6 de maio de 2019

Zelda II: The Adventure of Link

Capa da versão americana.
Desenvolvido por: Nintendo EAD
Publicado por: Nintendo
Director(es): Tadashi Sugiyama, Yoichi Yamada
Produtor: Shigeru Miyamoto
Designer: Kazunobu Shimizu
Argumentista: Takashi Tezuka
Compositor: Akito Nakatsuka
Plataforma(s): Nintendo Entertainment System, NES Classic Mini, Famicom Disk System, GameCube, Game Boy Advance
Lançamento: 14-01-1987 (JP), 26-09-1988 (EU), 01-12-1988 (EUA) (Versão NES/Famicom)
Género(s): Acção, Aventura, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Gravação de progresso
Media: Não se aplica
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez e bastou.

Parte traseira da versão americana.
Uma das sagas mais apreciadas pelos fãs Nintendo é sem dúvida The Legend of Zelda. Cada jogo é uma nova aventura e raramente existe ligação directa alguma a jogos anteriores. Contudo existem algumas excepções dentro da saga e o jogo que aqui trago hoje é uma dessas mesmas. A minha experiência com este mesmo é bastante recente pois mesmo no passado nunca tive acesso directo ao cartucho tendo apenas experimentando o mesmo via emulação e não tendo nada gostado do que vi e joguei. O meu percurso com esta saga teve início na SNES ainda que o primeiro jogo que tenha acabado foi o Link's Awakening no Game Boy pois foi o primeiro que tive (e ainda tenho) na colecção, sendo sem dúvida um dos meus favoritos de sempre. Quanto a Zelda II: The Adventure of Link, só com a chegada da NES Mini é que tive coragem e paciência para pegar nisto e dar-lhe a devida atenção, tentando-me abstrair dos muitos problemas que este jogo apresenta, na minha modesta opinião.


Um tipo chatinho.
Zelda II: The Adventure of Link é uma sequela directa do original de NES, onde agora assumimos o papel de um Link na sua fase adolescente, que desta vez tem de salvar a princesa não das garras de Ganon mas de uma maldição que a colocou a dormir indefinidamente. Esqueçam o Triforce e anda a reunir as peças, aqui temos somente de arranjar modo de acordar a princesa e não é com beijos que lá vamos. Penso que não arranjariam pior maneira de fazer uma trama para uma sequela do que esta mas eles lá sabem o que estavam a pensar naquela época.

Row, row, row, your... raft?
Visualmente não existe grande salto tecnológico do primeiro jogo para este. A palete de cores utilizada é virtualmente idêntica, existindo claro muitas diferenças em termos de sprite work, tiles e afins, contando agora com uma nova perspectiva. Deixou-se um pouco de lado a fórmula clássica e adoptou-se um estilo side scroller para a acção do jogo, algo que a meu ver descaracteriza um pouco o jogo em si pois parece tudo menos um Zelda, por assim dizer. Os sprites e níveis têm o seu q.b. de detalhe e animações decentes mas ainda assim há aqui algo que não me parece bem. Durante as nossas travessias pelo overworld, temos uma perspectiva mais tradicional, ainda que seja mais simples do que a do jogo original.

A magia dá sempre jeito neste jogo.
A música em Zelda II: The Adventure of Link continua a fazer jus ao bom nome da saga, com temas diversos, alguns sendo mesmo variações de músicas já nossas conhecidas mas sempre com aquela sonoridade característica da saga e que nos fica na memória por bastante tempo. Os efeitos sonoros apesar de não serem estelares são bastante adequados e funcionais, ainda que alguns tenham o pitch um pouco para o elevado podendo tornar-se um pouco irritantes quando ouvidos repetidamente. Mas nada que torne a experiência num mau bocado, dentro deste patamar.

Vamos ter de "escacar" pedra em certos locais.
Onde Zelda II: The Adventure of Link se distancia do original é sem dúvida na jogabilidade e mecânica geral. As partes de acção são todas passadas sob uma perspectiva side scroller dando-lhe mais um ar de Metroid do que Zelda. Isto pode até nem parecer mau mas a dificuldade deste jogo é muitíssimo superior à de qualquer outro dentro da saga, com inimigos posicionados em locais dúbios, padrões de ataque rápidos e por vezes imprevistos, provocando mais dano do que se espera e acima de tudo uma boa parte deles consegue defender facilmente as nossas investidas. E os bosses estão numa liga completamente diferente, longe da diversão que proporcionam noutros jogos. Link pode atacar usando a sua espada, tanto em pé quanto agachado, podendo também recorrer ao seu escudo para defesa. Conta ainda com um arsenal de itens e magias que pode usar seja nesta zonas de combate como no overworld. Algumas das magias são imperativas para o progresso do jogo e, como seria de esperar, consomem a nossa barra de magia. Ah, e agora temos vidas, sabe-se lá porque motivo.

Um dos vários bosses.
Algo que também mudou foi a forma como vamos evoluindo Link na sua demanda. Os contentores de corações continuam a ser a forma de aumentarmos a vida, bem como os de magia para o mesmo efeito. Existe ainda um sistema de experiência, que podemos ir aumentando ao derrotar inimigos e serve para aumentarmos o ataque da nossa espada, bem como a vida e magia. E é mesmo caso para os derrotarmos se quisermos chegar ao final ainda que não seja possível fazer farming pois após certos níveis, os inimigos deixam de dar experiência e somente outros muito mais fortes o fazem. Também podemos apanhar sacos de tesouro que fazem o mesmo efeito. Algo que pessoalmente detestei é que no overworld existem random encounters, onde os inimigos aparecem à nossa volta, algo que podemos evitar mas que não deixa de ser irritante a longo prazo.

Zelda II: The Adventure of Link não é propriamente aquilo que possa considerar um bom jogo ou mesmo uma boa sequela. Tem boas ideias mas no final de contas a sua execução poderia ter sido bastante melhor e serve também de lembrete que nem todos os jogos das nossas sagas favoritas podem ser excelentes. Ainda assim, não deixa de ser um JOGALHÃO DE FORÇA.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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