18 de setembro de 2011

Mortal Kombat

Excelente capa!
Desenvolvido por: NetherRealm Studios
Publicado por: Warner Bros. Interactive Entertainment
Director: Ed Boon
Compositor: Dan Forden
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 19-04-2011 (EUA), 21-04-2011 (EU)
Género(s): 3D Fighting
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer local para dois jogadores e online até oito jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação de 4GB no disco rígido, Suporte HD 720p, 1080i, 1080p, Compatível com Função de Vibração, Compatível com Modo 3D, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o já várias vezes não sabendo precisar quantas mas ainda falta fazê-lo com algumas personagens.

(Cada vez é mais difícil arranjar screenshots em condições... -_-)

Obviamente, sem autocolantes.
Já aqui falei de reboots nos videojogos, há coisa de umas três ou quatro entradas atrás. É algo que actualmente parece estar na moda e ainda que muitas pessoas não gostem pelo facto de acharem que são anos desperdiçados em termos de história e afins, o certo é que quando a história se torna demasiado macarrónica e não há volta a dar, a melhor maneira é começar de novo. Eu pelo menos sou apologista dessa maneira de pensar e encarar as coisas. O certo é que isto tem resultado com os jogos que me têm passado pelas mãos e que têm sido alvo deste tratamento. O jogo de hoje é mais um que claramente ilustra este cenário na perfeição e foi uma das maiores surpresas que tive em 2011. Este meu exemplar, foi adquirido numa loja online tendo custado cerca de 26 euros. Estas lojas são a minha ruína.


Manual, papelada e disco.
Mortal Kombat é um nome que praticamente qualquer ser humano conhece ou pelo menos já ouviu falar, nem que tenha sido de um dos medonhos filmes que existem. Este volta a adoptar o nome do original, ainda que na série seja o nono e por vezes seja visto nas internetes com o 9 à frente do nome, por uma questão de organização e tentar não confundir as pessoas. Ora, tendo este jogo sido alvo de um valente reboot pois os anteriores estragaram a série toda a partir do 4 para a frente, a história centra-se sobretudo nos três primeiros jogos, onde Raiden que se encontra às portas da morte, ou melhor, às mãos de Shao Kahn, tem uma epifania e antes de morrer manda uma mensagem telepática ao Raiden do passado. Este por sua vez, começa a ter visões e tem agora a possibilidade de alterar o decorrer dos eventos para que o bem triunfe sob o mal. O resto é história, muita história e pancada.

Scorpion gosta de ter o pessoal por perto.
Não se querendo afastar dos padrões actuais, Mortal Kombat apresenta-se num glorioso 3D, ainda que a acção decorre num plano 2D, à antiga como a malta gosta e afastando-se das atrocidades cometidas no passado, quando a série passou para o 3D. O grafismo tira partido de um Unreal Engine 3 altamente modificado e adaptado a este panorama de jogo, sendo que com um plano 2D consegue-se muito mais pormenorização e detalhe não só nas personagens mas também nos cenários, decorrendo a acção a uns impressionantes e estáveis 60 frames por segundo. Os cenários em si são muitos deles nossos conhecidos dos jogos anteriores, agora refeitos e com detalhes deliciosos que não me atrevo a referir para não spoilar. Obviamente foram introduzidas novas arenas para não ser tudo do passado. O que realmente gostei a valer foram as personagens, que se mexem com uma fluidez incrível, dotadas de excelentes animações e sobretudo pelo facto de sofrerem dano, ficando com mazelas desde feridas a fracturas expostas e com as roupas rasgadas. Isto é particularmente interessante nas mulheres. Um pormenor interessante e que salta à vista é o sangue, uma das imagens de marca de Mortal Kombat pois neste jogo este elemento tem a sua própria física, manchando tudo e todos e sendo utilizado de várias e curiosas maneiras. Mas não vou referir mais nada.

PIM! Mesmo na bochecha!
Sonoramente, Mortal Kombat apresenta uma nova banda sonora que aproveita alguns dos temas antigos para a criação de novas versões, bem como novas músicas. Para os nostálgicos, sempre podemos seleccionar a música original da versão de arcada, correspondente ao cenário em que nos encontremos. Assim, com duas bandas sonoras ninguém se queixa. O curioso é que neste jogo, por defeito, o som está muito baixo e a música parece ainda estar mais baixa ainda, obrigando o jogador a aumentar o som da televisão. É no mínimo estranho mas já na demo era  a mesma coisa. O voice-acting é algo que se faz sentir ao longo do jogo, com uma boa performance por parte dos actores, com uma ou outra excepção em que me parece que as vozes estão demasiado forçadas. Ainda assim, nada de grave e todos os demais efeitos sonoros são bons e cumprem as suas funções perfeitamente.

Sub-Zero sente uns calorzinhos.
A jogabilidade em Mortal Kombat mudou ligeiramente face aos anteriores em 3D, assemelhando-se agora aos clássicos em 2D mas com bastantes nuances. O jogo decorre inteiramente num plano 2D, sendo o grafismo em 3D o que matematicamente dá 2.5D, segundo os especialistas. Para batermos nos outros contamos com dois murros e dois pontapés, que se diferenciam dos jogos antigos pelo facto de cada murro e cada pontapé corresponder a cada braço e cada perna. Um excelente detalhe, sem dúvida alguma. Existe ainda um botão de defesa, como é de calcular e um para projectar o adversário, sem esquecer o botão que permite mudar de stance, ainda que isto não tenha muita relevância no decorrer da acção, pelo menos que eu me tenha apercebido. Cada personagem tem o seu arsenal privado de movimentos especiais e combos, alguns pré-definidos mas que podem ser combinados entre si e entre golpes, algo que agradará aos jogadores mais experientes. Os jogadores mais casuais não terão qualquer tipo de problema em jogar pois os golpes são bastante fáceis de realizar. Para além disto existem ainda os X-Ray que são golpes que nos permitem literalmente partir ossos ao adversário, infligindo o máximo de dano possível. Estes golpes são possíveis se enchermos as três barras do Super Meter, que neste jogo nos permite realizar várias acções. Com uma barra podemos fazer um Enhanced Move, ou seja, um golpe especial mas mais forte e com duas barras podemos fazer uma interrupção de um ataque inimigo, seja de que espécie for. Agora perguntam: e o resto? Sim, existem vários Fatalities, Stage Fatalities e Babalities, alguns secretos que temos de desbloquear ou ir à internet e ver como se fazem. Isso fica ao critério de cada um.

Na PS3, o Kratos está ali em baixo.
Ainda neste aspecto, o jogo permite-nos fazer equipas de dois lutadores para combates de Tag Team, que acrescentam Tag Combos, tornando o jogo ainda mais inovador e dinâmico neste campo. Passando aos modos, o Story Mode permite-nos viver os eventos de MK, MKII e MK3, contados de maneira diferente e sob a perspectiva de várias personagens, sendo que para avançarmos temos apenas de ganhar os combates. Obviamente não escolhemos ninguém, vamos usando vários dos bonzinhos da história para progredir. Neste modo, não existem Fatalities. O modo arcade neste jogo chama-se Ladder, que pode ser jogado por um ou mais jogadores, sozinhos ou em Tag Team e em várias dificuldades. Neste modo vale tudo, com Fatalities incluídas e outros segredos oriundos dos jogos clássicos, como por exemplo descobrir Reptile, Smoke e outros lutadores escondidos. Como é evidente, podemos escolher qualquer lutador sendo que aqui temos todos os clássicos já conhecidos, à excepção dos bosses, que infelizmente não são seleccionáveis. A versão de PS3 foi presenteada com um convidado especial, Kratos de God of War. O Challenge Tower, que é para mim um dos melhores modos do jogo, coloca-nos face a diferentes desafios, em diferentes situações e o objectivo é ultrapassá-los, existindo 300 diferentes. Neste modo a dificuldade oscila entre o muito fácil e o estupidamente difícil pelo que é preciso algum calo e paciência para conseguir passar tudo. Mas para jogar com o Goro, penso que vale a pena. O modo online é parecido ao Vs. local mas tem uma novidade chamada King of the Hill, onde dois lutadores se defrontam num lobby onde os restantes assistem e podem pontuar a performance de quem combate. Isto torna sem dúvida a experiência online mais divertida e esta troca de informação sempre serve para irmos aprendendo algumas manhas e combos. Por fim temos ainda a Krypt e a Nekropolis, onde podemos trocar os pontos que ganhamos nos vários modos de jogo, por várias coisas que vão desde músicas, ilustrações e até Fatalities extra, abrindo assim imensas coisas novas.

Fatality! Com direito a troféu.
Não pretendo esticar-me mais nesta exposição pois este jogo dava para ser bem mais espremido em termos de conteúdo. O que interessa é que foi uma excelente surpresa e a equipa está de parabéns por ter revitalizado uma saga há muito morta para mim. Recomendo vivamente que o joguem, mesmo que não sejam bons neste tipo de jogos pois é divertido e tem muito para se fazer. Como tal e depois desta "conversa" toda, não restam dúvidas... é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Volto com muitos tiros e destruição, amanhã na PS2. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

3 comentários:

  1. Ernesto, olha que neste Mortal Kombat, até o mais novato consegue ganhar contra o pessoal old school. Eu falo por mim, que já fui batido por amigos e amigas que são zero à esquerda nestes jogos. :) É uma experiência divertida, no entanto.

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  2. Desde o MK4 que a série me tem passado um pouco ao lado. Jogos da geração passada então nem joguei nenhum ainda. Este aqui de facto parece-me muito bom. Reboots em jogos de luta geralmente não me incomodam, até porque eu nem ligo para a história nesses jogos nem nada :P

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  3. Devias então dedicar-te a este e esquecer as atrocidades da geração passada. O último que tinha jogado com afinco foi o Trilogy. Este novo veio dar uma nova perspectiva à coisa e a história está porreira.

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