25 de julho de 2022

Deadly Premonition 2: A Blessing in Disguise

Boa artwork!
Desenvolvido por: Toybox Inc., White Owls Inc., Now Production
Publicado por: Rising Star Games (EU/US), Toybox Inc. (JP), Nintendo Australia (AU)
Director: Hidetaka Suehiro
Produtor: Tomio Kanazawa
Argumentista(s): Hidetaka Suehiro, Kenji Goda
Compositor: Satoshi Okubo
Motor gráfico: Unity
Plataforma(s): Nintendo Switch, Microsoft Windows
Lançamento: 10-07-2020 (Lançamento Mundial Switch), 11-06-2022 (PC)
Género(s): Acção, Aventura, Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória da consola, HD 720p (Handheld), 1080p (Docked)
Media: Cartão de jogo
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez com a maior parte das coisas terminadas.

Em Português e Espanholês.
Há muitos jogos que recebem sequelas, por vezes mais do que aquelas que merecem ou que se estendem para lá daquilo que considero aceitável. Outros tantos que as merecem estão anos sem verem uma, ou mesmo nunca chegam a vê-la. E depois há aqueles que não estamos à espera que tenham mas ainda assim, do nada, é anunciada uma sequela sem que nada o previsse. É o caso do jogo que trago até aqui hoje, cuja sequela era até ao momento da sua revelação quase que impensável devido a inúmeros factores. Este meu exemplar foi adquirido em Junho de 2021 por cerca de €23 na Fnac do Almada Forum.

Arte interior e cartão de jogo.
Deadly Premonition 2: A Blessing in Disguise como o nome sugere é a sequela do famoso Deadly Premonition, um jogo conhecido por ser bastante janky e criticado pela imprensa da especialidade (como se esses fossem autoridade no assunto...) mas adorado pelos fãs e por quem realmente gosta de jogar e consegue ver o que de genial existe no jogo. Mas não se trata apenas de uma sequela pois durante a maior parte do tempo vamos estar a investigar um caso que se passa antes dos eventos do primeiro jogo logo é também uma prequela que desvenda mais alguns mistérios em torno do eterno Francis York/Zach Morgan. Desta vez a história começa em 2019, onde um Zach debilitado está a ser investigado pelo FBI pela agente especial Aaliyah Davis e o seu parceiro Simon Jones, acerca do assassinato de Lise Clarkson em Le Carré. É aqui que Zach nos conta o que se passou nessa pequena cidade uns valentes anos antes, enquanto ele próprio investigava um caso acerca de uma droga chamada Saint Rouge que envolvia a mesmíssima família.

Este tipo está carcomido!
Na parte visual, Deadly Premonition 2: A Blessing in Disguise tem um tom ligeiramente diferente do original algo que se destaca logo à partida pelo grafismo que se apresenta numa espécie de cel shading e confere um look mais cartoonish e menos sério. O ambiente do jogo é também completamente diferente deixando para trás a atmosfera sombria do original em prol de algo mais colorido e com tons mais quentes até porque a acção decorre no Louisiana. Ainda assim o ambiente conseguido é excelente e cheio de mistério, algo que não podia ser de outra forma. A cidade é ligeiramente mais pequena do que a do original mas contém diversos locais de interesse para explorar e visitar. O grafismo é na sua maior parte funcional, com o nível de jankiness esperado desta saga onde as animações são competentes mas por vezes estranhas em certas situações. A performance é estável mas antes dos patches tinha partes que se revelavam difíceis de digerir, sobretudo quando a andar de skate pela cidade.

Os novos investigadores.
Na componente sonora é provavelmente onde existe mais cuidado com uma panóplia diferente de personagens a serem interpretados e com performances bastante boas onde os diálogos nunca se tornam enfadonhos e chegam a ser por vezes geniais como seria de esperar visto existirem personagens bastante caricatos e com vidas no mínimo estranhas. A música é também memorável com alguns temas que ficarão no ouvido por bastante tempo, sobretudo o que podemos ouvir enquanto nos deslocamos de skate pela cidade. Contudo, na minha opinião, a banda sonora não é tão boa quanto a do primeiro. Os efeitos sonoros cumprem a sua função decentemente durante a maioria do tempo mas ocasionalmente podem ouvir algo "fora do sítio". Mas infelizmente não ouvimos sons de macacos quando avistamos esquilos.

Vamos andar imenso nisto.
Na parte da jogabilidade, Deadly Premonition 2: A Blessing in Disguise é praticamente igual ao seu antecessor com algumas nuances. Podemos explorar a cidade ao nosso ritmo, com diversas side quests para fazer, algumas delas que duram ao longo de vários dias e outras que só podem ser feitas em alturas específicas ao longo da história pelo que devemos progredir devagar para evitar falhar alguma. York pode andar e correr por todo o lado mas desta vez conta também com um skate que lhe permite deslocar-se com maior rapidez pelas tranquilas ruas de Le Carré. Este skate pode ser melhorado com upgrades e podemos ainda aprender truques típicos de quem anda de skate. Tudo isto porque o nosso carro é roubado logo ao início. Apesar da relativa tranquilidade do local, Le Carré é um sítio perigoso e York pode fazer uso de armas de fogo para combater os estranhos inimigos que pululam pela cidade e em determinados locais. Estas armas podem também ser melhoradas com upgrades que se traduzem em colares e contas que podemos combinar para ter vários efeitos nas armas, desde melhor accuracy, mais alcance, mais rapidez no disparo, provocar dano com fogo e outros elementos, entre outras coisas. Existem também diversos mini jogos para nos manterem entretidos se for caso disso que vão desde bowling a atirar pedras para a água. Continuamos a ter de cuidar da alimentação e higiene pessoal de York, bem como da sua saúde mental (dormir e tal) algo que não podia ser omitido.

Esta miúda sabe umas coisas.
Como seria de esperar existem inúmeras personagens com as quais vamos interagir e que nos dão pistas acerca do caso, bem com as referidas side quests que posteriormente nos recompensam sempre com algo, desde o menos útil a itens únicos. E é nestas personagens que reside o carisma do jogo, algo inerente à saga, com gente completamente tresloucada mas sempre interessante de se conhecer melhor. York conta ainda com a ajuda de uma pequena sidekick de nome Patti, uma miúda bastante perspicaz que por vezes é mais inteligente que qualquer adulto neste jogo. Os dois vão formar uma amizade inesperada e que a nível de história fará todo o sentido quando chegarem ao final. Porém a meu ver, o jogo perde um bocado para o primeiro pois o ambiente não consegue ser tão cativante mas isso penso que seja mesmo mais uma opinião pessoal.

Perspicaz, como sempre.
Deadly Premonition 2: A Blessing in Disguise é aquela sequela que ninguém esperava mas agora que aqui está não nos podemos queixar. Não deixa de ser um jogo com um feeling low budget mas sinceramente é isso que lhe confere carisma e não o queria de outra forma. Pode não ser tão bom quanto o original mas é tempo bem passado e faz-nos querer um terceiro. Só por isso, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:

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