7 de março de 2011

Bioshock

A capa brilha!
Desenvolvido por: 2K Marin, 2K Australia, Digital Extremes
Publicado por: 2K Games
Designer: Paul Hellquist
Argumentista: Ken Levine
Compositor: Garry Schyman
Motor Gráfico: Unreal Engine 3. Havok Physics
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC, Mac
Lançamento: 17-10-2008 (EU), 21-10-2008 (EUA)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação de 5GB (mínimo) no disco rígido, Suporte HD 720p, 1080i e 1080p, DLC Challenge Rooms, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes, em Normal e Survivor. Platina garantida! :D

(Este tempinho está uma treta, o senhor Sol já aparecia...)

Atrás também brilha.
First Person Shooters. Um género amado por muitos, detestado por outros. Mas a verdade, quer queiramos, quer não, é que os FPS são um dos géneros mais populares de sempre que começou no PC com o velhinho Wolfenstein3D e posteriormente com DooM, mas veio até às consolas para tentar a sua sorte. E saiu-se bem pois conseguiram-se proezas nunca antes imaginadas e o comando conseguiu rivalizar o combo teclado+rato. Mas não se ficou por aí, inovou-se, fazendo com que deixasse de ser só tiros e passasse a ser mais cooperativo, mais interactivo e com outros elementos, populares em outros géneros, como RPG's e estratégia. Assim os FPS deram origem a um conjunto de novos jogos, bem interessantes e sobretudo diferentes. É o caso do jogo que hoje apresento aqui que entrou na minha colecção, em 2008 se não estou em erro, e custou cerca de 16 euros. Mais uma vez, é de agradecer a existência da Zavvi.com pelos preços baixos e justos! :)


Manual e disco.
Bioshock é daqueles jogos que revolucionou não só o género mas todo o conceito de jogo em geral. A acção decorrer nos anos 60, onde Jack, a nossa personagem, viaja de avião e subitamente este despenha-se no oceano. Sendo o único sobrevivente deste acidente, Jack vê-se diante um enorme farol e rapidamente nada até lá, descobrindo que este farol é apenas o ponto de entrada para algo muito maior - Rapture - uma enorme metrópole subaquática, criada pelo magnata Andrew Ryan cujo objectivo era criar uma sociedade livre da opressão política, económica e religiosa que se fazia sentir na altura. Rapidamente esta sociedade se desenvolveu, com a ajuda de energia geotérmica para sobreviver debaixo de água e também devido aos diversos avanços tecnológicos científicos, nomeadamente o potencial de uma espécie de lesma marinha, que permitiu a criação de ADAM. Este ADAM servia essencialmente para regenerar tecido humano mas tinha também o poder de alterar o genoma humano. Jack vai então descobrir o pior de tudo isto ao entrar nesta cidade...

Um bonito inlay.
Este jogo foi sem dúvida uma das melhores surpresas de sempre em todos os aspectos e por esse mesmo motivo fartou-se de ganhar prémios, todos justamente atribuídos pois o trabalho que aqui está é espantoso. Um dos motivos foi toda a parte gráfica, de um detalhe impressionante tendo em especial atenção os efeitos de água que são brutais. Mas não sendo de todo o mais importante do jogo, uma das coisas que mais se destacou a nível visual foi mesmo o ambiente criado, que imediatamente nos remete para Art Déco, até mesmo pelo período histórico em que se situa. Passear por Rapture é não só assustador como também fabuloso, por toda a composição visual e mistura que criaram. Destaco também todo o trabalho de iluminação que neste jogo é qualquer coisa do outro mundo e a sua utilização é feita de forma a que tiremos partido disso enquanto jogamos. O Unreal Engine 3 nunca esteve tão bem em toda a sua vida como neste jogo. E a velocidade a que tudo se mexe é suficientemente boa para que não existam quebras de acção e outras maleitas.

Parte de trás do manual.
Em termos de som, Bioshock faz plena utilização de tudo e mais alguma coisa para proporcionar uma experiência fantástica ao jogador apesar da música não ser de todo memorável ou desempenhar um papel fulcral durante o jogo. Em vez disso, apostou-se em grande no som ambiente pelo que o jogador deve ter sempre em atenção o mais pequeno ruído pois os inimigos são demasiado imprevisíveis e por vezes as coisas podem correr mal. E o que interessa neste jogo é tentar evitar confrontos desnecessários pelo que o som é o nosso maior aliado para denunciar a posição de inimigos e outros perigos. De resto, em geral toda a parte sonora faz um trabalho excelente desde os grunhidos de dor até ao voice-acting, muito utilizado nos gravadores que apanhamos pelo caminho e que nos contam mais ao pormenor, o que realmente se passou em Rapture.

A nossa primeira amiga em Rapture.
No campo que realmente interessa num jogo, Bioshock tem nota máxima, pois é facílimo de entrar na onda sem grandes complicações de botões. Sendo um FPS, muitos podem pensar que se resume a disparar mas neste jogo, há muito mais do que isso. Apesar das típicas armas, temos ainda os Plasmids, que se traduzem em modificações genéticas que nos conferem poderes diversos como fogo, gelo, vento e até controlar máquinas e certos inimigos. Contudo, a utilização dos mesmos está limitada ao EVE (a "magia" neste jogo) que temos e que podemos ir recarregando. Para conciliar os Plasmids existem os Tonics, que não precisam de EVE e conferem efeitos diversos como aumento de força e energia. Tudo isto pode ser apanhado, adquirido com dinheiro ou até inventado. Por falar em invenções, outros objectos como por exemplo munição, podem ser inventados nas máquinas U-Invent, espalhadas por Rapture. Por último mas não menos importante, as armas deixaram de ser algo convencional para serem algo muito especial, pelo simples facto de podermos modificá-las, atribuindo-lhes assim poder extra e alguns efeitos porreiros, devastadores para os inimigos. Existe ainda uma câmara fotográfica, que para além de tirar fotos, como é evidente, identifica pontos fracos nos inimigos.

Aquela tipa vai atirar-se do balcão.
Os inimigos, no seu grande grosso, são humanos tresloucados, conhecidos por Splicers cujo intuito é limparem-nos o sebo. A únicas excepções são as Sentry Guns, Sentry Drones, câmaras de segurança (todas podem ser desactivadas temporariamente ou hackadas através de puzzles estilo Pipemania, para nosso uso) e claro, os Big Daddies, tipos metidos em enormes escafandros, armados com armas de rebites ou simplesmente com uma broca gigante. São passivos a menos que ataquemos as Little Sisters, pequenas rapariguinhas que andam por Rapture a extrair ADAM de cadáveres. Como o jogo assenta numa história de moral, podemos ou não matá-las. Nós decidimos o destino das pequenas, contudo para tal, temos de nos livrar dos seus guarda-costas e aí é que reside o desafio pois um Big Daddy não é pêra doce para mandar abaixo! Felizmente, o jogo tem diversos checkpoints, sob a forma de Vita Chambers e podemos gravar em qualquer altura bastando para tal aceder ao menu de pausa. Facilitismos que até agradeço nos tempos que correm...

Sendo uma experiência fantástica prefiro não escrever mais nada e recomendo-vos vivamente a jogá-lo pois ainda é bastante actual e encontra-se baratinho. E sendo um FPS que se afastou do estigma de estagnação deste género, incluindo diversos elementos RPG e uma história cativante, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Um clássico dos 8-bit recebe um remake e é já amanhã... :D

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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