21 de março de 2011

No More Heroes

Travis com a babe.
Desenvolvido por: Grasshopper Manufacture
Publicado por: Marvelous Entertainment (JP), Ubisoft (EUA), Rising Star Games (EU)
Designer: Goichi Suda
Compositor: Masafumi Takada
Plataforma: Nintendo Wii
Lançamento: 06-12-2007 (JP), 22-01-2008 (EUA), 14-03-2008 (EU)
Género(s): Acção, Aventura, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da Wii, Compatível com os modos 50Hz/60Hz, Compatível com EDTV/HDTV
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e chega.

(Primavera, finalmente! Agora até ao Verão é num instantinho. :D)

Otaku hitman, parece-me bem!
Tal como em muitos outros campos, existem génios no mundo dos videojogos, ao ponto de criarem coisas novas e originais ou de pelo menos pegarem naquilo que já existe e darem-lhe uma nova visão, uma nova abordagem, bem mais radical e louca. No cinema já vimos coisas assim, completamente geniais e inesperadas mas nos jogos só de vez em quando é que alguma destas alminhas se lembra de fazer isso. O jogo de hoje está obviamente dentro do assunto e é uma boa experiência com umas quantas falhas. Mas já lá vamos. O meu exemplar, se a memória não me falha, foi adquirido na Game.co.uk, em 2009 por cerca de 16 euros. Mais coisa, menos coisa.


Manual, disco e etc.
No More Heroes é um daqueles jogos cuja história é algo saído da cabeça de uma pessoa que andou a beber muito álcool ou simplesmente se droga à bruta com a seringa das farturas. Ora então vejamos, Travis Touchdown, a nossa personagem, é um otaku que vive na miséria de um quarto, num motel com o mesmo nome do jogo, na cidade de Santa Destroy. Os seus passatempos incluem anime (mais concretamente Moe, género que detesto) e wrestling mexicano. A dada altura ganha uma Beam Katana (imaginem um Lightsaber de Star Wars) num leilão na internet e fica sem dinheiro para alugar mais vídeos dos seus passatempos de eleição. Assim conhece Sylvia Christel e decide aceitar o seu convite para entrar num torneio levado a cabo pela UAA (United Assassins Association), onde o objectivo é matar o próximo assassino na tabela e chegar ao topo. Sendo Travis o pervertido que é, decide ir até a fim para se tornar no número 1 e levar Sylvia para a cama. Resumindo, genial...

Beam Katana em acção!
No departamento visual, No More Heroes tem o aspecto ideal para um jogo deste tipo, fazendo uma utilização interessante do cel shading e parecendo quase como um anime interactivo. As personagens foram desenhadas por Yusuke Kozaki, conhecido nestas andanças pelo seu trabalho no anime Speed Grapher (bom, por sinal). Contudo, apesar de visualmente atractivo e agradável, corre a uma framerate não muito constante, gerando ocasionalmente slowdowns durante as cenas mais intensas. Os níveis também podem parecer um pouco monótonos devido à falta de detalhe mas creio que neste jogo vamos estar mais ocupados a matar do que a apreciar a vista. E por falar em vista, a cidade apesar de relativamente grande, também não tem muito para ver o que a torna igualmente aborrecida. As cutscenes, feitas a partir do motor de jogo estão porreiras, com toques interessantes o que mantêm o jogador interessado na história.

Esta versão PAL não tem sangue...
Sonoramente, No More Heroes não é nada do outro mundo mas a música no geral é bastante audível se bem que grande parte das faixas são remixes da mesma, constantemente. Nem sei como existe a banda sonora em três CD's mas alguma coisa de diferente deve ter. Música aparte, o som é excelente com muitos bips e bops retro, que tão bem ficam neste jogo. Irão certamente reconhecer o som da Beam Katana que é uma pequena preciosidade neste campo. O voice-acting, apesar de não ser o original japonês, está muito bom com cenas bastante animadas e diálogos que vão desde o eloquente ao demasiado parvo. Mas é disso que o pessoal gosta, portanto...

A cidade é bem grandinha.
Com um Wii Remote e um nunchuk é possível fazer coisas impressionantes num jogo de Wii mas no caso de No More Heroes, não foi aproveitado ao máximo. Basicamente processa-se quase como se jogássemos com um comando normal, sendo que as únicas oportunidades que vamos ter para fazer uns quanto movimentos de espada são nos finishers e quando executamos algum movimento de wrestling. Travis nesse aspecto até tem alguma variedade de golpes. Contudo a posição do Wii Remote determina se estamos a usar a espada em cima ou em baixo, uma vez que para derrotar certos inimigos há que atacar onde eles não estão protegidos. Como seria de esperar podemos comprar outras Beam Katanas, aprender novos golpes de wrestling e claro, abusar da nossa veia "The Sims" e vestir Travis ao nosso gosto. Para tudo isto, ou quase tudo, é preciso dinheiro. Este pode ser obtidos através de contratos, que aceitamos numa agência de trabalho e estes vão desde apanhar lixo, passando por recolher cocos e acabando em pequenos assassinatos ou grandes genocídios em restaurantes e parques de estacionamento. Estes trabalhos traduzem-se em mini-jogos que quebram o ritmo da história e a meu ver era dispensáveis (especialmente o dos escorpiões!!). Por outro lado, a cidade que pouco tem para ver ou fazer, é entediante e andar com a mota a percorrer não sei quantos quilómetros só para chegar ao objectivo, é uma seca descomunal! Felizmente, tudo isto foi corrigido no 2, que irei analisar futuramente. Mas as coisas boas incluem excelentes batalhas contra bosses e no geral muita espadada pelo caminho, já para não falar na genialidade que existe nestas partes.

Depois da matança, o merecido descanso.
Claro que quem jogar ou já tiver jogado No More Heroes vai achar similaridades com muitos filmes e séries, pelo jogo fora. Algumas personagens e situações baseadas em Jackass e em personalidades famosas como Scarlett Johansson, Ian Curtis e até Charles Bronson, a Beam Katana baseada não só em Star Wars mas também fazendo alusão a Spaceballs de Mel Brooks, a cidade de Santa Destroy que tal como Suda51 referiu é tirada de San Diego tal como vista em Dirty Harry, entre muitos outros aspectos. A única coisa que caiu mal aos Europeus (e que eu não achei piada nenhuma), foi Suda51 achar por bem que tínhamos de levar com a versão censurada que saiu no Japão, onde o sangue foi substituído por "pó preto". Acho que o senhor não estava a tomar as drogas devidamente quando tomou esta decisão mas ok, eu perdoo-lhe pois no 2 ele decidiu deixar o sangue.

Melhor e único meio de transporte no jogo.
E c'est fini, não há mais nada a referir sobre No More Heroes. Até certo ponto foi um dos jogos de eleição na Wii até que saiu uma versão para PS3 e Xbox360, chamada No More Heroes: Paradise. Esta versão até há bem pouco tempo era só para o Japão mas a Konami anunciou lançar a versão de PS3 nos Estados Unidos e Europa com suporte para o Move. Será que se vai tornar na versão definitiva? Não sei mas hei-de o comprar para comprovar isso. Até lá, este é o primeiro e é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Ajudar as pessoas com música, amanhã e aqui! Façam o favor de aparecerem... :D

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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