7 de dezembro de 2016

The Legend of Zelda: Majora's Mask 3D [Special Edition]

As ditas caixas.
Desenvolvido por: Grezzo, Nintendo EAD Tokyo
Publicado por: Nintendo
Director: Mikiharu Ooiwa
Produtor(es): Eiji Aonuma, Koichi Ishii
Compositor(es): Koji Kondo, Toru Minegishi
Plataforma: Nintendo 3DS
Lançamento: 13-02-2015 (EU/EUA), 14-02-2015 (JP)
Género: Acção, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão de jogo (3 Slots), Compatível com modo 3D
Outros nomes: ゼルダの伝説 ムジュラの仮面 3D que se traduz em Zeruda no Densetsu: Mujura no Kamen 3D (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez.

Está frio, não gosto. E não há screenshots nesta análise.

As ditas traseiras das caixas.
Para quem é fã Nintendo desde os anos 80/90, The Legend of Zelda surge como uma das primeiras referências no vasto catálogo das várias consolas que foram saindo durante estes anos todos. E não é para menos que isto acontece pois esta série é sem dúvida uma das melhores de sempre no que diz respeito ao mundo dos videojogos. Mas para quem se tenta iniciar na mesma pode ser algo confusa devido à sua timeline um tanto incoerente e sempre aberta a subjectividade. Mesmo sendo fã de longa data com algum conhecimento de causa adquirido, torna-se macarrónico, diga-se assim, tentar descortinar uma linha temporal fidedigna. E nem o Hyrule Historia, um compêndio oficial que junta os jogos todos (até à data em que foi publicado) consegue este feito pois os jogos que se seguiram trazem novamente à baila novas teorias que podem muito bem invalidar outras. Mas enfim, passemos ao que interessa que é o jogo que trago até aqui, um jogo que curiosamente é uma sequela directa de outro dentro da série (sim, existem uns quantos assim). Este exemplar foi-me oferecido pela minha irmã, no meu aniversário em 2015. Uma vez que é a Special Edition, para além da cópia física do jogo, incluí ainda um bonito steelbook, um pin com a forma da Majora Mask dentro de uma caixinha e um poster A3 double sided. Tudo coisas boas!


Papelada e cartão de jogo.
The Legend of Zelda: Majora's Mask 3D começa por se apresentar como a sequela directa do anterior, Ocarina of Time (que também teve direito a um remake na 3DS, a ser discutido aqui futuramente) mas com uma particularidade: segue apenas o destino do jovem Link. Se jogaram o título anterior, certamente recordam-se das duas timelines distintas. Ora bem, este Majora's Mask decorre alguns meses depois dos eventos de Ocarina of Time, onde o jovem Link anda à procura da sua amiga Navi (HEY, LISTEN!... -_-) que desapareceu misteriosamente. Aventurando-se juntamente com a sua fiel Epona na floresta, Link dá de caras com Skull Kid, que lhe rouba a ocarina e faz com que Link vá parar ao mundo paralelo de Termina. Após todos estes percalços, Link fica a saber que tem apenas três dias para resolver a situação antes que a enorme lua que paira sob Termina se despenhe e acabe com o mundo.

O belíssimo steelbook.
Como é esperado de um remake, o jogo sofreu melhorias em todos os campos técnicos. A começar pelos visuais (tal como em Ocarina of Time 3D), que agora têm um aspecto fabuloso e bastante diferente do grafismo da N64, que na minha opinião, envelheceu muito mal. Link e restantes personagens tiveram um tratamento à altura bem como os cenários em geral onde tudo é muito mais vibrante, colorido e apelativo do que na versão original. Fez-se também uso das funcionalidades 3D da consola, conferindo uma excelente sensação de profundidade ao grafismo, algo que se nota mais em certas partes do que noutras mas que no final de contas tem o efeito desejado. Escusado será referir que o jogo é também bastante mais fluído do que o original mas isso já era um dado adquirido à partida.

Tal como em outros jogos da saga, a parte sonora é também de excelente qualidade. Neste remake, a música foi alvo de um upgrade, com melhor qualidade sonora mas mantendo os temas do original sem grandes alterações, tal como os efeitos sonoros no geral. E quem conhece a saga Zelda sabe bem que a música é intemporal.

Vista interior do steelbook.
Algumas das diferenças mais significativas surgem na jogabilidade e na mecânica de jogo. Se bem se recordam (se não se recordam, não deviam estar a ler isto), ambos os jogos de N64 foram concebidos e pensar no comando peculiar dessa mesma consola, nomeadamente o combate que fazia uso do Z-Targeting. Ora bem, essa transição foi feita de forma a comportar a disposição dos botões da 3DS resultando numa experiência bem parecida e muito confortável. O melhor no caso deste Majora's Mask 3D é que faz uso do Circle Pad Pro (ou da nova New Nintendo 3DS) e permite-nos usar o segundo stick para controlar a câmara, bem como os botões ZL e ZR, tornando a jogabilidade bastante mais intuitiva. Para além disto podemos (e devemos) ainda utilizar o touchscreen para fazer uso de itens e das máscaras que são o cerne do jogo, bem como em certas instâncias usar as funcionalidades do giroscópio se for caso disso. Pequenas coisas que torna a experiência ainda melhor.

O pin e respectiva caixa.
Colmatando algumas das falhas do original, este Majora's Mask 3D é mais complacente com a gravação do progresso, havendo mais sítios para o fazer bem como o fast travel de forma a tornar a aventura não mais fácil mas sim mais descontraída e sem a pressão do tempo ser tão notória. Sim, este é daqueles jogos que tem sempre aquele limite de tempo, que no nosso subconsciente, nos limita e obriga a fazer as coisas sem perder muito tempo com trivialidades. Mas até neste aspecto o jogo no facilita a vida, dando-nos mais tempo para poder explorar e no fundo apreciar o bonito mundo de Termina. Outras alterações incluem alguns tweaks nas batalhas com os bosses (sobretudo aquele boss que passa o tempo quase todo debaixo de água para quem se lembra), a inclusão da famosa pescaria à la Zelda (é das coisas que mais gosto de fazer nesta saga) e Easter Eggs espalhados um pouco por todo o lado.

Badass Link!
A título de curiosidade, o desenvolvimento deste remake começou pouco do lançamento de Ocarina of Time 3D em Junho de 2011 ainda que o mesmo tenha sido suspenso por tempo indeterminado sem confirmações de espécie alguma. A única coisa que se ouvia da boca dos responsáveis envolvidos é que se a procura fosse muita, o jogo eventualmente acabaria por aparecer. Eis que surge a Operation Moonfall (à semelhança do que aconteceu com a Operation Rainfall), uma petição levada a cabo pelos fãs a fim do jogo ser lançado. E o resto já sabem, é história.

O tipo que arranjou a confusão.
Se me perguntarem se este é um dos meus Zelda's favoritos direi que não. Apesar de ser divertido e ter uma premissa diferente de qualquer um dos outros, o factor tempo é decisivo na minha escolha. Se há coisa que não aprecio são jogos com tempo limitado para fazer as coisas (sendo Dead Rising e Lightning Returns dois exemplos dos quais me recordo). Contudo, apesar desta limitação há sempre a fase de habituação até que finalmente já nem se liga ao cronometro e quando damos conta fizemos tudo sem stress algum. Majora's Mask 3D permite-nos isto mesmo, jogar e apreciar o que o mundo de Termina nos oferece sem constrangimentos. Se o recomendo? Sem dúvida! É a versão definitiva do jogo e por nada vos sugeria a versão de N64, a menos que se sintam nostálgicos ou sejam aquele tipo de jogador que prefere sempre a versão original em detrimento de todas as outras cheias de melhorias. Seja como for, este é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um velho herói (ninja) volta à acção na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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