a locais que de outra forma não conseguiria chegar. Apesar de não ser um jogo longo ou difícil, Gato Roboto tem os seus momentos sobretudo em alguns bosses onde se requer alguma estratégia.

Na actual imensidão de Metroivanias que existem no mercado, Gato Roboto é sem dúvida um daqueles que recomendo vivamente. É divertido, simples e apesar de curto dá sempre para repetir novamente caso não vos apeteça algo mais complexo. E posto isto, este é sem dúvida mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:

 

2 comentários:

  1. Eis um jogo que a primeira vez que eu conferi o trailer, simplesmente não dei muita bola pelo motivo que apontou "imensidão de Metroivanias que existem no mercado". Eu realmente to saturado de conferir games com a mesma premissa, e saber que Gato Roboto foge um pouco dessa formula mesmo que um pouco, realmente me anima.

    Preciso reconhecer que conseguiu estimular meu interesse pelo game. Principalmente pelo motivo de ser curto. Vou esperar uma promoção e quem sabe pego ele.

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Sim, hoje em dia existem demasiados Metroidvanias e muitos deles chegam a ser medíocres pois não acrescentam nada de novo ao género. Mas jogar com um gato dentro (e fora) de um mech é sempre positivo, seja em que género for!

    ResponderEliminar