Man on a mission! |
Publicado por: Ubisoft
Director: Maxime Béland
Produtor: Alexandre Parizeau
Designer: Steven Masters
Artista(s): Sidonie Weber, The Chinh Ngo, Vincent Jean
Argumentista(s): Richard Dansky, Mike Lee
Compositor(es): Kaveh Cohen, Michael Nielsen, Amon Tobin
Motor gráfico: Unreal Engine 2.5
Plataforma(s): Xbox360, PC
Lançamento: 13-04-2010 (EUA), 16-04-2010 (EU) (Xbox360)
Género(s): Acção, Aventura, Stealth
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Co-Op Local/Online para 2 jogadores, Modo Multiplayer Online para 2 jogadores
Funcionalidades: Instalação opcional no disco rígido (6.8GB) com loadings mais rápidos, Gravação de progresso no disco rígido/Memory Card, HD 720p, 1080i, 1080p, Conteúdo adicional via DLC
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Estado: Completo
Condição: Boa, algumas marcas de utilização no disco
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, em Normal e Realistic. Completei todas as Deniable Ops.
Sem autolocantes feios! |
Splinter Cell é daquelas sagas que com o tempo tenho vindo a ganhar uma especial predilecção devido ao facto de ser tão único e com uma história rica em intriga e ramificações que acabam por fazer sentido no grande esquema das coisas. E o facto de ser considerado como um rival da saga Metal Gear, foi outro dos motivos pelos quais decidi dar uma chance e jogar todos os jogos para poder realmente comparar ambas as sagas. O veredicto é apenas um: são tão diferentes que dificilmente os considero rivais apesar de partilharem uma coisa em comum, o stealth. Mas ainda assim cada um emprega este conceito à sua maneira com resultados diferentes e altamente satisfatórios em ambos os casos. E apesar de ainda me faltar jogar alguns jogos que têm o mesmo nome mas são diferentes em certos aspectos (nomeadamente os de PC e o Double Agent de PS3/360), o certo é que posso dizer que já experimentei todos os da mainline e o que trago até aqui hoje era o que faltava visto ser exclusivo de certa forma na Xbox360 e PC, algo que agora já não é problema. Este exemplar foi adquirido algures em Agosto de 2020 por 3€ numa loja de usados, estando em muito bom estado.
Manual e disco. |
Tom Clancy's Splinter Cell: Conviction é tido como a ovelha negra dentro da série por se afastar um pouco daquilo a que esta nos habituou e ser um tanto mais linear, mais agressivo e sobretudo bem mais pessoal onde a história se foca quase inteiramente em Sam Fisher e na sua vida pessoal e profissional, cheia de nuances e mistério. A trama decorre 3 anos depois dos eventos de Double Agent onde Sam deixou a Third Echelon e decide investigar a suposta morte da filha por sua conta. Contudo a sua antiga colega Anna Grímsdóttir alerta-o para o facto de ele próprio ser um alvo a abater e assim consegue fazer com que Sam volte à acção novamente para desvendar mais uma obscura conspiração desta vez no seio da sua própria nação. Pelo meio vamos ficando a saber mais sobre o passado de Sam e outras personagens. Existe ainda um prólogo onde jogamos com dois agentes, Archer e Kestrel mas este é inteiramente co-op e como nem sequer tenho dois comandos para jogar em splitscreen, não pude ainda apreciar esta porção do jogo.
Podemos sempre espiar. |
Em termos gráficos, Tom Clancy's Splinter Cell: Conviction é uma notória evolução de tudo o que a série tinha feito até este ponto. Os cenários são bastante detalhados e com um ambiente soberbo onde cada local tem o seu look distinto, com uma vida própria que vai desde os NPC's que por lá andam, aos inimigos que temos de despachar e sem esquecer a excelente iluminação que continua a ser uma das bases do jogo. As animações são também bastante boas ainda que por vezes pareçam estranhas quando executamos certas acções, nomeadamente quando mete inimigos pelo meio. Os locais que vamos visitar variam bastante de aspecto e são fieis recriações de alguns locais reais como por exemplo Washington D.C. onde grande parte da acção vai decorrer.
Atirar gente da janela é sempre giro. |
Na parte sonora as coisas também não são deixadas ao acaso, com uma banda sonora a condizer com a acção que opta pelo dinamismo, algo comum a jogos desta época onde podemos ouvir temas nas partes críticas para o desenrolar da história e nas partes de escaramuça, sendo que durante o resto do tempo apenas ouvimos o som ambiente ou temas mais calmos e quase imperceptíveis. Os efeitos sonoros têm um papel crucial na mecânica do jogo e são como tal excelentes, desde o som das armas, a pequenos ruídos como caminhar sobre superfícies até aos habituais diálogos tantos dos inimigos como personagens. Sam Fisher é uma vez mais abençoado com a voz de Michael Ironside que esteve quase para não o fazer visto que considerava não ser capaz de contribuir mais para a personagem. Porém, ao ler o guião mudou de ideias. Só é uma pena que na sequela não tenha mesmo prestado a sua excelente performance.
Os objectivos são projectados no cenário. |
Chegando à jogabilidade, Tom Clancy's Splinter Cell: Conviction introduz diversas mecânicas novas que mais tarde foram refinadas e melhoradas em Blacklist. Uma delas é o conhecido Mark & Execute, uma habilidade que nos permite marcar um certo número de inimigos (dependendo da arma que estivermos a usar) e assim despachá-los de forma eficiente e sem alarido. Para tal é preciso pelo menos matar alguém usando melee, de preferência com stealth. Outra mecânica é a Last Known Position onde Sam ao ser visto por um inimigo, deixa a silhueta da sua sombra, algo que faz com que os inimigos converjam para a sua posição, dando-nos assim vantagem táctica. Sam pode ainda em certas instâncias interrogar personagens, podendo usar o meio evolvente para os "persuadir". Outra mecânica que achei tanto de interessante como de empecilho é o facto de quando estamos completamente escondidos pelas sombras o jogo fica a preto e branco, mostrando apenas em cor inimigos e outros elementos. Isto dá um certo estilo ao jogo mas ao mesmo tempo a ausência de cor provocou-me alguma desorientação ao navegar certos cenários que já de si são escuros mesmo com cor.
Este vai fazer ó-ó... permanentemente. |
Para além das novidades fizeram-se alterações noutras mecânicas já conhecidas que foram reduzidas ou simplesmente omitidas. Sam não pode esconder corpos, algo que sempre achei útil em certas ocasiões, bem como não existe sistema de lockipicking ou hacking. Também não podemos meter ninguém inconsciente pois não existem armas não letais e o melee é sempre para matar, algo que preferia que fosse opcional pois gosto deste tipo de jogos com opções não letais sempre que possível. Por outro lado Sam também já não tem os seus gadgets e armas icónicas (pelo menos logo de início) ainda que possamos escolher o nosso arsenal em cada nível, com uma panóplia vasta de armas e alguns gadgets que podemos actualizar ao cumprirmos determinados objectivos que nos presenteiam com pontos. Embora não tenha ainda jogar a porção co-op da história, pude jogar as Deniable Ops e aqui temos uma experiência mais parecida à dos jogos antigos, com níveis vastos onde podemos optar por quatro modos de jogo: Hunter, onde temos de matar todos os inimigos; Infiltration, o mesmo objectivo mas sem sermos vistos; Last Stand, onde temos de defender uma bomba e Face-Off, a versão competitiva de Hunter. No geral estes modos são bastante bons e divertidos de jogar várias vezes.
Tom Clancy's Splinter Cell: Conviction pode não ser dos melhores jogos nesta saga mas é sem dúvida um dos que marcou pontos pela diferença, pela história mais simples mas mais cativante a meu ver e por introduzir novas mecânicas que melhoram bastante o combate e travessia no terreno. E só por isso é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Sem comentários:
Enviar um comentário