|
Não é Dragon Ball mas dá ares. |
Desenvolvido por: Square Enix, Tose
Publicado por: Square Enix
Director: Takashi Tokita, Yoshinori Kitase, Akihiko Matsui
Produtor: Kazuhiko Aoki
Designer(s): Hiroyuki
Ito, Hironobu Sakaguchi
Artista: Akira Toriyama
Argumentista(s): Masato Kato, Takashi Tokita, Yoshinori Kitase, Yuji
Horii
Compositor(es): Yasunori Mitsuda, Nobuo Uematsu, Noriko Matsueda
Plataforma(s): Nintendo DS, Super Nintendo, PlayStation, Virtual
Console, Mobile
Lançamento: Versão DS - 20-11-2008 (JP), 25-11-2008 (EUA), 06-02-2009
(EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer para dois
jogadores
Media: Cartão de jogo com 1024Mbit
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão de jogo, Wireless DS
Multi-Card Play.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Esta versão terminei-a duas vezes, tendo desbloqueado os finais 1 e 13.
(Parece que o Verão está mesmo no fim.)
|
Felizmente não tem autocolantes. |
Como é do conhecimento geral de quem anda nestas andanças,
antigamente muitos jogos não eram lançados na Europa, vá-se lá saber porquê.
Alguns dos jogos que padeciam desse estigma eram oriundos da
Square, uma
empresa conhecida pelos seus
JRPG's essencialmente, que na época dos
16-bit
eram muito procurados. Ora nós que vivemos na Europa só tivemos direito a
alguns pelo que tivemos de esperar para poder jogar alguns dos melhores de
sempre. O jogo que aqui trago hoje é um dos melhores exemplos pois só o pudemos
jogar sem recorrer a métodos pouco ortodoxos a partir de 2008. O meu exemplar
contudo é a versão americana pois achei-a por cerca de 20 euros numa loja
online e não pensei sequer em procurar pela europeia.
|
Manuais, papelada e cartão de jogo. |
Chrono Trigger dispensa apresentações para quem gosta de
JRPG's ou simplesmente já leva muitos anos disto mesmo não gostando do género.
Ainda assim não é demais apresentá-lo devidamente pois merece. A verdade é que
este jogo surgiu na era de ouro dos
JRPG's e tornou-se possivelmente no melhor
da sua geração, sendo que actualmente uma cópia do original de
SNES, embalada
de fábrica, vale uns bons milhares de dólares. Não, não estou a gozar. Mas
passando a coisas que interessam, a história de
Chrono Trigger começa num mundo
parecido à Terra, mais concretamente em 1000
AD, onde
Crono começa a sua
aventura com uma ida à feira a convite da sua amiga
Lucca. Nisto dá de caras
com
Marle e juntos vão assistir à demonstração de
Lucca que consiste numa
espécie de teletransportador. Nisto
Marle oferece-se mas o seu pendente parecer
interferir com a máquina criando um portal temporal que a suga. Não contentes
com o resultado,
Crono e
Lucca recriam o mesmo portal e vão atrás de
Marle,
iniciando assim uma jornada que atravessará o tempo por vários períodos onde
vão encontrar novos aliados e muitos inimigos.
|
Um compêndio das Techs. |
Uma das coisas que mais gosto da era dos
16-bit são os
gráficos
2D que a meu ver, continuam a manter uma qualidade brutal nos dias que
correm. Ora esta versão de
Chrono Trigger não quis alterar nada disso e
mantém-se assim igual, com cores vivas e contrastantes, onde os pequenos
sprites estão incrivelmente bem animados, recriando todo o tipo de expressões,
algo que as personagens conseguem transmitir muito bem. Os cenários são
imensamente variados, sobretudo por atravessarmos várias épocas, algo que
sobressai, sem dúvida alguma e torna o jogo visualmente mais apelativo. O
Mode
7 é também aqui utilizado em certas partes, algo que era uma das imagens de
marca da
SNES e transitou para esta versão. Contudo, foram adicionadas as
cutscenes da versão de
PlayStation, fruto do trabalho e talento de
Akira Toriyama,
algo que salta logo à vista pelas suas semelhanças com
Dragon Ball.
|
Uma das muitas ilustrações. |
Fazendo jus ao trabalho da
Square nesta época,
Chrono
Trigger tem uma banda sonora épica. Tal como em qualquer
Final Fantasy, é
impossível esquecer certas músicas deste jogo depois de as termos ouvido tantas
vezes e a verdade é que imensos fãs as
remixaram, em forma de tributo, isto já
para não referir as performances ao vivo pela
Tokyo Symphony Orchestra em 1996.
Mas voltando ao que interessa, a música nesta versão mantém-se fiel à original,
sendo que numa das novas masmorras, a música
"Singing Mountain" é
utilizada. Refiro isto pois esta música pertencia a uma masmorra que nunca
chegou a fazer parte do jogo original. O som, no geral, está também idêntico à
versão de
SNES, com todos aqueles efeitos muito
16-bit presentes.
|
Combate em modo DS. |
Na parte jogável,
Chrono Trigger apresenta dois modos de ser
abordado: o clássico, tal como vimos na
SNES e o modo
DS, que faz uso do ecrã
táctil e da
stylus. Entre um e outro, na minha sincera opinião, a escolha fica
ao gosto de cada um. Eu prefiro jogar à antiga mas a verdade é que no modo
DS,
o ecrã fica mais "limpo", pois certos
sprites, nomeadamente os
stats
das personagens, passam para o ecrã de cima, deixando assim mais espaço para
vermos a acção. Mas isto é apenas uma questão de estética que em nada atrapalha
a jogabilidade. Sendo um
JRPG, já sabem um pouco o que esperar do mesmo mas
Chrono Trigger consegue distinguir-se dos outros por muitos motivos. Em
primeiro lugar, não existem
random encounters, apesar dos combates serem por
turnos, utilizando o
Active Time Battle 2.0, uma versão actualizada do sistema
introduzido em
Final Fantasy IV. Os inimigos estão todos no ecrã e cabe-nos a
nós enfrentá-los ou simplesmente evitá-los. Como é óbvio, certos combates não podem
ser evitados. A acção processa-se do mesmo modo que em outros títulos do
género, onde podemos atacar, usar itens e magia, que neste jogo se chama
Tech.
Estas
Tech's variam consoante as personagens mas têm um pormenor interessante:
podem ser combinadas entre elas. Quer isto dizer que, por exemplo,
Crono podem
combinar o seu
Cyclone com a
Flame Toss de
Lucca, resultando num
Flame Twirl,
dando assim mais dano aos inimigos. As combinações são mais do que muitas,
bastando termos magia suficiente para as utilizar.
|
O mapa, para não nos perdermos. |
O grande chamariz de
Chrono Trigger são mesmo as viagens no
tempo, que nos permitem não só avançar na história mas também acharmos novos
aliados, pois existe um em cada época, bem como vilões e
side quests. As nossas
acções, como é de se esperar, têm impacto no futuro e é por isso que o jogo tem
treze finais, que dependem da maneira como e quando chegámos à batalha final e
como derrotámos o
boss. Esta versão de
DS tem ainda um final extra, que está
dependente da última masmorra extra e do
boss final extra. Este final dá
algumas pistas para a sequela conhecida como
Chrono Cross. Após terminarmos
esta epopeia, somos presenteados com um
New Game+, onde retemos o nível,
equipamento e técnicas mas ficamos sem dinheiro e sem alguns itens. Não se pode
pedir tudo. A versão
DS apresenta ainda alguns extras como os textos terem sido
revistos e corrigidos em certas instâncias, uma
Battle Arena para podermos
jogar contra um amigo em
multiplayer wireless e ainda duas masmorras,
Lost
Sanctum e
Dimensional Vortex.
Já me estiquei um pouco nesta abordagem e não pretendo
estragar o prazer de jogar a ninguém. Se são da velha guarda, recomendo-o como
sendo uma excelente versão a ter na colecção pois a sua portabilidade
confere-lhe pontos extra. Se são da geração 3D e não jogaram muitos JRPG's da
época de ouro, sugiro vivamente que comecem por este para se instruírem um
pouco e verem que os jogos querem-se assim. Que mais dizer? É um JOGALHÃO DE
FORÇA!
Vamos dar uns tiros em alienígenas que invadiram Nova York,
já amanhã! :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Joguei apenas a versão SNES através de um emulador. Foi daqueles jogos que simplesmente não dava para parar de jogar, a história era bastante empolgante. Na minha opinião, o melhor RPG de sempre. Merecia um remake com a tecnologia dos dias de hoje.
ResponderEliminarHá uns aninhos atrás estava a ser feito um remake por fãs tal como podes ver aqui: http://www.opcoder.com/projects/chrono/
ResponderEliminarFoi sol de pouca dura, infelizmente.
Eu nunca joguei esse jogo e não tenho snes,queria saber se a versão de DS é melhor ou se vou sair perdendo jogando-a.
ResponderEliminarEu diria que só tens a ganhar com esta versão. É mais fácil de encontrar à venda, é mais barata também e tem os extras da versão de PlayStation, tais como as cutscenes em FMV e ainda outras tantas novidades exclusivas. Ainda há dúvidas? :)
Eliminar