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Duas capas, ambas boas. |
Desenvolvido por: Square Enix, Hexadrive
Publicado por: Square Enix
Director: Hajime Tabata
Produtor: Yoshinori Kitase
Artista(s): Tetsuya Nomura, Isamu
Kamikokuryo
Argumentista: Motomu Toriyama
Compositor(es): Yoko
Shimomura, Tsuyoshi Sekito, Mitsuto Suzuki
Plataforma: PlayStation Portable
Lançamento: 22-12-2010 (JP), 29-03-2011 (EUA), 01-04-2011 (EU)
Género(s): Tactical
Third Person Shooter, Tactical Action RPG
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Universal Media Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Instalação opcional no Memory Stick para reduzir tempos
de loading, Gravação de progresso no Memory Stick (384KB mínimo).
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes em várias dificuldades.
(Quero Duke Nukem Forever 2!)
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Atrás também são diferentes. |
Há uns bons anos atrás, surgiu na
PlayStation um dos
melhores jogos de sempre que dava pelo nome de
Parasite Eve e era vagamente
baseado numa novel com o mesmo nome ainda que pouco partilhasse com a mesma.
Este jogo foi nos dado a conhecer como
"The Cinematic RPG", tendo
sido concebido pela equipa que nos trouxe
Final Fantasy VII. O jogo,
infelizmente, só viu o seu lançamento no Japão e nos Estados Unidos, nunca
tendo chegado à Europa. Anos mais tarde, eis a sequela, cuidadosamente chamada
Parasite Eve II, mudando um pouco aquilo que vimos no primeiro jogo e passando
para um estilo mais
Survival Horror para competir com
Resident Evil. Tendo este
saído na Europa, deixou muito boa gente curiosa ou simplesmente a apanhar do
ar, relativamente à primeira parte. Após este segundo jogo, a série estagnou
durante dez longos e agonizantes anos, sem nada na
PS2 onde a promessa de um
terceiro capítulo se dissipou. Findos estes dez anos, eis que surge na
PSP a
continuação de tudo o que se passou. Este meu exemplar foi adquirido, para não
variar, numa loja
online, por cerca de 20 e poucos euros. Uma vez que é uma
edição especial que dá pelo nome de
Twisted Edition, para além do jogo, traz
ainda um
artbook, dois postais ilustrados, um
voucher de 50% de desconto na
cópia digital de
Final Fantasy II na
PSN (algo que não usei) e uma
skin da
Aya
Brea para usar na
Lightning, em
Dissidia 012 Duodecim.
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Manual, vouchers e UMD. |
The 3rd Birthday, deixou de lado o título
Parasite Eve e
assume-se assim como o terceiro episódio nesta saga. Para todos os efeitos é o
terceiro mas analisando bem a questão a fundo, para a maioria dos fãs, eu
incluído, é apenas um
spin-off pois a história é demasiado rebuscada e a
ausência do nome assim o sugere. E passando a factos concretos, a acção começa
em 2012, onde
Manhattan é mais uma vez, o palco de um cenário dantesco, algo que tem
tendência em acontecer durante a época festiva. Desta vez os culpados são uma
criaturas com forma de plantas gigantescas e que foram apelidadas de
Babels.
Obviamente com estes
Babels surgem os
Twisted, uma raça de criaturas
extremamente agressivas que atacam e consomem os humanos. Passou um ano desde
este ataque e foi criada a
Counter Twisted Investigation (CTI), uma equipa
destinada a lidar com esta praga. E onde é que
Aya entra? Bom, foi encontrada
desmaiada, envergando um vestido de noiva ensanguentado em 2010, pouco antes
disto tudo acontecer. Como é de calcular não se lembra de nada e um dos chefes
da
CTI,
Hyde Bohr, decide usá-la devido à descoberta que fez:
Aya consegue
"transferir-se" de um corpo para outro, uma habilidade à qual
chamaram
Overdive. Assim e com a ajuda de uma máquina que permite viajar no
tempo,
Aya vai ser a chave para conseguirem acabar com esta ameaça antes que a
mesma consuma toda a humanidade. O que tem isto a ver com os jogos anteriores?
Nada...
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Artbook e ilustrações. |
Mas apesar da história manhosa,
The 3rd Birthday tem coisas boas. A começar, o grafismo é do melhor que tenho visto na
PSP. Está ao
nível de
Peace Walker e
Crisis Core, sem dúvida alguma. Embora tenhamos de ver
uma cidade de
Nova York destruída, esta tem bom aspecto no pequeno ecrã, com
diversas localizações, tanto a nível de exteriores como interiores, com bons
pormenores visuais e acima de tudo modelos bonitos e bem concebidos. A acção
também não padece de nenhuma espécie de mal em termos de velocidade e
desempenho mas queixo-me um bocado da câmara que por vezes não nos facilita a
vida. Mas isso é o preço a pagar por ter apenas um
joystick. As personagens em
si estão bastante boas em termos de detalhe, particularmente as principais como
é de calcular.
Aya nunca teve tão bom aspecto até à data. E como é tradição,
cutscenes em
CG fazem as delícias dos fãs, mostrando o já conhecido trabalho da
Square nesta área. Algumas das
cutscenes fazem também uso do motor do jogo, não
sendo más de todo e mantendo alguma consistência no fluir da acção.
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Aya não perde tempo com conversas. |
Mas deixando os "altes gráfiques" de parte, a
sonoridade em
The 3rd Birthday é também um ponto forte, com uma excelente banda
sonora composta por novos temas mas também alguns bem conhecidos para quem
jogou os anteriores episódios da saga, deixando um certo sentimento de nostalgia
no ar. É sempre bom ouvir aquele tema principal, nem que seja
remixado. Os
efeitos sonoros são bastante decentes, considerando o tipo de jogo e a
plataforma onde corre mas algo que me ficou no goto, por assim dizer, foi o
voice-acting. A escolha de actores foi péssima, especialmente para
Aya que
neste jogo parece ser uma pessoa sem personalidade e debilitada, ao contrário
dos anteriores onde é uma mulher de armas. Mas o pior é o seu
sidekick,
Kunihiko Maeda, do primeiro jogo, que neste parece um verdadeiro
hentai~kun, ou
se preferirem, um pervertido de primeira. A voz dele é que o faz parecer assim,
devido ao actor que fez questão de tornar os diálogos no mínimo estranhos.
Enfim, é terrível mesmo.
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Um dos bosses a ser massacrado. |
E sendo diferente em quase tudo, quando comparado aos jogos
passados, na jogabilidade também tudo mudou. Agora estamos perante um
TPS, com
alguns elementos de estratégia e
RPG, à mistura. O jogo desenrola-se ao longo
de vários níveis que compõem os vários capítulos. Neste níveis vamos
invariavelmente combater hordas de
Twisted, utilizando para tal os soldados que
nos ajudam. É aqui que entra o
Overdive de
Aya que, tal como o nome sugere, nos
permite "mergulhar" no corpo de qualquer soldado assumindo assim o
controlo e podendo utilizar as armas que ele tenha. Obviamente também levamos
as nossas, armas estas que vamos encontrado com este método e podemos ir
evoluindo com os
Battle Points (BP) que vamos acumulando com os confrontos. A
parte reside também neste aspecto pois podemos entrar no corpo dos soldados
somente para os tirar da linha de fogo dos inimigos, uma vez que a
IA é
estúpida. Assim somos nós que estrategicamente os salvamos, por vezes.
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Este tipo é um pervertido de primeira. |
Aya pode também usufruir dos
Parasite Powers mas de maneira
diferente, face aos jogos anteriores. Aqui funciona tudo através de linhas de
DNA que podemos modificar ao combinar diferentes genes. Estes são adquiridos
através de sucessivos
Overdives, podendo
Aya conseguir
DNA normal, mutado ou
raro. Combinações diferentes podem tanto dar coisas boas como más, mas sendo o
sistema completamente aleatório, através de
trial and error conseguimos
melhores resultados. Tal como anteriormente,
Aya vai subindo de nível e o
DNA
acompanha também esta subida, tornando-se mais eficaz. Estes poderes tanto
podem ser activos como passivos, servido tanto para defesa como ataque.
Curiosamente ao receber dano,
Aya vai ficando com a roupa rasgada, um sinal
evidente de
fanservice e machismo, aos olhos de muitos fãs. Existe ainda uma
barra de
Liberation, que quando cheia, nos permite mover com muito maior
rapidez e executar ataques brutais. Apesar de ser um jogo divertido é
repetitivo pois a acção resume-se a derrotar inimigos, que não param de
aparecer se não lhes "fecharmos as vias" ou seja, rebentar com certos
pontos chave no cenário. Por outro lado, as batalhas contra os
bosses são
excelentes pois exigem bastante táctica e algumas são bastante desafiantes,
pois não nos limitamos a usar apenas soldados para o efeito. Um facto curioso
acerca deste jogo é que inicialmente era para ter sido lançado para telemóveis
no Japão mas o projecto foi passado para a
PSP.
Ainda que não seja o jogo que estava à espera enquanto fã de
Parasite Eve, o facto é que The 3rd Birthday me manteve entretido e até não
desgostei do jogo se ignorar a história que é péssima. Não o recomendo
vivamente mas sempre podem dar uma espreita se tiverem uma PSP, pois não dói
nada. E sem mais palavras, é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Amanhã, mais acção e pozinhos RPG na PSP. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Realmente sinto-me compelido a comprar uma PSP. Gostaria de ter este, mas em primeiro lugar preferia começar pelos da PSX.
ResponderEliminarEstá vendendo?
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