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Capa à Hollywood. |
Desenvolvido por: Kronos Digital Entertainment
Publicado por: Eidos
Produtor: Sandy Abe
Designer(s): Scott J. Compton, Christian Dailey, John Zuur Platten
Argumentista(s): Stan Liu, John Zuur Platten
Compositor(es): Matt Furniss, Jason Agolia
Plataforma: PlayStation
Lançamento: 31-01-2000 (?)
Género: Aventura, Acção, Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: 4x CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Compatível com Memory Card (1 bloco), Compatível com Controlo Analógico, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, uma delas em Hard.
(Já faltou mais mas estamos no bom caminho!)
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Não é filme, é mesmo um jogo. |
Uma das grandes evoluções e revoluções no mundo dos videojogos foi o aparecimento de
Full Motion Video, ou por outras palavras, vídeo metido dentro do
CD proporcionando ao jogador um ambiente mais realista e uma maneira de se ir acompanhando a história. Claro que isto não começou na
PlayStation, bem antes disso a
MegaCD fez as delicias de muitos ainda que a qualidade de vídeo fosse bastante duvidosa e os jogos mais ainda pois estavam demasiado assentes nesta base o que foi um erro tremendo e um
flop do tamanho do mundo. Mas isso pouco interessa, até porque não venho escrever acerca da
MegaCD mas sim de um jogo. Esse jogo sei que o comprei algures em 2000 após o seu lançamento, numa loja em Almada que era de um amigo. A loja, como já referi noutra análise, deixou de existir para grande pena minha e de muitos mas os jogos ainda andam por cá... :)
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Papelada e manual. |
"
Better than the Matrix 10/10" - Foi assim que a revista inglesa
PlayStation Plus descreveu em poucas palavras
Fear Effect. E de facto penso que não podia concordar mais apesar de achar que o
Matrix, o primeiro filme para que fique bem claro, é um prodígio em termos de efeitos especiais. A comparação que a revista fez com
Fear Effect, logicamente tem a ver com este campo mas já lá vamos. A acção do jogo decorrer algures numa China futurista onde três companheiros foragidos -
Hana Tsu-Vachel,
Royce Glas e
Jakob "Deke" Decourt - tentam investigar o caso do desaparecimento da filha de um poderoso empresário chinês. Como é de calcular a coisa desenrola-se de tal maneira que vão descobrir muito mais do que um rapto e bandidos...
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Disco 1 e 2. |
O que, sem dúvida alguma, destaca
Fear Effect de todos os jogos da altura e mesmo de todos os jogos da
PlayStation é a parte gráfica. A
Kronos, conhecida por fazer jogos de porrada manhosos, apostou em mudar de género e voltou-se para os jogos de acção e até mesmo
Survival Horror. Daí que para se destacar, criou a chamada
Motion FX Technology, que basicamente consiste em cenários pré-renderizados
2D inteligentemente misturados com
FMV a correr. O resultado são cenários vivos, realistas onde tudo está a mexer à medida que nos vamos movendo, com as nossas personagens em
3D. É algo visualmente espectacular, tendo em consideração que nesta altura o mais parecido era
Resident Evil e era praticamente tudo estático. Em
Fear Effect, a parte gráfica fervilha de vida e acção pois está sempre tudo em movimento como se de um filme se tratasse. Por outro lado, apostou-se num
look cel shading para os modelos
3D das personagens, fazendo com que
Fear Effect parecesse um filme animado. É por esta mesma razão que o jogo está dividido em quatro
CD's pois a quantidade de informação é muito grande.
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Disco 3 e 4. |
Sonoramente revela ser um jogo bastante acima da média para o seu tempo. Faz uma utilização bastante inteligente e precisa de todos os efeitos sonoros pelo que em certos momentos temos de ter atenção a tudo o que ouvimos para conseguirmos sair ilesos e determinadas situações ou simplesmente resolver um
puzzle. Não há muita margem de manobra para erros e o som neste campo é essencial. A música passa despercebida mas durante a maioria do tempo é ambiente e é isso que o torna num jogo tão especial.
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Hana trata da saúde a este senhor. |
No território da jogabilidade,
Fear Effect pode parecer um bocado difícil de apanhar ao inicio, devido a diferenças face a outros jogos do género. Vícios adquiridos de
Resident Evil, aqui não funcionam pelo que há todo um processo de aprendizagem para dominar
Fear Effect. Um passo em falso pode resultar num ecrã de
Game Over. Mas apanhando o jeito, é uma óptima experiência interactiva. E por falar em
Game Over, irão ver muitos pois o jogo é difícil mesmo em
Normal. Não é, contudo, um jogo frustrante pois a dificuldade prende-se essencialmente com determinadas situações onde existem várias hipóteses mas só uma é que resulta a 100% e por vezes não temos muito tempo para decidir. É "
Do it or die". Tem imensos
puzzles, e quando digo imensos, é porque são mesmo muitos e alguns bem desafiantes. O combate tem algumas nuances interessantes, tais como podermos abater os inimigos
à la Solid Snake, ou seja, sem fazermos grande alarido o que nos poupa tempo, munição (graças à técnica
One Shot Kill) e energia. Esta tem uma particularidade que se prende com o facto de podermos recuperá-la de várias maneiras, sendo que ao resolvermos um
puzzle com sucesso ou eliminarmos um guarda sem sermos detectados, resulta num pequeno
boost que "acalma" a personagem.
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Vestida a rigor... ou talvez não! |
E
Fear Effect é isto, uma aventura que quase parece um filme animado cheia de surpresas e reviravoltas. Hoje em dia como "filmes jogáveis" temos
Heavy Rain, na altura tínhamos isto. E deu origem a uma sequela,
Fear Effect - Retro Helix que infelizmente não comprei mas um dia hei-de certamente arranjar. Mais palavras seriam desnecessárias pois este é um
JOGALHÃO DE FORÇA e não se fala mais disso. :P
Um caçador de demónios volta a caçar, já amanhã...
MURRALHÕES DE FORÇA:
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