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A simplicidade da capa é brilhante. |
Desenvolvido por: Tose Co., Ltd.
Publicado por: Square (JP), Square Electronic Arts (EUA), Sony Computer Entertainment (EU)
Director: Yoshinori Kitase, Hiroyuki Ito
Produtor: Hironobu Sakaguchi
Artista: Yoshitaka Amano
Compositor: Nobuo Uematsu
Plataforma(s): PlayStation, Super Nintendo, Game Boy Advance, Virtual Console
Lançamento: 11-03-1999 (JP), 30-09-1999 (EUA), 01-03-2002 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: CD-ROM (650MB), DVD-ROM (4.5GB)
Funcionalidades: Memory Card (1 bloco por save), Inclui a demo jogável de Final Fantasy X
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Para GRANDE vergonha minha, ainda não o acabei mas tenho já muita horinha de jogo.
(Não é por hoje EU fazer anos que o Jogalhões pára. Nem pensar! Há prazos a cumprir e esses estão em primeiro lugar. :D)
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Bom conselho... |
Os
Role Playing Games são um género muito conhecido dentro do universo dos videojogos, quer pelas longas horas de jogo que proporcionam, quer pela história que cativa jogadores de todo o mundo e que muitas voltas consegue dar até culminar num final por norma apoteótico e surpreendente. Deste género surgiu uma variante que curiosamente o popularizou e que no fundo são os
JRPG. J, de Japonês, visto ser um género abundante no Japão e que popularizou o género em geral por essa mesma razão. Há uns anos, eram poucos os
JRPG's no ocidente e muitos deles nem sequer chegavam à Europa sendo que o único meio de os jogar era mesmo através de emulação pois o
hardware era caro, mais ainda porque tinha de ser comprado lá fora. Hoje em dia,
JRPG's é coisa que não falta um pouco por todo o lado, se bem que a sua qualidade tem vindo a decrescer, na minha sincera opinião. Mas os antigos, esses, ainda hoje continuam a ser um marco na história bem com ícones de referência para todos os outros. O jogo de hoje é um desses casos. Não sei precisar quando me chegou à colecção mas sei que fui eu a comprá-lo por cerca de 30 euros. Só não faço ideia onde tenha sido...
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Discos e manuais. |
Tido por muito como um dos melhores jogos do género,
Final Fantasy VI é um
JRPG à antiga, com os seus gráficos e som típicos de um jogo da era dos
16-bit, com muita história para contar e horas sem fim de coisas para descobrir. Mantendo a sua aura de misticismo, tal como qualquer outro, a história de
FFVI centra-se em
Terra, uma jovem rapariga que esconde um segredo dentro de si e que com o decorrer da aventura vai descobrir o seu verdadeiro potencial. Isto tudo gira em torno das
Espers, entidades mágicas que são usadas com armas de guerra e que no fundo tiveram origem há 1000 anos atrás na chamada
War of the Magi. Contudo, 18 anos antes dos eventos de
FFVI, o
Império comandado pelo
Imperador Gestahl e o seu demente general
Kefka, começam por conquistar a terra das
Espers, capturando todas as que conseguem para seu proveito, nomeadamente a criação de
Magitek que combina maquinaria, magia e seres humanos. Cabe a
Terra e ao seu grupo de aliados, os
Returners, impedir esta ameaça e pôr termo aos planos maquiavélicos do império e consequentemente, de
Kefka.
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Instruções da demo de FFX. |
Se existe coisa que gosto nos jogos de
16-bit são os gráficos. Coloridos, precisos, bem animados, não há nada melhor do que ver algo desta geração em movimento, em todo o seu esplendor.
Final Fantasy VI é um excelente exemplo de como se faziam belíssimos jogos a duas dimensões. Os
sprites das personagens são sem dúvidas dos mais detalhados e animados de sempre neste campo. Ainda que sejam minúsculos, quando comparados a outros jogos, é possível vermos imensas animações que expressam as mais variadas mudanças de humor e outro tipo de sentimentos. Tanto os podemos ver a rir compulsivamente (
Kefka neste campo é rei), como a chorar ou simplesmente aflitos porque se meteram numa bronca qualquer. O nível de pormenor é impressionante. Por outro lado, os cenários são tão imersivos em termos de ambiente que é quase impossível não se gostar deste jogo. Se achavam que
FFVII era brutal pelo ambiente
cyberpunk,
FFVI foi em parte a origem disso, proporcionando algo do género
steampunk (ou se preferirem, algo mais 2ª Revolução Industrial) misturado com era medieval, resultando numa experiência fabulosa e cheia de mistério. Isto já para não referir o nível de pormenor de todas as construções que vamos vendo ao longo do jogo, com especial ênfase em tudo o que pertence ao Império. Tratando-se da versão de
PlayStation, foram introduzidas
cutscenes em
CG, nomeadamente intro e final, e como é de calcular, a qualidade destas é excelente, à boa maneira da
Square.
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Locke até é espertinho. |
A parte musical de
FFVI é uma obra de arte, tal como qualquer outro jogo da saga.
Nobuo Uematsu trouxe-nos uma vez mais uma banda sonora digna de um filme, com músicas memoráveis das quais destaco "
Aria di Mezzo Carattere", que é tocada durante a famosa cena da ópera, um dos momentos mais marcantes deste jogo. A maioria da música na versão de
PlayStation mantém-se intacta com uma ou outra diferença mais notória em certas faixas. Todo o som em geral está fiel à versão
SNES pois creio que a ideia era mesmo essa.
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Um grande boss! |
Como já é hábito nestes jogos, a jogabilidade é muito simples, sendo que tudo se processa de uma vista
top view, ou se preferirem na língua de Camões, vista aérea. Controlamos a nossa personagem em todas as direcções, podendo interagir com quase tudo o que está à vista. Quando nos encontramos no mapa, invariavelmente temos os
random encounters e as batalhas ocorrem numa perspectiva
side scrolling, ou vista lateral. Nesta ocasião, os
sprites dos inimigos estão bastante mais detalhados do que aqueles que aparecem no mapa/cidades/etc. Os das personagens, para grande pena minha e de muitos, mantêm-se na mesma. Por falar em personagens, não controlamos apenas Terra mas sim mais 13 outras personagens, todas elas diferentes entre si. Apesar de todas procederem de modo idêntico em batalha, cada uma tem os seus atributos, um pouco com os
Jobs de
FFIII. Terra por exemplo, é boa com magia, já
Locke é perito em roubar os inimigos. Se optarmos por
Sabin, este tem técnicas de combate corpo-a-corpo, algumas delas apenas utilizadas se realizarmos um certo movimento com o
D-Pad (pensem em fazer o movimento do
Ha-Do-Ken ;)...). As batalhas seguem a lógica
ATB (
Active Time Battle) introduzida em
FFIV pelo que temos muito bem que gerir as nossas acções. Outros aspectos incluem os tradicionais itens, equipamento, armas,
relics e claro, as
Espers que como devem calcular, são os
Summons deste jogo. Algo assim nunca pode faltar num
Final Fantasy.
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Quem não conhece este menu? |
Curiosidades acerca deste título são mais que muitas mas não me querendo esticar muito, vou apenas referir algumas. A localização deste jogo gerou muita confusão, a começar no título que passou de
VI para
III, na versão americana de
SNES pelo simples facto que os originais
III,
IV e
V, não tinham saído no ocidente. Por outro lado a tradução implicou omitirem-se certas palavras e frases, potencialmente ofensivas. Isto a meu ver foi idiotice mas adiante. Com esta censura, obviamente veio a censura gráfica pelo que aspectos de nudez foram "tapados" nas versões ocidentais. E não bastando a tradução passada a lápis azul, até os nomes foram trocados.
Tina passou a
Terra, mas o nome pegou e assim é conhecida hoje pelo público em geral. A versão de
PlayStation, manteve-se o mais próximo possível da versão
SNES, não havendo grandes mudanças tal como as que ocorreram na versão
GBA. As únicas coisas que mudaram ou foram ligeiramente alteradas incluem as tais
cutscenes em
CG, tempos de
loading em certas partes como as batalhas, certos efeitos visuais que não eram possíveis na
SNES, correcção de
bugs, introdução de um
Memo File para gravação temporária de progresso em qualquer lado, galeria de imagens e um excelente bestiário com informação sobre todos os inimigos. Tudo o resto é à antiga, como se quer.
E penso que chega de escrita pois Final Fantasy VI é um excelente jogo, que devia ser jogado por todos os fãs de RPGs. Tenho de pensar seriamente em acabá-lo pois é uma vergonha ter começado, jogado tantas horas e não ver o final. Mas é e será sempre um JOGALHÃO DE FORÇA pelo muito que vi e joguei. :)
Voltaremos ao fundo do oceano, já amanhã! Estão convidados a aparecerem... :D
MURRALHÕES DE FORÇA:
Não li a review para já porque quero evitar eventuais spoilers que possas ter, isto porque estou actualmente a jogar esse mesmo jogo na sua versão SNES, através de um emulador e está fantástico. O tempo para jogar (e escrever!) é que não tem sido muito, infelizmente.
ResponderEliminarAh, neste caso é spoiler free até porque o que joguei em termos de história penso que não foi o suficiente mas as horas que gastei foi mesmo a fazer grinding por força do hábito. :) Tenho de pegar neste novamente.
ResponderEliminarAh, e parabéns (agora atrasados)!
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