11 de maio de 2020

Prey

Esta artwork é má...
Desenvolvido por: Human Head Studios
Publicado por: 2K Games
Director: Chris Rhinehart
Produtor(es): Tim Gerritsen, George Broussard
Artista: Rowan Atalla
Argumentista(s): David Freeman, Dean Orion, Gary Whitta
Plataforma(s): Xbox360, PC, MacOS, Linux
Lançamento: 11-07-2006 (EUA), 14-07-2006 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online até oito jogadores
Media: DVD-ROM
Funcionalidades: Instalação opcional no disco rígido com loadings mais rápidos (4.3GB), Gravação de progresso no disco rígido/Memory Card, HD 720p, 1080i, 1080p, Leaderboards Online
Estado: Completo
Condição: Muito boa, poucas marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o em Normal uma vez.

Toda a capa é foiled!
Continuando a minha demanda em explorar alguns dos jogos do vasto catálogo da Xbox360, eis que me deparo com um FPS, daqueles que tentam de algum modo ser diferentes e inovar de forma a se destacarem dos demais. Num género que parece estar estagnado há imenso tempo, qualquer novidade é sempre bem vinda, sobretudo se se revela divertida e traz alguma diversidade à jogabilidade que já de si tem sempre a mesma base: correr e disparar. Embora tenha saído também para PC, decidi optar pela versão da Xbox360 por uma questão de coleccionismo e por ter custado apenas 3€, algures em Fevereiro de 2020. Está em muito bom estado de conservação, considerando as coisas tais como elas costumam ser no que toca a jogos de Xbox360 usados.


Manual e disco.
Prey é daqueles jogos que tem uma história de vida bastante atribulada tendo o seu desenvolvimento começado supostamente em 1995 mas só em 2006 é que viu finalmente a luz do dia. Isto de uma forma caricata parece ser o modus operandi na 3D Realms onde os jogos demoram anos até saírem, quando saem. Contudo, ao contrário de outros jogos saídos daí (cof, cof DNF), este até gozou de algum sucesso comercial e foi bem recebido tanto pelos jogadores como pela crítica. Mas será que é assim tão bom quanto o pintaram em 2006? Vamos ver. A história começa com o nosso protagonista, Domasi "Tommy" Tawodi, um nativo Cherokee que vive numa reserva em Oklahoma. Farto da sua vida mundana, Tommy tenta convencer a sua namorada, que trabalha num bar onde presentemente se encontram, a saírem dali e irem começar noutro lado. Após uma altercação com alguns dos presentes no bar, uma nave alienigena aparece e leva aquela gente toda dali. Quando Tommy acorda, está dentro da Sphere, uma enorme nave e tem agora de tentar resgatar não só a namorada como o seu avô Enisi da aniquilação. Mais random que isto é impossível...

Esta mãozinha vai-nos ser útil.
Fazendo uso de uma versão modificada do id Tech 4, popularizado por jogos como DooM3, Prey apresenta uns visuais típicos da época onde tudo tem um aspecto que parece ter sido encerado, não me ocorrendo outra expressão para descrever isto. O grafismo apesar de decente, tem um brilho típico que se via muito nesta altura, seja nos cenários, personagens, inimigos e afins. Ainda assim, ao passarmos imenso tempo dentro da nave inimiga, a variedade visual é parca pois vamos ver os mesmos ambientes N vezes sem conta, que misturam um pouco de tecnologia com matéria orgânica e resultam em algo curioso mas que a longo prazo se torna cansativo. Em algumas instância podemos visitar outros locais que se resumem a uma parte com montanhas rochosas onde a liberdade é bastante limitada e portanto a variedade visual também não é muita. Os modelos das personagens não primam pela beleza e mesmo as animações não são as melhores mas já os inimigos tem um design bastante interessante e existem diversos em vários tamanhos e formas para manter as coisas interessantes. Já o design das armas foi o que mais apreciei com algumas bem estranhas mas bastante satisfatórias de se usar. Ah, e este jogo é bastante escuro para o seu próprio bem...

Eh, bicho feio!
Já na parte audível, somos presenteados com uma banda sonora dinâmica, daquelas que tantos outros jogos optam por usar onde a música se faz sentir nas partes de acção e momentos chaves da história, sendo que durante o resto do tempo o som ambiente toma as rédeas. Isto a meu ver resulta bem em imensos jogos e este não é excepção embora a banda sonora seja completamente imemorável. O voice-acting também não é dos melhores, com algumas linhas de diálogo bastante cringey mas outras tantas a cumprirem a sua função de forma adequada. Os efeitos sonoros no geral são decentes com bastante variedade não só nas armas como nos inimigos e ambiente em geral.

Este quase parece que saiu de DooM3.
Onde Prey tenta ser diferente é na parte jogável e de certo modo ganha alguns pontos por isso. A base é a mesma de qualquer FPS, onde disparar é a palavra de ordem, podendo movimentar-se pelos corredores da nave e outros locais, onde o confronto com os inimigos é inevitável. Onde as coisas variam um bocado é na mecânica empregue não só na exploração mas em alguns puzzles, que envolve manipulação da gravidade, portais e afins. Isto resulta numa experiência divertida, que se mistura com o combate em diversas ocasiões. Por outro lado, a certa altura, Tommy pode sair do seu corpo em forma de espírito e assim explorar locais que de outra forma não dão para alcançar, algo que é usado nos puzzles espalhados ao longo do jogo. Nesta forma só podemos usar um arco e flecha, uma vez que os inimigos nos podem detectar. Contudo isto consome energia espiritual pelo que há que racionar o seu uso.

Tommy é uma pessoa muito espiritual.
Algo que não me cativou muito foi o facto de nunca morrermos definitivamente neste jogo. A primeira vez que Tommy morre, ganha este poder de sair do seu corpo passando para o plano espiritual e sempre que morre daqui para a frente é isto que se sucede. Vamos para uma zona onde podemos recuperar não só a vida como o poder espiritual e voltamos ao exacto sítio onde morremos (salvo quando estamos em certas zonas do jogo, como por exemplo a controlar os pods). Isto quebra por completo o facto de haver dificuldades a escolher uma vez que podemos desde logo começar na máxima sem medo de sermos punidos por morrer. Por outro lado, apesar de termos um arsenal interessante de armas, vamos desde logo usar umas mais do que outras pois a munição para algumas é mais abundante e guardar as melhores para os bosses é sempre uma boa opção. Já os puzzles podiam ser em mais abundância, uma vez que a dada altura isto é usado cada vez menos e uma vez que os portais e gravidade estão presentes ao longo do jogo, podiam ter tirado ainda mais partido disto, sobretudo nas batalhas contra os bosses que são um pouco para o lineares e até aborrecidas. Existe ainda um modo multiplayer que invariavelmente não experimentei pelos motivos óbvios do costume.

Em suma, Prey é um jogo decente com óptimas ideias que até são exploradas de forma inteligente mas que podiam ter sido muito mais usadas em situações especificas pois o jogo foi concebido com isso em mente. O facto de ser um jogo bastante fácil também torna as coisas menos divertidas pois sem sentimento de culpa em errar por parvoíce ou ganância, faz com que a nossa abordagem às situações seja mais happy go lucky. Ainda assim, creio que Prey seja uma experiência decente e portanto é um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

2 comentários:

  1. Comecei a jogar Prey hoje. Lembrei que possuía esse jogo comprado em uma conta da Xbox Live.

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    1. Não é mau jogo mas tem ideias que foram subaproveitadas na minha opinião. Obrigado pela visita!

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