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Aí está o que faltava! |
Desenvolvido por: 3D Realms, Triptych Games, Gearbox
Software, Piranha Games
Publicado por: 2K Games
Designer: George Broussard
Compositor: Dan Forden
Motor Gráfico: Duke Engine (Baseado no Unreal Engine 1 build 613)
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC, Mac
Lançamento: 10-06-2011 (EU), 14-06-2011 (EUA)
Género(s): First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para
dois jogadores e online até oito jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação de 4GB no disco rígido, Suporte HD 720p,
Compatível com Função de Vibração, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes até ter platina.
(Hoje é um bom dia para descansar visto o tempo estar manhoso.)
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O mesmo, visto de trás. |
Hail to the King, baby! Isto é apenas uma das muitas frases
que
Duke Nukem profere ao longo das suas aventuras contra os malvados dos
alienígenas que vieram à Terra para se apoderarem das nossas mulheres e darem a
luz grotescos abortos extraterrestres. Obviamente, o reportório de
Duke é vasto
e não se fica por aqui mas o que interessa é que a última aventura datava de
1996. Passados 15 anos e após muitos lançamentos cancelados que o catalogaram
de
vaporware, eis que
Duke regressa à ribalta para gáudio dos fãs. Mas será que
este regresso corresponde às elevadíssimas expectativas? Já lá vamos.
Inicialmente estava muito reticente relativamente a este jogo pois a
demo não
me impressionou, antes pelo contrário, decepcionou-me mas após alguma
ponderação lá decidi dar-lhe uma segunda oportunidade. Este exemplar adquiri-o
online tendo ficado por cerca de 15 euros, contando que vendi a versão normal por 10 a um amigo. Para além do jogo, trás um busto do
Duke, dois dados, um mini baralho de cartas, duas fichas de
poker, um
papercraft, cinco postais ilustrados, um
comic book e o melhor, um
artbook com 100 páginas. Pelo preço que foi, é uma edição mais que excelente.
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Manual e disco. |
Duke Nukem Forever aterrou nas consolas em 2011 e na maioria
dos casos foi uma decepção total, com inúmeras críticas negativas em todos os
aspectos, desde os visuais à jogabilidade. Mas as opiniões são como o olho do
rabinho, cada um tem o seu e portanto, se alguns acham o jogo mau, outros acham
o jogo decente. Eu comecei por achar a demo a maior porcaria dos últimos tempos
mas depois de jogar o jogo propriamente dito mudei de opinião. A trama deste
episódio decorre 12 anos após os eventos de
Duke Nukem 3D, onde o nosso machão
de serviço é agora um herói americano. Contudo, os alienígenas regressam à
Terra deixando todos apreensivos, ainda que supostamente tenham vindo em paz.
Para evitar confrontos, o Presidente dos Estados Unidos informa
Duke que está
em negociações de paz e pede para este não interferir. Desconfiado,
Duke acede
ao pedido mas rapidamente é contactado pelo
General Graves, da
Earth Defense
Force (EDF), que lhe comunica a verdadeira intenção dos alienígenas. Assim
Duke
começa mais uma aventura cheia de violência e testosterona...
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O inlay, sugestivo... |
As críticas a Duke Nukem Forever começaram pela parte visual
e com razão, a meu ver. Em vez de apostarem em tecnologia mais recente, o motor
gráfico é baseado numa versão antiga do Unreal Engine, resultando em algo
graficamente pertencente ao ano de 2005, na melhor das hipóteses. Diria que 90%
do jogo tem um aspecto feio, com texturas reles, efeitos visuais fracos e no
geral um grafismo abaixo da média. Contudo, em certas partes do jogo,
nomeadamente alguns interiores, o aspecto melhora consideravelmente. O mesmo se
pode dizer do modelos tridimensionais utilizados, tanto para as personagens
como para os inimigos. Alguns estão com bom aspecto, como por exemplo os bosses
mas os outros têm um ar inacabado e datado. Ainda assim, o jogo corre a uns
estáveis 30 frames por segundo e sem quebras, algo que não acontece na versão de
Xbox360, sem dúvida a pior de todas. Em termos de variedade, os cenários por um
lado até escapam, com direito a várias localizações, algumas inspiradas em
locais reais visto a acção decorrer em Las Vegas e arredores. Certos cenários
estão bem povoados em termos de detalhes e pormenores mas outros são bastante
insípidos e sem inspiração. Contudo, um jogo não é somente feito de grafismo e
os outros componentes ajudam a melhorar a situação.
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O conteúdo desta edição. |
A coisa que mais fica na memória num jogo de
Duke Nukem é a
sua voz, fruto do talento de
Jon St. John, que o tornou indubitavelmente num
ícone dos videojogos. Frases como "
Come, get some!" e "
It's time
to kick ass and chew bubblegum and I'm all outta gum!" ficam na memória de
qualquer um e perduram de geração para geração. Neste
Duke Nukem Forever, a voz
continua a ser a mesma, com novas frases, outras tantas já clássicas mas no
geral, com bastante qualidade e piada. Os diálogos entre as personagens são
redundantes mas decentes
q.b., sem entrarem no ridículo. O jogo foi rotulado de
"muito mau gosto", devido a certas situações e coisas que
Duke diz
mas na minha opinião, isso já é a imprensa a bater no ceguinho, visto os jogos
hoje em dia sofrerem do mesmo mal que tantas outras coisas, como os filmes, a
título de exemplo. Os media podem mesmo destruir o bom nome de uma saga. Quanto
à música, é praticamente inaudível ao longo do jogo, ainda que exista em alguns
níveis. Obviamente, o tema de
Duke está presente e melhor do que nunca.
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Duke não passa sem cerveja. |
Queixas e mais queixas tornaram este jogo numa espécie de
Jesus Cristo dos videojogos pois foi crucificado por muitos. Isto deveu-se
também à jogabilidade, criticada por muitos como atabalhoada, rígida e básica,
onde a linearidade dos níveis não ajuda. A minha opinião? Quem analisou este
jogo estava mais preocupado em enterrá-lo, juntamente com quem o fez do que
propriamente espremer a laranja e obter algum sumo. Resumindo, quem analisou
este jogo e o criticou negativamente até à exaustão é estúpido. A jogabilidade
é semelhante à de muitos jogos de hoje em dia, com um esquema pré-definido
à la
CoD, que funciona muito bem e sem dificuldade nenhuma. A única coisa da qual me
queixo é não existir
Aiming Down Sight (ADS), algo que me fez confusão, pois
neste jogo todas as armas fazem
zoom in. Ainda assim, ultrapassada essa
barreira, vi esta escolha de
design como uma reminiscência dos
FPS dos anos 90
e um tributo aos mesmos. A escolha do arsenal é idêntica à de
Duke Nukem 3D,
com as mesmas armas, ainda que só tenhamos hipótese de levar duas connosco.
Podemos ainda contar com as
pipe bombs e itens como esteróides que nos conferem
força bruta, cerveja que nos aumenta o dano infligido e ainda o prático
Holoduke para distrair os inimigos. De fora ficou o
jetpack, pelo menos no modo
campanha.
Duke conta agora com uma barra de
Ego que no fundo é a sua energia sendo que esta recarrega sozinha após levarmos dano, passado algum tempo ou se executarmos brutalmente algum inimigo sempre que se proporciona.
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Um confronto clássico e épico. |
Os níveis apesar de lineares, contam com alguns
bosses nossos conhecidos com outros tantos novos e têm por vezes determinados objectivos, sendo variados em termos de jogabilidade pois em certas instâncias não andamos sempre
a disparar, podendo também conduzir veículos desde
4x4 a um carrinho telecomandado.
Estas partes são nitidamente inspiradas em
Motorstorm, especialmente na parte
do deserto. E por referir isto, o jogo, como seria de esperar goza com imensos
filmes e outros jogos, de forma saudável sem querer impor-se. Alguns críticos
acusaram o jogo de ser de muito mau gosto, devido a ter transformado
Duke numa
personagem ordinária e deplorável, extremamente sexista e que rebaixa o sexo
feminino. O curioso é esquecerem-se que ele sempre foi assim, pois já em
Duke
Nukem 3D o era, em doses menores talvez. Ninguém tenta ser politicamente
correcto neste jogo. Mas voltando ao jogo em si, para além da campanha, existe
ainda um modo
multiplayer online que, para variar, nem sequer me dei ao
trabalho de testar. Do pouco que vi, vamos evoluindo a nossa personagem e
desbloqueando imensas coisas para a personalizar, bem como mobilar a
penthouse
de
Duke. Os modos incluem
Dukematch,
Team Dukematch e
Capture The Babe, entre outros. Vai na volta é divertido e estou a perder a toscaria toda mas tenho
mais coisas para ir jogando.
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Não, não é Motorstorm! |
Bom, após esta análise pessoal, creio que ficaram com uma
ideia do que esperar se decidirem apostar neste jogo. É preciso encará-lo como
algo antigo, como uma espécie de tributo ao clássico jogo de
PC e não como um
jogo desta geração. Ah, e ignorem as críticas negativas e tendenciosas dos
sites, revistas e afins pois é preciso ter conhecimento de causa para poder
avaliar.
Duke Nukem Forever é
braindead mas também divertido e dá para passar
umas horinhas entretido, algo que faz do mesmo um
JOGALHÃO DE FORÇA!
Amanhã volto com uma trip de Suda 51, Shinji Mikami e Akira
Yamaoka, na PS3. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Este é um jogo que eu acompanho o seu desenvolvimento desde 1999, nos fóruns da 3DRealms. Foi alvo de péssimas decisões de management ao longo dos anos, resultando num jogo visualmente datado, pelo facto de andarem constantemente a mudar de engine e o perfeccionismo de George Broussard levou ao muito longo ciclo de produção do jogo, bem como aos problemas jurídicos que acabaram por resultar na aquisição da propriedade intelectual do Duke pela Gearbox, com muita pena minha. Infelizmente quando se anunciou o desmantelamento da 3DR, muita informação do jogo acabou por leakar, incluindo um guião do que consistiria o jogo. Pelo que me apercebi, o jogo que está no mercado é o mesmo descrito pelo tal guião, quando o jogar já não terei o efeito surpresa. Vou comprar a versão PC. Já estava à espera que as críticas na parte visual fossem negativas, já em relação à jogabilidade não estava à espera que Duke apenas pudesse carregar 2 armas, por exemplo. Em relação ao "toilet humor" e ao sexismo, isso já existe desde o Duke Nukem II, lançado algures em 1993, não é algo que me incomode. Ao menos com estas críticas devo conseguir comprar o jogo baratinho lá para o final do ano. o/
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