|
Capa xpto à direita. |
Desenvolvido por: Platinum
Games, Straight Story
Publicado por: Sega
Director: Shinji Mikami
Produtor(es): Atsushi
Inaba, Keith Dwyer, Jun Yoshino
Argumentista(s): Hiroki Kato, Jean Pierre Kellams
Compositor(es): Erina
Niwa, Masafumi Takada, Masakazu Sugimori
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 19-10-2010 (EUA), 21-10-2010 (JP), 26-10-2010 (EU)
Género: Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Challenge para um
jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação no disco rígidio (2.8GB), Gravação de
progresso no disco rígido, Compatível com Sensor de Movimento Sixaxis,
Compatível com Função de Vibração, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes, é brutal!
(Aqui não há novo acordo ortográfico, existe o antigo com as devidas adaptações como o uso de expressões estrangeiras e idiomatismos. E é assim que funciona.)
|
Autocolantes? NEM UM! |
Facto: existem bons e maus jogos. Todos nós que jogamos
sabemos isso melhor do que ninguém mas existem também alguns jogos que se
enquadram na categoria do "fantástico" por serem tão surpreendentes.
Não quer dizer que sejam perfeitos mas têm qualquer coisas que os destaca dos
demais. Existem vários jogos assim, um pouco por todos os sistemas e tenho
alguns na colecção. O jogo que trago até aqui hoje é um bom exemplo, simples
mas eficaz. Este exemplar foi adquirido numa loja
online, como é costume, por
cerca de 20 euros. Curiosamente traz uma
lenticular sleeve, dando um pseudo efeito
de profundidade à capa. Nada de especial mas é sempre algo que se destaca.
|
Inlay, manual e disco. |
Vanquish é um
third person shooter saído das mentes responsáveis
por
Resident Evil 4, em particular o pai deles todos,
Shinji Mikami. Depois de
ter abandonado a
Capcom,
Mikami tem participado em alguns projectos bem
interessantes, estando este sob a alçada da
Platinum Games, responsável por
algumas das maiores surpresas em termos de jogatana, na actualidade. Mas
voltando ao jogo em si, este é claramente inspirado na série
anime Casshern em
termos de ambiente mas a história recai sob uma guerra pelos recursos naturais
do planeta, numa fase em que existe excesso de população. Isto mete Estados
Unidos contra Rússia, sendo que estes últimos sofreram um golpe de estado por
parte de forças ultra nacionalistas que dão pelo nome de
Order of the Russian
Star. Os problemas começam quando estas forças invadem uma estação espacial,
onde existe um gerador que permite extrair energia do sol com fonte
alternativa. Sem grandes problemas, usam esta energia para destruir San
Francisco pedindo aos Estados Unidos que se rendam.
Elizabeth Winters,
presidente no cargo, recusa tal proposta e envia
Sam Gideon, um cientista que
desenvolveu um fato especial para a frente de batalha, juntamente com o
Lieutenant-Colonel
Robert Burns, um veterano de guerra. O resto já se sabe...
|
Tanto metal para rebentar... |
Coisas que me surpreenderam em
Vanquish? Tudo! A começar
pela parte visual, com um grafismo sólido, bonito, bastante fluido e com um
aspecto fabuloso. Embora possa parecer um pouco monótono pois os tons
dominantes são os cinzentos, a acção é tanta que mal vamos ter tempo para
reparar nesses pormenores. Já os cenários, são vastos, embora maioritariamente
citadinos, com algumas incursões por uma floresta mas sem se afastar muito. Os
modelos tridimensionais são excelentes, desde a nossa personagem que tem um
fato chulado, aos soldados que nos acompanham e claro, sem esquecer os
robots
inimigos, desde os mais pequenos aos
mechas enormes que aparecem de vez em
quando e temos de os despachar o mais rápido possível. Efeitos visual também
conferem, desde ondas de calor, a
motion blurring quando a acção assim o exige.
Como já vem sendo hábito, o motor de jogo é usado nas
cutscenes, onde também
vemos o óptimo trabalho física proporcionado pelo motor
Havok.
|
Sam desliza, literalmente, pelo cenário. |
Algo que poderá passar despercebido no meio de tanta acção e
barulho é a banda sonora mas o curioso é que a música até é bastante audível e
acompanha a acção
non-stop, do inicio até ao final, sempre numa batida muito
electrónica a condizer com o ambiente. Em determinadas partes, desaparece
subtilmente dando lugar ao som ambiente, para mais tarde regressar em força
quando começa a toscaria. No geral o som é impecável, com barulho por todo o
lado, desde tiros, explosões, gritaria e muito diálogo entre as personagens.
Uma particularidade é que em termos de
voice-acting, podemos dar-nos ao luxo de
seleccionar o áudio em várias línguas, entre elas o Japonês. Mas por incrível
que possa parecer, prefiro ouvir o jogo em Inglês, até porque jogamos com americanos.
Ainda assim, o trabalho em ambas as faixas é excelente.
Frenética será a palavra que escolho para definir a
jogabilidade em Vanquish. Desde os primeiros minutos que o jogo nos atira para
o meio da acção e de lá não saímos até o termos concluído. Controlar Sam é das
coisas mais fáceis de sempre, com comandos intuitivos e bastante similares a
outros TPS da actualidade. Podemos utilizar três armas, de um conjunto maior,
armas estas que são todas actualizáveis aumentando assim não só a sua
capacidade como o seu desempenho e dano. As granadas vêm em dois sabores: frag
e EMP, que nos permitem rebentar ou paralisar tudo quanto seja mecânico.
|
Uma pausa para um cigarrito. |
Mas o verdadeiro potencial de
Sam está no seu
ARS (Augmented
Reaction Suit), ou por outras palavras, o fato que lhe permite sobreviver a
esta guerra. Este fato está equipado com a
BLADE (Battlefield Logic ADaptable
Electronic Weapons System), que lhe permite scannar e utilizar armas de fogo,
podendo ainda usar combate corpo a corpo e o sistema
AR (Augmented Reality). E
a piada reside aqui pois este sistema, que pode tanto ser activado
automaticamente como manualmente, permite a
Sam abrandar o tempo, para salvar o
próprio couro em situações bicudas, como para destruir inimigos em
slow motion.
Pode também utilizar os
boosters no fato para deslizar pelos inimigos a alta
velocidade enquanto semeia o caos. Obviamente o fato tem limitações e o uso
excessivo do mesmo provoca sobre aquecimento pelo que
Sam tem de esperar um
pouco até tudo voltar ao normal.
|
De frente não vais longe... |
O jogo desenrola-se através de vários capítulos, divididos
por níveis, no quais nos atribuem uma pontuação com base no nosso desempenho e
em outros factores. A dificuldade é justa, podendo o jogador aventurar-se nos
modos mais desafiantes caso ache o
Normal demasiado brando. Apesar de ter muita
acção, não existem muitos
bosses, para grande pena minha mas os que existem já
dão para o gasto, pois o jogo em certas partes faz lembrar um
bullet hell, com
tanto tiro e míssil em simultâneo no ecrã. Não existe nenhum modo
online, algo que
não foi visto com bons olhos pela crítica mas para colmatar essa lacuna, o
Challenge Mode pode proporcionar mais algumas boas horas de divertimento, ainda
que aqui a dificuldade comece a entrar no campo do exagero.
Com tudo isto, já ficaram com uma ideia do quão fantástico
Vanquish consegue ser. Surpreendeu por isto tudo e acima de tudo pela sua
simplicidade, fazendo ver que não é necessário uma trama muito complexa nem
jogabilidade altamente refinada e profunda. Se têm consolas actuais, façam o
favor de jogar este JOGALHÃO DE FORÇA! É uma ordem.
Vamos até ao espaço para uma dose de terror, amanhã. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Talvez no próximo ano compre uma X360 ou uma PS3. Seja qual for, certamente que Vanquish fará parte da wishlist, junto de Bayonetta. Dos melhores jogos que tiveram o selo "Sega" desde o retiro da Dreamcast. Bem que eles poderiam comprar o estúdio.
ResponderEliminar