6 de março de 2011

Metal Gear Solid: Peace Walker

Excelente capa, como sempre.
Desenvolvido por: Kojima Productions
Publicado por: Konami
Director: Hideo Kojima
Produtor: Hideo Kojima
Argumentista: Hideo Kojima
Compositor(es): Kazuma Jinnouchi, Nobuko Toda, Norihiko Hibino, Yoshitaka Suzuki, Takahiro Izutani, Todd Haberman, Jeremy Soule
Artista: Yoji Shinkawa
Plataforma: PlayStation Portable
Lançamento: 28-04-2010 (JP), 08-06-2010 (EUA), 17-06-2010 (EU)
Género: Acção, Aventura, Stealth 'em up
Modos de jogo: Modo história para um, dois ou quatro jogadores (Solo ou Co-Op), Modo Vs. entre dois a seis jogadores.
Media: Universal Media Disc (1.8GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Stick, Instalação do jogo no Memory Stick (894MB), Conteúdo adicional (DLC), Compatível com Wireless, Modo Ad-Hoc ou Infra-estrutura, Compatível com Ad-Hoc Party na PS3.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, mas repeti imensas missões totalizado cerca de 100 horas de jogo. Ainda jogo ocasionalmente a dois para ajudar o pessoal nas missões mais complicadas.

(Este país está de facto entregue aos bichos...)

Sem autocolantes!
Quando a PlayStation Portable saiu, confesso que não estava minimamente interessado na plataforma pela escassez de jogos interessantes. Digamos que o line-up não era dos melhores e apesar de ter um ou outro nome sonante, o conteúdo não era o que se estava à espera. Mas tal como todas as consolas, é preciso deixá-las amadurecer para conseguir o melhor que estas têm para dar. Após alguns tempos começam a sair jogos melhores, que tiram mais proveito das capacidades da máquina e consequentemente, sequelas ou prequelas de jogos existentes noutras plataformas. A PSP é sem dúvida uma máquina onde foram lançados alguns jogos que se encaixam nesse perfil. Quando isto começou a acontecer, não pensei duas vezes e investi. Foi sem dúvida uma boa aposta pois no seu extenso catálogo constam alguns dos melhores títulos de sempre, de diversas e conhecidas sagas. O jogo de hoje é exemplo disso e considero-o um dos melhores em todos os aspectos. Adquiri o meu exemplar umas semanas após o seu lançamento por cerca de 16 euros. Na Zavvi.com, claro está... :)


Manual, papelito e UMD.
Metal Gear Solid: Peace Walker, é daqueles jogos que são difíceis de enquadrar numa só categoria e acho que nem o que escrevi acima na ficha técnica serve para descrever suficientemente bem o que para aqui temos. Tudo isto porque não se limita a ser mais um jogo da saga Metal Gear e leva as coisas muito mais além. Mas já lá vamos. Peace Walker saiu da mente de Hideo Kojima, que tomou as rédeas na direcção e produção deste jogo, bem como em outros campos. Inicialmente era para ter um 5 no título, visto a equipa de produção ser tão grande quanto a do 4 e englobar membros dessa mesma mas Kojima optou por retirar o número, até porque em termos históricos não faria sentido (apesar do 3 ter um 3 mas adiante).

O inlay bastante amarelo.
A história de Peace Walker decorre na Costa Rica em 1974, plena Guerra Fria, 4 anos após os eventos de Portable Ops e 10 anos após Snake Eater. Assumimos o papel de Naked Snake aka Big Boss, agora líder de uma unidade de mercenários (que conseguiu de Gene em Portable Ops), conhecida por MSF (Militaires Sans Frontières) e que conta com a ajuda de Kazuhira Miller, seu braço direito. A dada altura Snake é confrontado com um grupo armado, que dispõe de tecnologia de ponta, nomeadamente os Peace Sentinels e que estão a tomar conta do território. Uma vez que a Constituição da Costa Rica não autoriza a criação de Forças Armadas, Ramon Galvez Mena pede a Snake que utilize a sua unidade para pôr fim aos planos desta organização que ameaça o equilíbrio entre Oriente e Ocidente. Snake e Kaz, concordam acreditando porém que tudo isto se trata de obra da CIA e tendo como suporte uma plataforma petrolífera offshore nas Caraíbas, dão assim inicio a uma das maiores aventuras de sempre nesta saga e que futuramente, na história, dará inicio a outro episódio.

Interior do manual.
Peace Walker é sem dúvida um dos jogos mais vistosos na PSP. Desde os modelos das personagens, maquinaria e claro, passando pelos cenários, tudo está incrivelmente detalhado levando-nos a pensar se realmente estamos perante um jogo de PSP ou não. Os cenários são também variados e apesar de sabermos que vamos passar muito tempo na selva, existem diversos complexos militares e outras construções para variar um bocado. Algumas das cutscenes são feitas com o motor de jogo mas outras optaram por utilizar a mesma técnica que vimos em Digital Graphic Novel, resultando numa experiência mais interactiva, visto nestas cenas existirem diversos Quick Time Events (QTE), o que obriga o jogador a nunca pousar a consola pois nunca se sabe o que vai sair ali. Com tanto pormenor há que assegurar que o jogo correr a uma frame rate decente e neste caso não existem problemas a assinalar. Pode muito raramente ocorrer um slowdown quando estamos a lutar contra bosses com mais de um jogador mas não é caso para alarme.

Sonoramente, Peace Walker é digno de um filme. A banda sonora é composta por diversas faixas, já nossas conhecidas de outros títulos da saga bem como outras, completamente novas fazendo com que no geral, tenhamos uma excelente experiência no decorrer do jogo. Sons e efeitos comportam-se tal como podíamos esperar, de forma subtil, inteligente e pormenorizada, algo a que a saga sempre nos habituou. Se há coisa que não pode falhar num Metal Gear é o som e neste é tido em especial atenção pois as situações que se criam em co-op, por exemplo, têm o som como base para a coisa correr bem (ou terrivelmente mal).

Este soldado nem sabe o que lhe vai acontecer.
Mas as grandes novidades surgem é no campo da jogabilidade e tudo o que lhe está associado. Para controlar Snake e o resto do nosso exército (visto que podemos usar outras personagens), está disponíveis três tipos de controlo: o de Portable Ops, o de Guns of the Patriots e curiosamente o de Monster Hunter. O melhor, na minha opinião é o segundo, visto ser o ideal para jogos de acção na 3ª pessoa e adequar-se aos botões da PSP. Claro que tem falhas, neste controlo penso que seja impossível usar o disparo secundário de certas armas, pois não há nenhum botão atribuído a esta acção. Contudo qualquer um dos tipos de controlo é adequado e após algumas horinhas de treino está-se dentro da acção sem problemas. A história desenrola-se sob a forma de missões individuais todas interligadas, pelo que algumas só podem ser jogadas a solo e outras em co-op. As solo, por norma só podem ser levadas a cabo por Snake mas há excepções. No final de cada missão podemos então gravar o progresso.

A caixa do amor.
Antes de cada missão, temos a oportunidade de equipar a nossa personagem com armas, camuflagens e gadgets logo podemos escolher o que será mais adequado conforme o que vamos fazer. Todas estas armas e gadgets provêm da Mother Base, que no fundo é o nosso império e que vai sendo expandido às nossas custas. Para a expandir precisamos de mão-de-obra, ou seja, soldados que podemos recrutar de diversas maneiras: capturá-los durante as missões, recrutá-los em Access Points através do modo Wireless, trocar com outros jogadores ou simplesmente, alistam-se devido à nossa fama. Por falar em capturas, podemos ainda capturar veículos inimigos, bem como peças das AI que defrontarmos ao longo do jogo para expandirmos ainda mais a nossa influência. Estas peças de AI servem para construir algo muito especial que não vou spoilar. As armas e gadgets que podemos utilizar são criadas pelas nossas equipas de soldados destacadas para várias funções, consoante os seus atributos. Para além de desenvolverem equipamento, ajudam também a manter a moral da unidade (através da comidinha da cantina) bem como tratar dos feridos. E como há os rebeldes que se portam mal, a prisão serve para acalmar os ânimos. Cabe ao jogador a gestão de pessoal (visto existir um limite na base e por vezes temos de os "despedir"), como evoluir cada soldado (todos podem evoluir de diferentes formas) e como utilizá-los. Isto pode ser feito nas Main Ops (depois de terem sido concluídas), nas Extra Ops e nas Outer Ops, sendo que as primeiras são fulcrais para a história, as segundas são opcionais (e incluem algumas surpresas como as caçadas de Monster Hunter) e as terceiras são mais um complemento estratégico onde criamos equipas de soldados e/ou veículos e os mandamos para o campo de batalha sem termos acção directa. Enfim, as possibilidades são muitas e isto concede a Peace Walker um bocadinho de RPG e estratégia fazendo com que seja difícil, tal como referi acima, enquadrá-lo numa só categoria.

Aí está a caçada a Rathalos.
Só em jeito de nota de rodapé, o Multiplayer, como já perceberam assenta muito no modo co-op, que neste jogo está excelente, sendo bastante divertido e recompensador. Se optarem pelo modo Vs. não há muito a dizer pois é o que estão à espera, mas consegue ser de longe melhor que Metal Gear Online e proporcionar algumas rondas engraçadas devido às armas e gadgets à disposição.

Esta deve ser provavelmente a maior análise que fiz até à data mas este jogo merece toda a atenção e tempo despendido, porque é sem dúvida um dos melhores Metal Gear de sempre e um brutalíssimo JOGALHÃO DE FORÇA! Quem tiver uma PSP e não tiver este jogo é um criminoso! Tenho-o dito e escrito! :D

Amanhã vamos até às profundezas do oceano, ver Art Deco...

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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