11 de setembro de 2011

Assassin's Creed: Brotherhood [Da Vinci Edition]

Mais um com direito a duas capas.
Desenvolvido por: Ubisoft Montreal
Publicado por: Ubisoft
Director(es): Patrice Désilets (Director Criativo), Patrick Plourde, Stephane Baudet
Argumentista(s): Corey May, Jeffrey Yohalem
Compositor: Jesper Kyd
Motor Gráfico: Anvil, Havok (Física)
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 16-11-2010 (EUA), 19-11-2010 (EU), 09-12-2010 (JP)
Género(s): Acção, Aventura, Sandbox
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até oito jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação de 3.1GB no disco rígido, Suporte HD 720p, DLC adicional, Conectividade com Assassin's Creed: Project Legacy (Facebook)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, fiz tudo o que havia para fazer.

(Quero jogos novos!)

Atrás não muda assim tanto.
A actual geração de consolas tem-nos trazido boas surpresas em termos de jogos. Alguns deles começaram mesmo nesta geração mas pelo andar da carruagem, penso que se vão estender pelas gerações futuras que ainda virão, tanto a nível caseiro como portátil. O jogo que aqui trago hoje faz parte de uma saga que começou tanto na PS3 como na Xbox360, sem esquecer o PC e que deu origem a várias sequelas, prequelas e afins, desde jogos a pequenas séries e até shorts animados. É caso para dizer, hajam ideias, dinheiro e fãs para alimentar tudo isto! Este exemplar que consta na minha humilde colecção, foi adquirido há uns meses atrás, por cerca de 22 euros, numa loja online. Uma vez que é a Da Vinci Edition, para além do jogo, traz ainda DLC adicional que se traduz em dois episódios extra para o single player, com alguns mapas para o mesmo modo, bem como mapas, modos extra e personagens para o multiplayer.


Manual, voucher e disco.
Assassin's Creed: Brotherhood marca o regresso de Ezio Auditore da Firenze à ribalta e neste terceiro capítulo as coisas não estão nada bem para o seu lado. Depois do falhanço no capítulo anterior (não vou referir o quê), Ezio volta para Monteriggioni com o seu tio Mario Auditore. No dia seguinte, Cesare Borgia, filho de Rodrigo Borgia, invade Monteriggioni obrigando Ezio e o resto dos seus seguidores a fugirem para Roma. Neste evento, Mario é morto por Cesare e a Apple of Eden é tomada pelo mesmo. Ao chegar a Roma, Ezio jura continuar a sua luta contra os Borgia, bem como restaurar a irmandade para continuar a combater a corrupção e os Templários. E mais não conto.

Cavalinho, cavalinho!
Neste terceiro capítulo uma coisa que pouco ou nada mudou foi mesmo a parte visual. O motor de jogo é o mesmo, o de física idem aspas, pois já no segundo fizeram um bom trabalho no geral e neste continuam essa demanda. Claro que os problemas que existem são os mesmos, como por exemplo, algum screen tearing em certas instâncias mas nada que degrade a performance geral do jogo. Dá gosto passear por Roma e "visitar" alguns dos monumentos, bem como andar pelas ruas a apreciar a arquitectura. O nível de detalhe também é excelente, bem como a densidade populacional que em nada torna a acção mais lenta, devido à quantidade de modelos tridimensionais no ecrã, cada um a fazer a sua vidinha. Quanto às personagens, diria que estas estão bastante decentes, sobretudo Ezio que tem diversos movimentos novos com animações a condizer. E não pensem que nos ficamos só por Roma, pois existe alguma variedade cénica e vamos visitar outras localidades. Mas adiante...

Se os anteriores tinham uma boa componente sonora, este não se fica nada atrás, com uma excelente banda sonora que vai acompanhado a acção durante todo o jogo, com as suas nuances. O voice-acting continua a ser soberbo, com horas de diálogo entre as personagens e muita história para se ouvir, algo que já é tradição nesta saga. Por vezes não ouvir um diálogo com atenção é valiosa informação que se perde. De resto, o som no geral continua muito idêntico ao do jogo anterior, tendo-se aproveitado grande parte dos efeitos e afins.

Ezio gosta de ver a cidade lá do alto.
Mas Assassin's Creed: Brotherhood não se limita a ser uma sequela que se aproveita de tudo o que o jogo anterior tinha de bom. Para além disso conseguiu inovar e trazer ideias novas que a meu ver foram outra lufada de ar fresco e conseguiram dinamizar ainda mais o jogo tornando-o mais divertido e em certos casos, mais desafiante. Mas começando por algum lado, vejamos a parte jogável. Ezio continua praticamente o mesmo desde Assassin's Creed II, tendo à sua disposição o mesmo tipo de armas e gadgets, equipamento entre outros pormenores, com algumas novidades. Contudo, os combates com inimigos foram revistas e são agora francamente mais fáceis do que nos jogos anteriores. Quando rodeado de inimigos, basta matar um e com o joystick apontar para o próximo e carregar em quadrado para quase que instantaneamente matá-lo, sem esforço. E podemos continuar a fazer isto até estarem todos mortos. Claro que podemos tornar as coisas mais interessantes ao lutarmos desarmados, utilizando as armas dos inimigos ou a nossa força bruta contra a deles. Mas isto é apenas uma gota de água nas inovações. Roma é uma cidade grande com muito para explorar e como tal, podemos ir restaurando monumentos, bem como lojas para nos ajudarem na nossa demanda, isto já para não referir certos negócios e guilds, que nos conferem missões extra e algum dinheiro.

Os nossos discípulos.
Mas o melhor que este jogo trouxe foi mesmo a possibilidade de reconstruirmos a nossa irmandade. Para tal, a dada altura do jogo podemos salvar cidadãos em apuros, das garras dos Borgia, que após isto decidem ficar do nosso lado. Assim podemos começar a treiná-los na nossa arte de bem assassinar, confiando-lhes missões noutros cidades europeias, que incluem Lisboa. É verdade! Estas missões permitem-lhes ir subindo de nível, até se tornarem em verdadeiros assassinos com direito a cerimónia e tudo. Uma vez que começamos a ter aliados, podemos chamá-los a qualquer altura, desde que os mesmos estejam disponíveis, para nos ajudarem em combate, criarem distracções ou mesmo limparem inimigos numa chuvada de setas. Numa palavra diria que esta ideia foi genial. Curiosamente podemos treinar estes inimigos se tivermos uma conta de Facebook e usarmos a aplicação Assassin's Creed: Project Legacy, que nos permite treinar os nossos aliados se fizermos ligação da conta com os saves na consola. Além disso, esta aplicação em si é um jogo que nos recompensa pelo nosso progresso, com itens especiais para usarmos em Brotherhood. Caso para dizer, cross platforming FTW! Não querendo esquecer as missões, em Assassin's Creed: Brotherhood, para sincronizar a 100% temos de cumprir determinados objectivos secundários, alguns deles bem difíceis ainda que tal não seja de todo necessário para compreender a história. Mas o jogador persistente quer fazer tudo bem feito e como tal, o desafio é este.

Senhoras, ele está disponível!
Deixei para último o modo multiplayer, uma novidade na série que nos coloca frente a frente com outros assassinos virtuais em vários modos de jogo. Mas o problema aqui é que não experimentei este modo pois não me puxou muito, apesar da ideia ser boa e tentadora. Como tal não me vou pronunciar acerca do mesmo mas creio que é sempre uma mais valia e um motivo para continuar a jogar, depois de terminar a história.

Bom, sem me querer esticar mais, penso que todos deviam jogar Assassin's Creed: Brotherhood pois é um dos melhores jogos desta geração. Tem uma boa história, a dificuldade adequada, muita coisa para fazer para quem gosta de perder tempo a vasculhar e encontra-se a preço baixo. Por estes motivos e muitos outros, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Vamos caçar vampiros e lobisomens, já amanhã! :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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