27 de maio de 2019

Ghost Squad

É disparar para onde ele aponta!
Desenvolvido por: Sega AM2, Polygon Magic (Wii)
Publicado por: Sega
Director(es): Naoya Taniguchi, Shinsuke Imai
Produtor: Jaga
Designer(s): Tomoharu Oiyama, Minoru Sugiyama, Eri Watanabe
Compositor(es): Masayuki Maruyama
Plataforma(s): NintendoWii, Arcade
Lançamento: 23-10-2007 (JP), 20-11-2007 (EUA), 18-01-2008 (EU)
Género: On-Rails Shooter
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores, Multiplayer até quatro jogadores
Media: Wii Optical Disc (8.4GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da consola, Compatível com Wii Zapper
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o muitas vezes.

Os quatro mandamentos.
Durante os anos 90 era recorrente visitar salões de jogos, sobretudo durante os intervalos das aulas pois existia um convenientemente localizado ao lado da escola, ou até mesmo na hora de almoço que era mais dilatada e assim dava para jogar mais do que um jogo apenas. Neste salão em particular, existiam as máquinas mais recentes e que estavam na berra, tanto da Sega como da Namco com os seus designs extravagantes em alguns casos e que rapidamente atraíam quem entrava no espaço fosse pelas suas dimensões, artwork colorido a decorar a máquina ou o som potente que saía da mesma. E muita moeda for gastas nestas mesmas, fossem jogos de corridas, luta e claro, os rail shooters, esse género hoje em dia praticamente perdido mas que devemos preservar por ser tão divertido e icónico dessa época. O jogo que trago até aqui hoje, infelizmente nunca joguei numa arcade mas assim que tive oportunidade, adquiri a versão Wii que é a melhor coisa logo a seguir. O exemplar em questão foi adquirido entre Março e Abril de 2019 tendo custado cerca de 16 euros, na Amazon.


Manual, papelada e disco.
Ghost Squad é mais um jogo no meio de tantos rail shooters que existem mas que se destaca por diversos motivos. Um deles é o facto de estar na Wii, a consola indicada para o género mas os outros prendem-se com motivos mais técnicos que abordarei mais à frente. A premissa do jogo é a mesma de sempre neste género: somos um membro de uma equipa táctica de operações cuja função é impedir que terroristas levem a cabo os seus maléficos planos de conquista, coação e rapto. E é somente isto pois não precisa de ser mais complexo do que necessário. No caso deste jogo, cada nível é uma missão diferente com vilões diferentes pelo que não existe uma história contínua.

Na selva vale tudo!
Graficamente, Ghost Squad não é propriamente uma power house e revela ser um pouco acima da versão arcade. Os modelos das personagens não são extremamente complexos mas fazem o seu trabalho de forma competente com animações decentes. Os cenários são bastante variados, com imensa coisa que pode ser destruída e pormenores por todo o lado que conferem uma boa atmosfera à acção do jogo. O único senão a meu ver é a frame rate que não passa dos 30 frames, algo que neste género não fica bem dada a acção frenética do jogo em si. E considerando que existem outros jogos do género que correm a 60 na Wii, não vejo qual tenha sido o motivo disto mas certamente um dia alguém há-de desvendar esse mistério.

Ah! Bandidos!
Em termos sonoros, a música cumpre a sua tarefa ainda que não seja de todo memorável pois vamos passar mais tempo a ouvir disparos, explosões, estilhaços e afins, misturado com gritos e frases proferidas tanto pelos inimigos como pela nossa personagem. Sim, se carregarmos no botão C no nunchuk, a nossa personagem diz coisas como por exemplo dar ordens aos outros soldados que por vezes nos acompanham, ao nosso parceiro e até manda os inimigos renderem-se. Não é terrivelmente excitante mas tem a sua piada e descobri isto meramente por acidente.

Ghost Squad destaca-se de outros jogos do género devido ao replay value que proporciona, muito fruto do seu design. A jogabilidade é simples, bastando apontar aos mauzões e premir o gatilho, fazendo reload sempre que necessário. Ao invés de um pistola temos uma metralhadora que torna as coisas mais interessantes e frenéticas. Os níveis são contudo curtos e rapidamente chegamos ao final do jogo, assim como que em 20/30 minutos. Cada um tem bosses no final a rematar. Mas a parte interessante é que podemos nem os derrotar, ou falhar no processo e seguimos em frente. Obviamente isso não conta para o progresso do jogo e é aqui que entra a parte da dificuldade.

Os reféns conseguem ser bem estúpidos.
Sempre que completamos um nível com sucesso, o mesmo nível sobe de "nível" ou seja, começa em 1 e vai até 16. Este incremento aumenta a dificuldade dos inimigos, das situações em que temos de salvar reféns, desarmar bombas, combater mano-a-mano em quick time events entre outras tantas nuances. Outra diferença é que nos aumenta o número de opções de escolhas de caminhos a seguir. A nossa personagem também sobe de nível sempre que completamos o jogo podendo ir até 99, onde atingindo determinados níveis desbloqueamos novas armas e indumentárias para utilizar. As armas mudam imenso a acção do jogo, com algumas a tornar as coisas mais desafiantes e outras a facilitarem a nossa vida devido a coisas como ter penetração em escudos e outros materiais. As indumentárias são meramente cosméticas mas sempre podemos ser um dos tipos do Virtua Cop se assim o entendermos. Existem ainda outros modos que permitem até 4 jogadores desfrutar da acção, como por exemplo o Ninja Mode onde as coisas ficam mais japonesas...

Ghost Squad é sem dúvida um daqueles jogos que recomendo sem reservas sobretudo se forem fãs do género e tal como eu, andarem numa onda de terem todos os bons jogos deste género nas suas versões caseiras. E neste momento já estive mais longe de ter todos os que me interessam faltando apenas dois mas isso são história para outra altura. Por agora, este é sem sombra de dúvida um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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