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Custom cover com bigode incluído. |
Desenvolvido por: Fatshark
Publicado por: Capcom
Compositor: Simon Viklund
Motor gráfico: Diesel Engine, PhysX (Física)
Plataforma: PlayStation 3 (PSN), PC, Xbox360 (XBLA)
Lançamento: 01-02-2011 (Lançamento Mundial)
Género: Acção, Aventura, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores (Co-Op)
Media: Suporte Digital
Funcionalidades: Instalação no disco rígido, Gravação de progresso no
disco rígido da PS3, Compatível com Função de Vibração, HD 720p
Estado: Não se aplica.
Condição: Não se aplica.
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, em Normal e Hard.
(Mais um jogo novo na colecção. Não tenho emenda...)
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Uma habilidade nova. |
Nos dias que correm, a indústria dos videojogos é um local
ferozmente competitivo e existe muito pouca margem para erros ou falhanços,
sobretudo para pequenos estúdios. Se os grandes erram e perdem por isso, os
pequenos estão então numa posição bem pior e sujeitos a golpes mais fortes. Foi
isso que aconteceu a um estúdio de nome
GRIN, que muitos poucos jogos produziu
mas que nos trouxe não só
Bionic Commando, a versão de 2009, como também o
remake do original de
NES,
Bionic Commando Rearmed. O primeiro foi uma das
causas do encerramento deste estúdio, apesar de na minha opinião gostar do
jogo, mas o segundo foi um sucesso, de tal modo que pedia uma sequela. Ora,
esta sequela veio mas pela mão de outro estúdio, coisa que irei já abordar de
seguida. O que interessa agora é saber que este meu exemplar foi adquirido na
PSN por €7.99, tendo eu aproveitado a descida de preço. Creio que foi em Julho.
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O vândalo a destruir propriedade pública. |
Bionic Commando Rearmed 2 é a sequela directa do primeiro
jogo, não sendo
remake de nenhum outro mas sim uma história nova e original.
Visto a
GRIN ter fechado as portas, o trabalho ficou a cargo da
Fatshark, cuja
equipa conta com alguns ex-
GRIN, algo que se reflecte um pouco por todo o jogo.
Mas passando à história, esta decorre entre
Rearmed e
Bionic Commando, onde o
General Sabio, um ditadorzeco com ares de
Fidel Castro, declara guerra à
FSA a
partir da sua ilhota de nome
Papagaya Island. Para responder a isto, a
FSA
envia o coronel
Brubaker, que pouco tempo depois desaparece. Não contente com a
situação, a
FSA envia então
Nathan "Rad" Spencer mais a sua equipa de
Biónicos para dar conta do recado. Uma vez chegados à ilha vai cada um para seu
lado e começa a aventura.
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O Tarzan do século XXI. |
E porquê mudar aquilo que está bom? De facto uma das coisas
que pouco mudou foi mesmo a parte gráfica, continuando a fazer bom uso do
Diesel Engine, também utilizado nos jogos anteriores. Assim o resultado é um
jogo com uns visuais bastante atractivos, coloridos e acima de tudo sólidos,
sem solavancos nem outro tipo de entraves. É óbvio que se procederam a algumas
optimizações gráficas, melhorando o todo no geral, sobretudo a nível de sombras
e iluminação. O jogo continua a apostar na diversidade de cenários e na fluidez
da acção, algo que já o seu antecessor tinha feito. Uma das coisas que menos
gostei foi do
character design, especialmente nas cenas de diálogo, onde as ilustrações
são significativamente piores do que as do original. Por outro lado mudaram
também o
look de
Spencer. Se no primeiro jogo dava ares a
Duke Nukem, neste dar
ares a
Duke mas com mais dez anos em cima e três filhos, no mínimo, devido ao
corte de cabelo e ao bigode. Sim,
Spencer tem bigode! Vai na volta tem costela
lusitana...
Uma das melhores componentes do jogo é sem dúvida a sonora.
A música em BCR2 é uma constante, altamente reminiscente do original e de
vários outros jogos do tempo dos 8-bit, algo que Simon Viklund afirma ter como
inspiração para a criação da banda sonora. Assim, temos um jogo actual com
sonoridade retro electrónica, resultando numa experiência audível fabulosa. O
mesmo se pode aplicar aos efeitos sonoros, visto a fórmula utilizada ser a
mesma. Fica a referência para futuros remakes de clássicos.
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Este boss é particularmente chato. |
Mas algo mudou em
BCR2 e isso reflecte-se na jogabilidade.
Ainda que esta seja essencialmente a mesma que pudemos experimentar no primeiro
jogo, existem algumas nuances que a tornam diferente no geral. Para começar,
existe uma maior fluidez de movimentos e utilizar o
bionic arm é bem mais fácil
e intuitivo do que no anterior, onde muitas das vezes dávamos por nós a cair em
buracos sem saber bem como, devido a um erro de cálculo. Neste é um pouco como
sermos o
Tarzan na selva, algo bom para os menos experientes. Contudo a grande
diferença é existir um botão para saltar. Sim, é verdade, Spencer agora pode
saltar e isto muda por completo a maneira de jogar
Bionic Commando. É que no
original não havia saltos para ninguém e o verdadeiro desafio do jogo era esse.
Este torna-se bem mais fácil com a inclusão deste botão. Mas antes que pensem
que isto estragou tudo, desenganem-se pois é possível passar o jogo todo sem
saltar, pois os níveis foram feitos a pensar nos dois tipos de jogadores: os
que jogaram os clássicos e os novatos. Aliás, existe um troféu para quem não
saltar durante o jogo todo, bem como a dificuldade
Retro que restringe o uso do
botão de salto.
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A dois tem de haver coordenação. |
Outra das coisas que mudou no jogo foi o mapa, que agora é
linear e não nos deixa seguir o caminho que quisermos. Também se excluíram os
níveis
top down pois não eram de todo essenciais para a história e decorrer da
acção. Outras modificações dizem respeito ao arsenal de Spencer, que agora tem
itens activos e passivos, sendo que estes últimos lhe conferem habilidades
especiais. O
Bionic Eye é um deles, que nos permite analisar quase tudo no cenário. As armas podem ser todas actualizadas, como antigamente mas não têm
munição infinita pelo que devemos utilizá-las com conta, peso e medida. Ainda
assim, a pistola continua a ser a "melhor". Para além de podermos
jogar sozinhos, existe um modo
co-op local para jogarmos com um amigo mas o
online foi completamente deixado de lado. O mesmo se aplica ao
Deathmatch
splitscreen do original, que deixou de existir para grande pena minha. Depois
de completo o Story Mode sempre se podem aventurar pelos
Challenge Rooms, que
também desiludiram um pouco, tanto pelo escasso número (apenas 24 em contraste
com os mais de 50 do original) como pela dificuldade que é bem reduzida. Se analisarmos
bem a dificuldade, no geral, todo este jogo é bem mais fácil que o primeiro mas
isso é algo que não o torna inferior. O grande senão neste jogo é o
DRM
(Digital Rights Management) que tem, à semelhança de
Final Fight Double Impact,
onde só podemos jogá-lo se estivermos ligados à
internet. Isto foi motivo para
muitas pessoas não quererem investir no jogo.
Na minha experiente opinião, diria que Bionic Commando
Rearmed 2 é uma sequela à altura do original. Tem tudo aquilo que o tornou bom
e memorável mas simplifica algumas coisas para o tornar mais atractivo para
outros jogadores, sobretudo os que não estão familiarizados com a série. Por
isto mesmo, é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Amanhã, trago um clássico dos JRPG's, na Nintendo DS. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Sem dúvida que podiam fazer uma edição em suporte físico com os dois Rearmed. :)
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