17 de setembro de 2011

Crysis 2

Aquele fato só não tira cafés.
Desenvolvido por: Crytek Frankfurt, Crytek UK
Publicado por: Electronic Arts
Argumentista: Richard K. Morgan
Compositor: Borislav Slavov, Tilman Sillescu, Hans Zimmer, Lorne Balfe
Motor Gráfico: CryEngine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 22-03-2011 (EUA), 24-03-2011 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até doze jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação de 3GB no disco rígido, Suporte HD 720p, 1080i e 1080p, Compatível do Modo 3D, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes em Normal e Supersoldier. Sou capaz de dar mais uma voltinha futuramente.

(Fim de semana, nada a declarar!)

Be the weapon, parece-me bem.
Actualmente estão muito na moda os jogos multi-plataformas, ou seja, jogos que saem para quase todas as consolas, limitados apenas pelo hardware de cada máquina, sendo por vezes optimizados para tirarem o maior partido possível das condições mas noutros casos, nem por isso, resultando em experiências horríveis para quem joga. Mas quando o trabalho é levado a sério, os resultados são bons e o resultado está à vista. O jogo que aqui trago é sequela de um que saiu apenas para PC pois diziam ser "impossível fazer em consolas". O giro no meio disto tudo é que esta sequela veio a provar o contrário. Este exemplar comprei-o numa loja online, tendo custado cerca de 26 euros, há coisa de um mês e meio atrás.


Manual, papelito e disco.
Crysis 2 começa quando Nova York é alvo de um ataque por parte de uma força alienígena, pelo que os Force Recon Marines são destacados para lidar com a situação. Sendo nós um deles que dá pelo nome de Alcatraz, damos de caras com um cenário que nos ultrapassa em tudo e acabamos por ser "abatidos". Mas é aqui que entra Laurence "Prophet" Barnes, comandante de Jake "Nomad" Dunn, o protagonista do primeiro jogo, ambos membros da Army Delta Force. Visto que Alcatraz está mais para lá do que para cá e a Crytek anda atrás de Prophet para recuperar o tão querido Nanosuit 2.0. este salva a vida a Alcatraz cedendo-lhe o poderoso fato e pondo termo à sua vida. Assim Alcatraz fica não só com o fato mas também com a tarefa de acabar com esta ameaça e descobrir o segredo por detrás disto tudo.

Os nossos camaradas, por pouco tempo.
Se no passado alguém acreditava que era impossível trazer Crysis às consolas, Crysis 2 fez cair por terra todas essas crenças. A verdade é que este jogo é um claríssimo exemplo de como é possível fazer as coisas bem feitas, tendo em conta as limitações de hardware que apesar de tudo, ainda permitem fazer muitas coisas, quando comparadas a um PC topo de gama. Ainda que não se aproxime na versão PC a correr com tudo ao máximo e com DirectX11, Crysis 2 na PS3 é um jogo visualmente espantoso. Desde a iluminação, à utilização das sombras, efeitos visuais diversos como água e fumo, passando também pela qualidade gráfica dos cenários, que são enormes e extremamente detalhados, passear por esta Nova York em cacos é uma experiência fantástica. Na minha opinião diria que está a par com o trabalho que vimos em Killzone 3, sendo este do melhor que vi até à data nesta consola e dentro deste género. Obviamente não se consegue uma framerate elevada como na versão PC mas creio que os 30 frames estáveis chegam perfeitamente, sem quebras nem outra espécie de maleitas visuais. Confesso que foi uma boa surpresa neste departamento.

A Lady Liberty já viu melhores dias.
A nível sonoro também gostei bastante da banda sonora, que tem um tom bastante deprimente conseguindo transmitir bem o ambiente em que a cidade se encontra, de completa destruição e até um pouco de solidão, dado que quase todas as pessoas foram desta para melhor. Ainda assim não é dos pontos que mais me marcaram enquanto joguei pois nos FPS, em geral, passo bem sem música. O voice-acting é adequado, com alguns diálogos entre as personagens principais e outros NPC's que vamos encontrando ao longo da missão. Os efeitos sonoros estão impecáveis, desde tudo o que seja destruição, tiros, explosões, gritos e afins. Nesta parte não encontro nada que me tenha desagradado.

Uma bela vista sobre a cidade.
Tal como quase todos os FPS da actualidade, a jogabilidade é muito parecida à dos CoD, algo que é do agrado de alguns mas outros tantos não acham piada. Pessoalmente gosto pois é um esquema prático, intuitivo e confortável para qualquer jogador. Controlar Alcatraz é relativamente fácil, sendo que as únicas diferenças são mesmo em termos de utilização das funcionalidades do fato e personalização do mesmo, bem como das armas. Tudo isto é feito sem menus, bastando premir um botão e com os restantes seleccionarmos o que pretendemos utilizar. É uma fórmula simples, eficaz e que não deturpa a acção com pausas demoradas. E digamos que o Nanosuit é uma verdadeira chulice que pode ser bom e mau ao mesmo tempo. Bom porque permite abordar o jogo de duas maneiras diferentes: steathty ou brawler. Eu dei preferência à primeira opção. Isto é muito bom para os novatos aprenderem mas também é mau pois o jogo torna-se muito fácil quando actualizamos a função de stealth ao máximo, mesmo na dificuldade Supersoldier. Ainda assim, não deixa de ser divertido por isso. Face ao primeiro jogo, teve críticas na área da longevidade visto ser demasiado linear, com muitos scripted events pelo caminho. O primeiro, à semelhança de FarCry era mais solto dando muita liberdade ao jogador para encarar as situações como bem entendesse. Este na melhor das hipóteses, sugere-nos três ou quatros maneira de abordar as situações.

Um encontro imediato do 3º grau!
Contudo, nada disto na minha mais sincera opinião, afecta o jogo pois cada um joga à sua maneira e podemos seguir diversos caminhos das várias vezes que jogamos, pois no final vai tudo dar ao mesmo. Para além do modo campanha, existe um modo multiplayer online que, invariavelmente, não testei. Deste modo não o vou comentar mas posso assim por alto referir que utilizamos as mesmas características que em single player, podendo evoluir de tudo um pouco, desde o fato às armas. Certamente será divertido mas ser morto por gajos em stealth deve dar cá um azia que prefiro nem experimentar. Face a esta surpresa dentro do género, Crysis 2 trouxe a esperança de que um dia o primeiro talvez aparecesse nas consolas. Para grande surpresa minha, que contava comprar a versão de PC, foi anunciada esta semana a versão de PS3/Xbox360, a sair em Outubro de tudo correr bem, contando com novidades e imensas optimizações, sobretudo a nível gráfico pois faz uso do CryEngine 3 em vez do 2, como na versão de PC. Não era para menos afinal estamos em 2011, só tinham é de melhorar o trabalho de 2007.

Se andam à procura de um FPS semi futurista e sem grandes complicações, com visuais bonitos, este Crysis 2 está a dizer-vos "Olá". Se estão fartos de FPS baseados em situações actuais ou históricas, este Crysis 2 está a dizer-vos "Joguem-me". E até sair o primeiro, acho que vou jogar este mais uma vez pois é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã regresso com um reboot a um dos jogos de pancada mais famosos de sempre. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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