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Já não é a Ayami que desenha... |
Desenvolvido por: MercurySteam, Kojima Productions
Publicado por: Konami
Director: Enric Álvarez
Produtor(es): Jose Raluy, Dave Cox
Artista(s): Juan
Antonio Alcázar, Jose Luis Vaello
Argumentista(s): Enric Álvarez, Dave Cox, Eddie Deighton, Jon Sloan,
Enrique Ventura, Luis Miguel Quijada
Compositor: Óscar Araujo
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 05-10-2010 (EUA), 07-10-2010 (EU), 16-12-2010 (JP)
Género(s): Acção, Aventura, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido (435KB),
Compatível com Função de Vibração, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes. Platina garantida!
(Depois deste faltam apenas doze jogos! Isto sem contar com os que ainda não joguei e os que estão para vir...)
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Dark hero, gosto disso. |
Muitas séries que seguimos desde sempre ainda hoje
prevalecem nas consolas actuais mas muitas delas viram-se alvos de
reboots.
Passando a explicar o termo que para muitos não deixa de ser um termo
informático que traduz a acção de reiniciarmos a máquina, um
reboot numa série
de videojogos consiste quase no mesmo, ou seja, voltar ao inicio, à estaca zero
e começar tudo de novo segundo uma nova abordagem. Actualmente está-se a apostar
muito nisto em várias sagas bem nossas conhecidas, sendo que em certos casos
tem sido um verdadeiro sucesso. A meu ver é um excelente jogada até porque
algumas histórias já não têm mais nada a oferecer e quanto mais se esgravata,
pior a coisa fica daí que voltar atrás e fazer as coisas de maneira diferente é
a melhor opção. O jogo que aqui trago hoje é um bom exemplo disto que acabei de
escrever. Este exemplar foi adquirido numa loja
online, como é costume, por
cerca de 20 euros, algures no ano corrente.
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Inlay, manual e disco. |
Castlevania: Lords of Shadow é o primeiro jogo desta longa
e tentacular saga, a ser lançado na
PS3 e
Xbox360, se ignorarmos os
relançamentos de outros jogos antigos, que a meu ver não contam. Não
pretendendo saturar a extensa trama nem ser apenas mais um jogo, apostou-se e
começar tudo de novo. A história começa no ano de 1047, onde a aliança que a
Terra tinha com o Céu é quebrada pelos
Lords of Shadow, dando origem a que as
almas dos mortos não partam e a terra comece a morrer lentamente, onde imensas
criaturas demoníacas começam a aparecer e a atacar os vivos.
Gabriel Belmont
aparece no meio disto tudo como um membro da
Brotherhood of Light, um grupo de
elite composto por cavaleiros sagrados que protegem o povo destas nefastas
criaturas. Mas o seu propósito toma forma quando a sua mulher,
Marie é
assassinada por uma destas criaturas, fazendo com que a sua alma fique presa no
limbo. Assim
Gabriel vai ter de percorrer esta terra em decadência, atrás dos
Lords of Shadow que detêm as peças das
God e
Devil Masks, que lhe permitiram
ressuscitar a sua amada
Marie. Mas muito
mais irá descobrir nesta demanda...
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Abriu a temporada de caça ao lobo. |
E que dizer deste novo
Castlevania em termos visuais?
Espantoso! Desde o primeiro nível até ao apoteótico final, graficamente é um
jogo bonito, com uma variedade cénica muitíssimo boa e acima de tudo
extremamente detalhada, conseguindo obter um ambiente fabuloso durante toda a
duração do jogo. Desde florestas, montanhas, castelos, aldeias e outras
localizações não menos interessantes,
Lords of Shadow consegue transmitir toda
a mística da saga sem perder pitada. As personagens são também um dos pontos
fortes, com imensos pormenores e animadas de forma precisa, bem como os
inimigos que aparecem em todas as formas, raças e tamanhos. A acção é rápida e
sempre fluída sem qualquer espécie de males menores. Como é de calcular não
existem
cutscenes em
CG pois o motor de jogo trata do assunto da melhor forma
possível, com excelentes partes cinemáticas que não deixam de ser jogo devido
aos
QTE's.
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Não, não é um dos colossos. |
Sonoramente,
Lords of Shadow é um luxo. A começar pela banda
sonora, com alguns temas originais e outros tantos já nossos conhecidos, agora
remisturados para nos proporcionarem não só alguma nostalgia mas também um
ambiente de jogo incrível. Onde realmente o jogo brilha é no elenco escolhido
para o
voice-acting, que incluí nomes
como
Robert Carlyle, que dá voz a
Gabriel e
Sir Patrick Stewart que empresta o
seu talento a
Zobek, companheiro de
Gabriel nesta demanda. Os diálogos são
muito bons, notando-se que os actores realmente se entregaram às personagens,
com muita história para ser ouvida com atenção. Curiosamente foi oferecido o
papel de
Zobek a
Gerard Butler mas este recusou por não estar disponível.
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Escaladas, vamos fazer imensas. |
Chegados à jogabilidade, notamos que existem muito poucas
semelhanças com outros
Castlevania's a
3D, nomeadamente os de
PS2. Contudo as
semelhanças com
God of War e
Ninja Gaiden são evidentes. Isto provocou um misto
de reacções entre os fãs, com uns a gostar e outros a chamarem-lhe clone. A meu
ver foi uma boa mudança pois o carisma e o espírito da saga permanecem no jogo.
Realmente o jogo é muito parecido com
God of War em termos de mecânica, com
ataques normais e fortes, esquivas, saltos e itens secundários para ajudar à
festa.
Gabriel pode ainda usar dois tipos de magia,
Light e
Dark, consoante os
inimigos que enfrenta e as situações. Invariavelmente podemos fazer
upgrade a
todo o nosso equipamento, bem como aos nossos ataques, tornando o nosso
Cross
Whip mais versátil, uma vez que o utilizamos para quase tudo neste jogo. Tal como
outros do género, existe muita exploração para fazer bem como algum
backtracking depois de adquirirmos alguns itens e habilidades. Os
puzzles fazem
também parte desta equação para podermos progredir, com alguns bem
interessantes, especialmente lá mais para a frente. O combate assenta muito nos
combos e na defesa, podendo o jogador optar por ser mais agressivo ou mais
defensivo, sendo que a segunda opção é a mais indicada. Onde realmente acho que
o jogo está em altas é nos combates contra os
bosses, que se traduzem tanto em
combates altamente frenéticos, algo reminiscentes de
Ninja Gaiden, como em
épicas lutas
à la Shadow of Colossus, onde temos de trepar pelos
bosses,
atingindo-os em pontos específicos para os mandar abaixo. Alguns destes
combates são autênticos puzzles, a meu ver.
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Antes do combate, um diálogo amigável. |
Muitos fãs podem ter ficado desiludidos com este jogo mas na
minha mais sincera opinião, não creio que essas pessoas sejam verdadeiros fãs
da saga. Este
reboot é uma excelente maneira de recomeçar as coisas,
aproveitando muito do
lore de
Castlevania, algo que podemos constatar ao longo
do jogo, através dos cenários, das personagens, dos diálogos e para quem jogou
todos ou quase todos os jogos antigos, parecendo que não, isto conta para algo
e é sinal que houve cuidado nesta nova abordagem. Ou não fosse
Hideo Kojima ter
dado uma ajudinha. Só existe um senão no meio disto tudo. Se quisermos saber
realmente como é que aquele final se deu, temos de investir mais uns trocos nos
dois capítulos extra
Reverie e
Resurrection. Algo que irei fazer futuramente,
se não sair uma
GOTY com tudo.
Depois desta abordagem não restam dúvidas em relação a este
jogo. Se têm uma PS3 ou Xbox360, façam o favor de abrilhantar a vossa colecção
com esta excelente aventura pois vale cada cêntimo do vosso dinheiro e cada
segundo do vosso tempo. E claro, é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Amanhã vou trazer a maior toscaria que vi num jogo de
pancada em toda a minha vida! :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Sempre gostei mais dos "Metroidvania" e, tirando os da N64 ainda não me estreei nos Castlevania 3D. Apesar das piscadelas de olho a God of War, sempre achei este jogo muito bonito, um dia que compre uma PS360 ficará na minha wishlist concerteza. Agora o que não gosto (e não sabia) é do facto de este jogo ser um reboot. Não gosto de reboots, seja no que for, sempre achei que fosse deitar vários anos de história, trabalho, etc, no lixo.
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