A boxart podia ser melhor. |
Publicado por: Namco
Produtor: Takashi Sano
Plataforma(s): PlayStation 2, Arcade
Lançamento: 01-10-2001 (EUA), 04-10-2001 (JP), 19-10-2001 (EU) (PlayStation 2)
Género: On Rails Shooter
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (80KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com iLink (1-2 jogadores), Compatível com G-Con45, Compatível com G-con2
Estado: Completo
Condição: Boa, algumas marcas de uso no geral
Viciómetro: Acabei-o imensas vezes.
Sem autocolantes foleiros. |
Para quem cresceu durante os anos 80/90, os salões de jogos eram parte integrante da cultura pop dessa época e imensos jogos popularizaram-se devido a isso. E com essa crescente popularidade muitos acharam o seu caminho até às nossas casas proporcionando a mesma acção e divertimento que podíamos viver nesses mesmo salões mas no conforto do nosso lar. Um dos géneros mais apreciados, os On Rail Shooters, ganharam imensa força nos anos 90 com o aparecimento de Virtua Cop e mais tarde Time Crisis, duas séries excelentes e de uma simplicidade incrível, com bastantes diferenças entre si ainda que o objectivo seja o mesmo: disparar contra tudo o que seja vilão. O jogo que trago até aqui hoje faz parte da saga Time Crisis e era bastante aguardado depois da primeira entrega, tendo feito gastar milhares de moedas a todos quanto visitavam os salões por esse mundo fora. Este meu exemplar foi adquirido em Abril de 2019, tendo custado €3.50 numa feirinha de rua aqui na zona.
Manual, papelada e disco. |
Time Crisis II é a sequela do famoso Time Crisis que fez a sua estreia nas arcadas e posteriormente aterrou na PlayStation para gáudio dos fãs proporcionando assim a mesma experiência mas sem ter de gastar rios de dinheiro. A sequela teve o mesmo impacto ou até mais por incluir um segundo jogador ao barulho, coisa que faltava no primeiro jogo entre outras novidades. A história uma vez mais envolve terroristas que ameaçam o mundo com um satélite nuclear pelo que cabe aos agentes da V.S.S.E., Keith Martin e Robert Baxter, resolver o dilema. Pelo caminho têm ainda de salvar outro agente, Christy Ryan, que descobri toda esta trama e foi apanhada pelos mauzões.
Se mexer é para abater! |
Para quem jogou Time Crisis II nas arcadas, certamente lembram-se dos visuais serem superiores aos do jogo original mas não tanto assim. No caso da versão de PS2 as coisas foram melhoradas neste campo com visuais aprimorados e novas cutscenes, onde a acção decorre a 60 frames constantes sem quebras que tenha dado conta. Ainda hoje penso que o grafismo deste jogo se aguenta bem para o que é, ainda que os modelos não sejam tão detalhados como na sua sequela (já aqui analisada). Os locais por onde passamos são também variados e com o seu q.b. de detalhe, não se tornando aborrecidos por mais vezes que joguemos os mesmos níveis.
Um dia normal na cidade. |
A parte sonora é também bastante agradável com alguns temas memoráveis ainda que não o sejam ao nível do primeiro jogo, cujo o tema principal ainda hoje me ecoa na memória. Os efeitos sonoros são bastante bons, alguns reminiscentes do título anterior mas com a sua quota parte de sons novos. O voice acting é honestamente terrível mas tem aquele charme típico que era comum nesta altura e que hoje em dia é apreciado por muitos, eu inclusive. O mau voice acting é uma arte perdida no tempo pois hoje em dia se fizerem um jogo com mau voice acting é porque foi propositado e assim não tem o mesmo valor ou encanto de algo feito nos anos 90 com os recursos que haviam.
Claro que tinha de haver um tanque! |
No departamento da jogabilidade, Time Crisis II joga-se tal como nas máquinas se tiveram qualquer uma das G-Con disponíveis onde basta apontar e disparar, com botões adequadas para simular o efeito do famoso pedal que nos permite esconder do fogo inimigo e assim recarregar a arma. Claro que nesta altura do campeonato não tenho nenhuma delas e muito menos um CRT para o efeito pelo que tenho de jogar com o comando normal e a experiência não é de todo a ideal. Existe uma mira que se controla com o joystick esquerdo e que pode ser mais rápida se usada em conjunto com o L2/R2. Disparamos com os botões de face e recarregamos com o L1/R1. Claro que o jogo assim fica bem mais difícil e pouco nos serve termos reflexos rápidos pois aqui tudo se vai resumir a memorizar os inimigos e posições dos mesmos para tornar a experiência mais fácil. O que nos vale é que podemos mudar a dificuldade do jogo e tornar as coisas mais fáceis ou difíceis se for caso disso.
Um dos mini jogos. |
O jogo é virtualmente idêntico à versão de arcada, com os mesmos níveis e situações, sendo estas andar aos tiros, perseguições em barcos, evitar obstáculos e outras tantas coisas. Desta vez podemos jogar com um amigo em splitscreen ou via iLink, aquele cabo de PS2 que nunca vi na vida e permite ligar duas consolas, com dois jogos e duas TVs para a experiência mais próxima das arcadas. Em termos de extras o jogo vai desbloqueando mais vidas e créditos à medida que vamos jogando, bem como outras armas como uma metralhadora e uma caçadeira e até munição infinita a dada altura. Outro extra é a possibilidade de podermos jogar com duas pistolas em simultâneo (podendo combinar ambas as G-Con) em single player. Existe ainda o Crisis Mission Mode que nos coloca diversas situações para resolver incluindo um duelo com Richard Miller, o herói do primeiro jogo e ainda ports de Shoot Away II e Quick & Crash, dois jogos antigos da Namco.
Time Crisis II é sem dúvida uma excelente adaptação do jogo de arcada mas peca por não ter mais conteúdo tal como um capítulo extra exclusivo tal como aconteceu com o primeiro jogo e depois com o terceiro. Só aí ganhava mais pontos pois assim é apenas a versão original com uns mini jogos incluídos que não abonam muito a seu favor. Mas se gostam do género, Time Crisis II é um must have na colecção e claro, é um JOGALHÃO DE FORÇA!
MURRALHÕES DE FORÇA:
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