16 de setembro de 2011

Chrono Trigger

Não é Dragon Ball mas dá ares.
Desenvolvido por: Square Enix, Tose
Publicado por: Square Enix
Director: Takashi Tokita, Yoshinori Kitase, Akihiko Matsui
Produtor: Kazuhiko Aoki
Designer(s): Hiroyuki Ito, Hironobu Sakaguchi
Artista: Akira Toriyama
Argumentista(s): Masato Kato, Takashi Tokita, Yoshinori Kitase, Yuji Horii
Compositor(es): Yasunori Mitsuda, Nobuo Uematsu, Noriko Matsueda
Plataforma(s): Nintendo DS, Super Nintendo, PlayStation, Virtual Console, Mobile
Lançamento: Versão DS - 20-11-2008 (JP), 25-11-2008 (EUA), 06-02-2009 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer para dois jogadores
Media: Cartão de jogo com 1024Mbit
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão de jogo, Wireless DS Multi-Card Play.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Esta versão terminei-a duas vezes, tendo desbloqueado os finais 1 e 13.

(Parece que o Verão está mesmo no fim.)

Felizmente não tem autocolantes.
Como é do conhecimento geral de quem anda nestas andanças, antigamente muitos jogos não eram lançados na Europa, vá-se lá saber porquê. Alguns dos jogos que padeciam desse estigma eram oriundos da Square, uma empresa conhecida pelos seus JRPG's essencialmente, que na época dos 16-bit eram muito procurados. Ora nós que vivemos na Europa só tivemos direito a alguns pelo que tivemos de esperar para poder jogar alguns dos melhores de sempre. O jogo que aqui trago hoje é um dos melhores exemplos pois só o pudemos jogar sem recorrer a métodos pouco ortodoxos a partir de 2008. O meu exemplar contudo é a versão americana pois achei-a por cerca de 20 euros numa loja online e não pensei sequer em procurar pela europeia.


Manuais, papelada e cartão de jogo.
Chrono Trigger dispensa apresentações para quem gosta de JRPG's ou simplesmente já leva muitos anos disto mesmo não gostando do género. Ainda assim não é demais apresentá-lo devidamente pois merece. A verdade é que este jogo surgiu na era de ouro dos JRPG's e tornou-se possivelmente no melhor da sua geração, sendo que actualmente uma cópia do original de SNES, embalada de fábrica, vale uns bons milhares de dólares. Não, não estou a gozar. Mas passando a coisas que interessam, a história de Chrono Trigger começa num mundo parecido à Terra, mais concretamente em 1000 AD, onde Crono começa a sua aventura com uma ida à feira a convite da sua amiga Lucca. Nisto dá de caras com Marle e juntos vão assistir à demonstração de Lucca que consiste numa espécie de teletransportador. Nisto Marle oferece-se mas o seu pendente parecer interferir com a máquina criando um portal temporal que a suga. Não contentes com o resultado, Crono e Lucca recriam o mesmo portal e vão atrás de Marle, iniciando assim uma jornada que atravessará o tempo por vários períodos onde vão encontrar novos aliados e muitos inimigos.

Um compêndio das Techs.
Uma das coisas que mais gosto da era dos 16-bit são os gráficos 2D que a meu ver, continuam a manter uma qualidade brutal nos dias que correm. Ora esta versão de Chrono Trigger não quis alterar nada disso e mantém-se assim igual, com cores vivas e contrastantes, onde os pequenos sprites estão incrivelmente bem animados, recriando todo o tipo de expressões, algo que as personagens conseguem transmitir muito bem. Os cenários são imensamente variados, sobretudo por atravessarmos várias épocas, algo que sobressai, sem dúvida alguma e torna o jogo visualmente mais apelativo. O Mode 7 é também aqui utilizado em certas partes, algo que era uma das imagens de marca da SNES e transitou para esta versão. Contudo, foram adicionadas as cutscenes da versão de PlayStation, fruto do trabalho e talento de Akira Toriyama, algo que salta logo à vista pelas suas semelhanças com Dragon Ball.

Uma das muitas ilustrações.
Fazendo jus ao trabalho da Square nesta época, Chrono Trigger tem uma banda sonora épica. Tal como em qualquer Final Fantasy, é impossível esquecer certas músicas deste jogo depois de as termos ouvido tantas vezes e a verdade é que imensos fãs as remixaram, em forma de tributo, isto já para não referir as performances ao vivo pela Tokyo Symphony Orchestra em 1996. Mas voltando ao que interessa, a música nesta versão mantém-se fiel à original, sendo que numa das novas masmorras, a música "Singing Mountain" é utilizada. Refiro isto pois esta música pertencia a uma masmorra que nunca chegou a fazer parte do jogo original. O som, no geral, está também idêntico à versão de SNES, com todos aqueles efeitos muito 16-bit presentes.

Combate em modo DS.
Na parte jogável, Chrono Trigger apresenta dois modos de ser abordado: o clássico, tal como vimos na SNES e o modo DS, que faz uso do ecrã táctil e da stylus. Entre um e outro, na minha sincera opinião, a escolha fica ao gosto de cada um. Eu prefiro jogar à antiga mas a verdade é que no modo DS, o ecrã fica mais "limpo", pois certos sprites, nomeadamente os stats das personagens, passam para o ecrã de cima, deixando assim mais espaço para vermos a acção. Mas isto é apenas uma questão de estética que em nada atrapalha a jogabilidade. Sendo um JRPG, já sabem um pouco o que esperar do mesmo mas Chrono Trigger consegue distinguir-se dos outros por muitos motivos. Em primeiro lugar, não existem random encounters, apesar dos combates serem por turnos, utilizando o Active Time Battle 2.0, uma versão actualizada do sistema introduzido em Final Fantasy IV. Os inimigos estão todos no ecrã e cabe-nos a nós enfrentá-los ou simplesmente evitá-los. Como é óbvio, certos combates não podem ser evitados. A acção processa-se do mesmo modo que em outros títulos do género, onde podemos atacar, usar itens e magia, que neste jogo se chama Tech. Estas Tech's variam consoante as personagens mas têm um pormenor interessante: podem ser combinadas entre elas. Quer isto dizer que, por exemplo, Crono podem combinar o seu Cyclone com a Flame Toss de Lucca, resultando num Flame Twirl, dando assim mais dano aos inimigos. As combinações são mais do que muitas, bastando termos magia suficiente para as utilizar.

O mapa, para não nos perdermos.
O grande chamariz de Chrono Trigger são mesmo as viagens no tempo, que nos permitem não só avançar na história mas também acharmos novos aliados, pois existe um em cada época, bem como vilões e side quests. As nossas acções, como é de se esperar, têm impacto no futuro e é por isso que o jogo tem treze finais, que dependem da maneira como e quando chegámos à batalha final e como derrotámos o boss. Esta versão de DS tem ainda um final extra, que está dependente da última masmorra extra e do boss final extra. Este final dá algumas pistas para a sequela conhecida como Chrono Cross. Após terminarmos esta epopeia, somos presenteados com um New Game+, onde retemos o nível, equipamento e técnicas mas ficamos sem dinheiro e sem alguns itens. Não se pode pedir tudo. A versão DS apresenta ainda alguns extras como os textos terem sido revistos e corrigidos em certas instâncias, uma Battle Arena para podermos jogar contra um amigo em multiplayer wireless e ainda duas masmorras, Lost Sanctum e Dimensional Vortex.

Já me estiquei um pouco nesta abordagem e não pretendo estragar o prazer de jogar a ninguém. Se são da velha guarda, recomendo-o como sendo uma excelente versão a ter na colecção pois a sua portabilidade confere-lhe pontos extra. Se são da geração 3D e não jogaram muitos JRPG's da época de ouro, sugiro vivamente que comecem por este para se instruírem um pouco e verem que os jogos querem-se assim. Que mais dizer? É um JOGALHÃO DE FORÇA!

Vamos dar uns tiros em alienígenas que invadiram Nova York, já amanhã! :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

4 comentários:

  1. Joguei apenas a versão SNES através de um emulador. Foi daqueles jogos que simplesmente não dava para parar de jogar, a história era bastante empolgante. Na minha opinião, o melhor RPG de sempre. Merecia um remake com a tecnologia dos dias de hoje.

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  2. Há uns aninhos atrás estava a ser feito um remake por fãs tal como podes ver aqui: http://www.opcoder.com/projects/chrono/

    Foi sol de pouca dura, infelizmente.

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  3. Eu nunca joguei esse jogo e não tenho snes,queria saber se a versão de DS é melhor ou se vou sair perdendo jogando-a.

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    1. Eu diria que só tens a ganhar com esta versão. É mais fácil de encontrar à venda, é mais barata também e tem os extras da versão de PlayStation, tais como as cutscenes em FMV e ainda outras tantas novidades exclusivas. Ainda há dúvidas? :)

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