3 de março de 2011

Gargoyle's Quest

Firebrand está verde de fúria...
Desenvolvido por: Capcom Co., Ltd.
Publicado por: Capcom Co., Ltd.
Produtor: Tokuro Fujiwara
Designer: Tokuro Fujiwara
Compositor: Yoko Shimomura
Plataforma: Game Boy
Lançamento: 02-05-1990 (JP), Julho de 1990 (EUA), Algures em 1990 (EU)
Genéro(s): Plataformas, Aventura, Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 1-megabit
Funcionalidades: Sistema de passwords para gravação do progresso.
Outros nomes: Red Arremer: Makaimura Gaiden (レッドアリーマー 魔界村外伝 que traduzido é algo como "Red Arremer: A Demon World Village Story") (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas ou três vezes pois este é um desafio.

(Como já devem ter reparado, o Jogalhões mudou de aspecto, uma vez mais. Ora, vai ser assim todos os meses, mudamos para não ser sempre a mesma coisa.)

...mas na verdade ele é vermelho!
Na década de 1990, o Game Boy dava os seus primeiros passos na Europa e um dos seus grandes atractivos para além da portabilidade era o seu catálogo de jogos. Quando chegou a Portugal ainda que não fossem muitos, para nós que éramos miúdos parecia não ter fim! E algo que despertava muito a atenção eram as capas dos mesmos, cheias de cor ou com uma personagem que se destacava em particular de tudo o resto. Quer isto dizer que muitos de nós fomos induzidos em erro e certamente temos jogos péssimos nas colecções devido às capas demoníacas que nos atraíam como a luz atrai as traças. Mas nem todas as capas bonitas escondiam jogos maus, aliás, grande maioria deles até são minimamente decentes e alguns muito bons. O de hoje é daqueles cuja capa não é nada de especial mas o facto de ter um bicho verde a voar era mais do que chamariz. O curioso é que segundo a história, o bicho ou se preferirem, a gárgula é vermelha e não verde. O meu exemplar, foi certamente mais uma prenda por um motivo qualquer, o qual não me recordo mas sei que foi a minha estimada mãe que me ofereceu. :)


Manuais, papelada e cartucho.
Gargoyle's Quest é o primeiro título de uma trilogia que começou no Game Boy e acabou na SNES onde vivemos uma aventura na pele de Firebrand (Red Arremer, no Japão), uma gárgula cujo objectivo é salvar a Ghoul Realm dos infames Destroyers comandados pelo pérfido King Breager. Reza a lenda que apenas Red Blaze, a gárgula lendária pode fazer frente a esta ameaça pelo que Firebrand vai embarcar numa demanda para descobrir a sua verdadeira identidade. A título de curiosidade, Gargoyle's Quest é um spin-off da série original Ghost 'n Goblins/Ghouls n' Ghosts. Nestes títulos Firebrand é um vilão.

Folheto promocional, lado A.
Para um dos primeiros jogos do Game Boy, Gargoyle's Quest é um jogo bastante bonito e detalhado, especialmente os sprites que saltam à vista devido ao tamanho considerável de alguns bosses. Claro que a troco de detalhe existe algum slowdown e flickering pois nesta altura ainda era cedo para conhecer bem o hardware. Contudo em termos de cenários não é assim tão bom, apesar da diversidade estar lá. Claro que me refiro às partes de acção, que se desenrolam numa perspectiva side scrolling 2D. Nas partes top view, o jogo perde um bocado em detalhe no geral uma vez que estas não são o principal do jogo, ainda que sejam fundamentais para o progresso do mesmo e claro, para descobrirmos vários itens úteis.

Folheto promocional, lado B.
Sonoramente é o que podemos esperar de um jogo de Game Boy mas com composições bem cuidadas ainda que possam parecer repetitivas ao final de algum tempo. Os feitos sonoros estão bem conseguidas e misturam-se bem com o resto. Um facto engraçado que até eu desconhecia até agora, é que toda esta parte foi um dos primeiros trabalhos de Yoko Shimomura, conhecida pelo seu excelente trabalho e pela magnífica banda sonora de Parasite Eve (um dos meus jogos preferidos de sempre). Contudo, o seu nome não aparece nos créditos de Gargoyle's Quest, o que é lamentável...

Um peixe voador gigante... nada de novo.
Na parte jogável, apesar de ser um jogo fácil de apanhar o jeito, no geral é lento. Lento no sentido literal pois tudo se parece arrastar no ecrã e a fluidez não é palavra que se encaixe bem neste contexto. No entanto é jogável e não tem falhas que destruam a experiência da pessoa que o está a jogar, levando-a atingir elevados níveis de frustração. É um jogo difícil, apesar de não parecer e requer alguma exploração fazendo com que tenha incorporado alguns elementos RPG, como as partes top view onde controlamos Firebrand livremente e podemos explorar todos os cantos das áreas onde estamos. Ainda nesta perspectivas temos random encounters, ao estilo clássico de Final Fantasy mas os combates são todos feitos na perspectiva side scrolling. De resto vamos achando itens importantes para o decorrer da aventura bem como para evoluirmos Firebrand aumentando não só o poder e resistência bem como os ataques, que servem não só para derrotar inimigos mas também para acharmos áreas secretas.

A parte mais RPG do jogo.
Resumindo, Gargoyle's Quest é uma boa aventura no pequeno ecrã do Game Boy, que a meu ver merecia um jogo novo nestas consolas todas xpto que temos agora. Um remake ou um reboot da série, qualquer coisa servia mas também podiam lançar os jogos desta série com tratamento HD que eu não me importava nada. Mas palavras para quê quando este é um JOGALHÃO DE FORÇA? :)

Amanhã aqui teremos um jogo que passou ao lado de meio mundo...


MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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