30 de abril de 2009

Turok : Dinosaur Hunter

Uuuuh, dinossauros!
Desenvolvido por: Iguana Entertainment 
Publicado por: Acclaim Entertainment
Designer: David Dienstbier
Plataforma(s): Nintendo 64, PC
Lançamento: 28-02-1997 (EUA), 01-03-1997 (EU), 30-05-1997 (JP)
Género: First-person shooter
Modos de Jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 64 Mbit, CD-ROM (PC)
Funcionalidades: Compatível com Memory Pak para gravação de progresso de jogo
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o algumas 10 vezes, passava horas de volta deste jogo xD

(Se notarem algo de novo em relação a este post, é normal pois dou-me ao trabalho de editar todos os posts que pareçam necessitar de revisão. E como o Jogalhões está em revolução constantemente...)

Screenshots, ahoy!
Corria o remoto ano de 1996 quando ouvi falar em Turok pela primeira vez. Ao ver imagens do jogo, a reacção foi algo assim: :O "Isto é lindo, mil vezes melhor que a PlayStation!" - pensei eu na minha "parvoíce" típica dos 16 anos. Em 1997 quando a N64 foi lançada em terras lusas, lá me chegou Turok - Dinosaur Hunter às mãos, juntamente com uma Nintendo 64, um Super Mario 64 e um Memory Pak tudo pela módica quantia de 30 contos (isto na altura em que a consola custava 40 contos sem nenhum jogo). Enfim, negócios, tudo cortesia de um amigo que se encontrava "infiltrado" na Concentra nessa época e que muito mais material Nintendo me arranjou a baixo custo, mas isso são outras histórias...



O conjunto completo.
Mudando de assunto para o jogo em questão, Turok: Dinosaur Hunter foi o primeiro jogo que joguei na N64 (o Super Mario 64 só o meti na consola muito depois) e a primeira impressão que tive é que os FPS estavam a levar um novo rumo. Lembro-me de ter ficado fascinado com o grafismo e sobretudo com a jogabilidade, que era excelente para um comando de consola (nessa altura não conseguia jogar FPS em consolas) e isto para quem estava habituado ao combo teclado + rato era algo bastante positivo. A nível de história era bastante básico (tal como as BD's), no fundo éramos um dos muitos Turok (sim a família é enorme ao que parece) e tínhamos de defender a Lost Land de um tal individuo de nome Campaigner (devia ser o tipo dos comícios do PCP) que decidiu não só tentar conquistar o sítio como também transformar a maioria dos dinossauros em cyborgs reptilianos. Go figure...

Um T-Rex modificado.
A N64 afirmava-se, passo a citar, "the most powerful fastest games console on earth" e sem dúvida durante alguns tempos fazia jus ao seu slogan internacional. Os gráficos eram muito bons, o som idem aspas e os jogos eram aquilo que podíamos esperar por parte da Nintendo: muito bons! Ok, nem todos, aliás a N64 tem muita caca em termos de jogos mas os da Nintendo e de algumas third parties, Turok incluído portanto, eram excelentes jogos. E voltando ao Turok (como adoro offtopic...), graphic wise era um mimo. Nunca tinha visto uma selva tão bem recriada num videojogo (nem mesmo num Tomb Raider), cheia de vida, de inimigos, enfim, essas coisas que existem na selva em abundância. Os ambientes em geral eram vistosos mas os gráficos escondiam algo terrível: fogging! O medonho e infame! Passando a explicar para os menos entendidos, fogging era uma "técnica" utilizada para "esconder" o restante cenário cuja máquina não tinha capacidade suficiente para gerar ao mesmo tempo que aquilo que víamos no ecrã. Em suma, profundidade de campo era matéria tabu nesta época. Adiante. As texturas tinham bom aspecto ao longe, de perto chegavam a pixelizar e ostentar tremeliques diversos. Afinal o tão aclamado anti aliasing não era assim tão potente nestes tempos. Mas não quero de modo algum com isto achincalhar este excelente jogo, longe de mim tal pensamento.

Os piores inimigos do jogo!
Sonoramente cumpria os seus objectivos, desde os barulhos da selva, aos sons das armas e grunhidos dos inimigos, que nem sempre eram variados mas surtiam o efeito desejado. A música era um misto de kizomba com kuduro... Estou no gozo! Quanto muito assemelhava-se a música tribal em alguns níveis mas ao fim de algum tempo era menino para a desligar pois sempre joguei FPS sem música  quando me permitem esse luxo (mas já não o faço).


Hummer, uma espécie nova de dinossauro.
Contudo, o que realmente interessa e sempre interessou a todos os fanáticos de jogos é a jogabilidade. Neste campo Turok: Dinosaur Hunter não falha. Atrevo-me a dizer que é tão bom quanto GoldenEye 007, os controlos são fluidos, intuitivos e não vão andar a olhar para o ar muitas vezes. Cinco minutos são suficientes para se ambientarem, depois é jogarem tal como se joga Metroid Prime, FPS de plataformas, disparar, saltar ravinas, enfim o habitual, isto sempre com a ajuda do mapa, pois de outra forma era frustrante tentar chegar a certos sítios que no mapa não estão assinalados e portanto mesmo que pensemos que dá para ir lá, na verdade não dá. No que concerne à IA, bem, os inimigos são estúpidos e quanto a isso a única coisa a fazer é disparar! Os bosses conseguem ser impressionantes (em especial a Mantis e o T-Rex) embora não sejam muito difíceis mesmo em Hard. Ah, e tem uma coisa que todos muito apreciam, SANGUE! Não há nada melhor que ver um inimigo já morto, levar com uma granada, jorrar litrosas de sangue e gritar (...mas ele está morto)! E não se queixem, a versão PAL alemã está censuradíssima, portanto só levam com os cyborgs do nível 8 durante o jogo inteiro. Azar o deles...

O responsável pela confusão.
Resumindo, embora tenha tido reviews um tanto ou nada medianas, Turok: Dinosaur Hunter é um bom jogo na N64. Apesar das inconsistências gráficas, um bocadito de slowdown quando há mais acção e alguma escassez de dinossauros (mas então não era para caçá-los?), revela-se um desafio bem viciante e portanto, é um JOGALHÃO DE FORÇA que tem um lugarzinho na minha colecção. :D


MURRALHÕES DE FORÇA:
 

3 comentários:

  1. "A música era um misto de kizomba com kuduro..."

    Ahahaha!

    É incrível como o jogo me passou ao lado. Ao contrário de ti, não gostei nada da forma de jogar. Na altura não me agradava muito um FPS com muitos elementos de plataformas. E já que referiste o Tomb Raider, naquela altura estava prestes a delirar com a primeira aventura de Miss Croft (isto é mesmo frase à Templo dos Jogos, só para tornar a coisa mais anos 90).

    Ainda devo ter o Turok completo e em muito bom estado, juntamente com uma sequela que me foi oferecida e que nunca foi explorada.

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  2. Curiosamente a sequela que também tenho ali no armário, consegue ser pior do que este. Claro que só digo isto porque a joguei até à exaustão mas brevemente estará aqui exposta.

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  3. Cara esse jogo é massa, mas confesso que não lembro de nenhum slowdown (já do fogging...)

    Bela resenha!

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