25 de maio de 2020

Aggelos

Capa da versão física.
Desenvolvido por: Storybird Games, Wonderboy Bobi
Publicado por: PQube Ltd.
Plataforma(s): Nintendo Switch, PC, PlayStation 4, XboxOne
Lançamento: 24-04-2019 (EUA), 25-04-2019 (EU), 20-09-2019 (EU - Físico)
Género(s): Aventura, Plataformas, Metroidvania
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Formato Digital (115MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória da consola
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez com cerca de 8 horas e tendo descoberto tudo.

E a respectiva traseira.
Os jogos indie são algo que hoje em dia faz parte integrante do espectro dos videojogos, com imensos títulos por onde escolher e alguns deles bem surpreendentes. A meu ver, isto surgiu da necessidade de se querer não só voltar ao passado tirando partido do hardware actual mas também explorar ideias que de outra forma seriam impossíveis de levar a cabo devido à filosofia das grandes empresas que produzem os chamados AAA e que só se preocupam com números, sejam eles lucros ou vendas. Daí que em vez de levar com mais um Assassin's Creed 17 ou outro Call of Duty 34, prefiro de longe ver um título indie desenvolvido por uma equipa cheia de talento e paixão, sem estar dependente de corporações gananciosas. E actualmente, são estes os jogos que realmente me dão gozo jogar e que certamente sei que voltarei a pegar neles anos mais tarde. Este exemplar digital chegou à colecção algures entre Março e Abril de 2020, tendo sido gratuito. Isto porque tive a sorte de conseguir um código para a versão Switch na página da PQube no Facebook. Melhor ainda foi ter apanhado mais que um código e ter assim dado o mesmo ao amigo Fernando Sardinha que também tinha interesse neste jogo. Podia ter até ficado com os restantes códigos para a versão Steam mas não gosto de ser guloso e prefiro que outras pessoas possam desfrutar do jogo.


É sempre assim...
Aggelos começa por se apresentar como um jogo simples que nos transporta até ao passado pela sua estética retro e semelhanças mais que notórias com a saga Wonder Boy. Diria que quem fez este jogo é de facto fã desta saga pois isto praticamente é mais um título da mesma mas com outro nome. A premissa também é alusiva a tudo isso pois somos um herói que tem como objectivo salvar o reino de Lumen de uma invasão de seres de outra dimensão que se divertem a espalhar o caos por este mundo. Pelo caminho vamos encontrar muita gente disposta a ajudar-nos bem como outros tantos que nos tentam impedir. E não precisa ser mais complicado do que isto.

O mapa é mais ilustrativo do que outra coisa.
Visualmente Aggelos parece ter saído de uma consola de 8-bits mas sem as limitações típicas de época pois aqui tudo é bastante fluido, sem problemas de slowdown, flickering e afins. O grafismo lembra-me bastante alguns jogos da saga Wonder Boy, sobretudo o Monster World com diversos locais a explorar e bastante variedade para nos manter interessados no que vemos. Os sprites são bastante detalhados e com animações competentes, sendo que alguns como por exemplo os bosses são enormes.

Bois gigantes, há que adorar estes gajos!
Na componente áudio, Aggelos tem uma banda sonora bastante interessante ainda que a longo prazo se torne repetitiva, sobretudo nas masmorras, com temas que nos ficam no ouvido. Curiosamente, alguns deles mais parecem saídos de Zelda II do que de um Wonder Boy, talvez um pouco devido à sonoridade dos instrumentos. Outros claramente parecem oriundos de uma Master System e isso é sempre bom de se ouvir. Os efeitos sonoros também cumprem a sua parte sem problemas e mesmo os que são mais utilizados não se tornam monótonos ou irritantes.

Hora da recompensa!
Na jogabilidade, Aggelos revela ser um jogo bastante simples e se jogaram algum título da saga Wonder Boy, nomeadamente o Monster World, vão-se sentir com um peixe na água. O jogo assenta numa base de exploração não linear, ou Metroidvania, se preferirem um termo mais corriqueiro, onde temos de ir desbravando caminho, falando com personagens de que nos ajudam e assim conquistar masmorras e bosses para sermos recompensados com itens e afins que nos ajudam a progredir nas áreas vindouras. E apesar de existir um mapa mundo, este apenas serve de referência pois não existe um mapa para cada local, o que nos obriga a memorizar os mesmos ou a desenhar no papel, à antiga.

Este senhor acordou mal disposto.
Cada área está infestada de inimigos prontos a colocarem-nos um travão na nossa demanda, pelo que vamos ter de os confrontar e assim ganhar experiência para subir de nível, ganhar uns trocos e assim poder comprar novas armas e itens disponíveis nas lojas que vamos encontrando. Estes têm a sua função e alguns deles são imperativos em certas partes do jogo para se triunfar. Para quem gosta realmente de explorar, existem imensos itens e power-ups bem escondidos, alguns deles apenas se terminarmos side quests que nos são dadas pelas diversas personagens espalhadas pelo jogo. O único senão a meu ver, é por vezes a dificuldade em certas zonas disparar de um momento para o outro, com alguns inimigos bastante perigosos e algumas masmorras e locais onde o design tende a puxar para a frustração. Mas no final, a recompensa vale o esforço.

Aggelos é sem dúvida um óptimo tributo à saga Wonder Boy e isso sente-se ao jogar, onde os developers conseguem-nos transmitir a sua paixão pela saga. Não me importava que fizessem outro jogo do género mas até lá podemos apenas desejar e indo apreciando este JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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