4 de setembro de 2011

Dead Space 2 [Limited Edition]

A capa do primeiro está melhor.
Desenvolvido por: Visceral Games
Publicado por: Electronic Arts
Compositor: Jason Graves
Motor gráfico: Visceral Engine
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 25-01-2011 (EUA), 28-01-2011 (EU)
Género: Survival Horror, Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online até 8 jogadores
Media: BluRay
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido da consola (3.8MB mínimo), Suporte HD 720p, 1080i, Compatível com DualShock 3, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes.

(Parece que o Outono veio para ficar.)

Limpinho!
A actual geração de consolas tem trazido até nós jogadores boas surpresas no que toca a jogos. Isto deve-se essencialmente ao poderia que estas têm mas no fundo os jogos não mudaram assim tanto desde há 20 anos, se os analisarmos a fundo. O seu propósito continua a ser o mesmo de sempre: entreter e permitir-nos uma abstracção temporária do mundo real. Creio que continuam a fazer isso, uns melhor do que outros. Mas o que realmente interessa é saber que em alguns casos, conseguiram continuar a surpreender pela positiva em géneros já bastante desgastados. O jogo de hoje é um excelente exemplo de como reviver um género já bem consumido pelo tempo e pelos clichés, o Survival Horror. Este meu exemplar foi adquirido online, no inicio deste ano por cerca de 30 euros e sendo uma Limited Edition, faz-se acompanhar de um exemplar digital de Dead Space Extraction, que irei analisar lá mais para a frente.


Manual, papelito e disco.
Dead Space 2 é a continuação do aclamado Dead Space, que tantas cabeças fez rolar pelo espaço fora e tantos sustos pregou. E se o primeiro foi fantástico este segundo promete ser bem melhor. A história começa imediatamente a seguir ao eventos do anterior, onde Isaac Clarke, que curiosamente não tem memórias dos últimos três anos, se encontra hospitalizado no Sprawl, uma enorme plataforma espacial construída num dos fragmentos de Titan, uma das luas de Saturno. Ainda não estando completamente recomposto, Isaac é solto por Franco (o senhor de Dead Space Ignition) num cenário já nosso conhecido pois parece que o inferno anda à solta novamente. Antes de sequer ter hipótese de tirar a camisa de forças a Isaac, Franco é morto e transforma-se num Necromorph, pelo que Isaac consegue escapar, correndo pelos corredores do hospital até chegar a porto seguro. O pesadelo está prestes a recomeçar, uma vez mais...

Isaac aprecia a vista...
Dead Space primou pelos visuais e Dead Space 2 não se fica atrás. Desta vez existe uma maior variedade visual ainda que tudo esteja muito restringido à plataforma espacial onde nos encontramos. Ainda assim é possível visitar várias áreas da mesma, desde uma área comercial, um infantário no mínimo tenebroso e os habituais corredores e laboratórios. Ocasionalmente fazemos uma visitinha lá fora, podendo observar o espaço bem de perto. Mas com isto tudo o que realmente interessa referir é que o grafismo é bonito, mais detalhado e polido do que o antecessor e acima de tudo mais assustador, de certo modo. A utilização da luz e sombras continua espantosa e é sem dúvida um dos jogos que melhor partido tira disso para conseguir proporcionar o ambiente e atmosfera perfeitos. Os modelos tridimensionais, tanto das personagens como inimigos estão excelentes, sendo que estes últimos se mexem a velocidades estonteantes, por vezes, causando alguns sustos não planeados. Mas a piada do jogo reside aí.

Hora de mudar de roupa.
A música em Dead Space 2 é aquilo que se poderia esperar num jogo deste género. Discreta q.b., com os seus momentos de tensão que dão lugar a alguns espaços de puro silêncio, onde o som ambiente executa o seu trabalho na perfeição. Aliás, este jogo assenta muito na componente sonora pois é esta que cria grande parte da atmosfera tensa que se faz sentir em 98% do jogo. Nunca estamos seguros e o som faz com que o jogador sinta sempre isso. Finalmente Isaac tem voz, algo que no antecessor não tinha e o tornava numa personagem bastante plana e aborrecida. Neste, fala pelos cotovelos, mesmo quando se encontra sozinho, dando a transparecer a sua personalidade tumultuosa e atormentada em diversas ocasiões. Não é para menos, depois do que passou na Ishimura, mas ainda assim é uma agradável adição. O voice-acting no geral é bastante bom, com alguns diálogos interessantes e elucidativos.

Dispara, dispaaaaara!
A componente jogável foi algo que mudou em pequenos incrementos sem se afastar muito do original. Isaac tem um bom arsenal à disposição, com algumas armas novas e outras velhas conhecidas, as quais pode ir actualizando para ter melhores resultados contra as hordas de Necromorphs, que agora também aparecem em novas formas e feitios, sendo que alguns velhos conhecidos também aparecem para nos fazer a vida negra. Com as armas, Isaac pode ainda recorrer aos melee attacks, desde murros ao stomp que rebenta tudo e é bastante útil, bem como utilizar o seu módulo de Stasis para abrandar objectos e inimigos, sem descurar o módulo de Telekinesis, agora muito mais bem aproveitado, face ao primeiro jogo onde era quase inútil. Em Dead Space 2 vamos utilizar ambos com muita frequência. Tal como anteriormente, os upgrades das armas e fatos, fazem-se nas Work Benches com Power Nodes e podemos comprar itens, armas e novos fatos nas Stores, caso achemos também Schematics para estes dois últimos. Uma novidade é podermos fazer downgrade a tudo caso precisemos de Power Nodes para outras coisas.

Ser Necromorph tem a sua piada.
A mecânica geral do jogo continua a assentar nas mesmas bases, vamos progredindo ao longo da plataforma espacial, ocasionalmente saindo para o espaço onde podemos movimentar-nos em Zero G, algo que difere do jogo anterior pois agora temos uns thrusters no fato que nos permitem mover para onde quisermos. Além disso, ainda vamos visitar alguns locais conhecidos mas prefiro não os referir. O jogo continua de "cara limpa" sem HUD de espécie alguma estando a informação toda em Isaac, por assim dizer. A dificuldade continua a ser um dos trunfos da série, pois mesmo em Normal, é caso para dizer que dá água pela barba. Agora experimentem em Survivalist ou Zealot e vão ver o que é bom. Sempre podem ser heróis e tentar em Hardcore, um modo que só desbloqueia depois de completarmos o jogo e que só nos deixa gravar 3 vezes, não tem checkpoints e a dificuldade é algo entre Survivalist e Zealot. Confesso, nem tentei sequer. Uma das grandes novidades foi a inclusão de um modo multiplayer online onde podemos jogar em equipas de 4 contra 4, seja com humanos ou com Necromorphs. Como seria de esperar, temos duas armas e podemos ir evoluindo a personagem e equipamento, algo que também acontece com os monstros. Neste modo o divertido é mesmo jogar com os Necromorphs, que apesar de mais fracos são mais manhosos e alguns podem andar por todo o lado.

Sendo um jogo bastante recente, Dead Space 2 tem tudo aquilo que considero bom num jogo deste género. O melhor mesmo é que o podem achar bem baratinho, em qualquer loja online, seja para que sistema for. E como é óbvio, recomendo-o vivamente mas atenção, só se tiverem jogado o primeiro senão não tem a mesma piada. E assim não restam dúvidas, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã vamos investigar crimes na PS3. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Este será compra certa para o PC, mais tarde. Mas ainda tenho o primeiro para jogar.

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