25 de março de 2011

Resident Evil 4

Muito boa capa!
Desenvolvido por: Capcom Production Studio 4
Publicado por: Capcom
Director: Shinji Mikami
Produtor: Hiroyuki Kobayashi
Argumentista(s): Shinji Mikami, Haruo Murata
Compositor(es): Misao Senbongi, Shusaku Uchiyama
Plataforma(s): Nintendo GameCube, PlayStation 2, Nintendo Wii, PC, iPod/Phone/Pad
Lançamento: 11-01-2005 (EUA), 27-01-2005 (JP), 18-03-2005 (EU)
Género(s): Acção, Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modos extra desbloqueáveis.
Media: 2x Nintendo Optical Disc (1.4GB), 1x Nintendo Optical Disc (1.4GB) (Bonus Disc)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (9 Blocos)
Outros nomes: バイオハザード4 - Biohazard 4
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o umas cinco vezes, desbloqueei tudo.

(A funcionar a 200%!)

No stickers!
Corria o ano de 1989, quando foi lançado no Japão um filme de nome Sweet Home, onde um grupo de cinco pessoas tinham como tarefa restaurar um conjunto de frescos pertencentes a Ichiro Mamiya, na sua mansão, algures no meio de uma floresta. Mal sabiam eles que esta estava assombrada pela sua falecida esposa. Ora, aqui temos os ingredientes para um dos primeiros jogos de Survival Horror de sempre, que como devem calcular não foi Resident Evil mas sim, um jogo com o mesmo nome do filme. Este foi lançado na NES, por volta da mesma altura e é sem dúvida a fonte de inspiração suprema para uma das maiores sagas de sempre nos videojogos e sem dúvida a minha favorita. Não há dúvida que Resident Evil marcou uma época e se porventura questionarem isso, considerem-se desde já alvos a abater, por mim. De qualquer modo, esta introdução prende-se com o jogo de hoje, historicamente o 4º na saga mas cronologicamente é o 13º, sem contarmos com os jogos para telemóvel. Este jogo em especial fez-se acompanhar pela edição especial da GameCube, apelidada de Resident Evil 4 Pak e que incluía para além do jogo, uma consola e um comando, ambos em prateado, com o logo do jogo gravado no topo. O conjunto foi adquirido quando saiu por cá, na Fnac do Almada Fórum por 150€. Inclui ainda um disco de bónus com vídeos de outros jogos da saga e ainda uma demo jogável de Metroid Prime 2 - Echoes.


Discos, manual e papelitos.
Resident Evil 4 é sem dúvida um dos meus jogos favoritos de sempre. Claro que podia terminar por aqui uma vez que tudo o que escrever abaixo possa ser tendencioso mas estamos perante um daqueles jogos que se pode considerar uma obra prima. Mas é melhor esmiuçar a coisa. A história deste capítulo leva-nos até Espanha, na pele do ex-agente da RPD (Raccoon Police Department), Leon Scott Kennedy, agora um agente dos serviços secretos cuja missão é resgatar Ashley Graham, filha do presidente dos Estados Unidos, que foi raptado por um misterioso culto. Ao chegar, Leon depara-se com um cenário estranho, onde os habitantes locais são extremamente agressivos e devotos a um culto que dá pelo nome de Los Illuminados. Mal sabe ele que o pesadelo está novamente a bater-lhe à porta. Mas agora perguntam vocês: "Então e a Umbrella?", ao que respondo: "Foi-se com os porcos! Muito simplesmente, toda a actividade e secretismo levada a cabo pela corporação foi exposta publicamente, o que levou diversos membros superiores a serem acusados, dando origem a uma queda no mercado, nas acções e finalmente culminando em bancarrota". Será que realmente foi o fim da Umbrella? Só o tempo o dirá... :)

Mais papelada e disco de bónus.
Gráficos, gráficos, algo que Resident Evil 4 tem para dar e vender. A sério, a primeira vez que vi um vídeo do jogo fiquei boquiaberto com a qualidade visual mas pensei, "é só um vídeo do jogo". Curiosamente, mais uns quantos vídeos vistos e ficava cada vez mais convencido que ali não havia CG, era mesmo o motor de jogo a ser usado para tudo. Quando finalmente lhe pus as mãos em cima, rendi-me. Resident Evil 4 é um dos jogos mais bonitos e detalhados que a GameCube já teve a oportunidade de correr e provavelmente um dos que mais me impressionou a nível visual. O nível de detalhe é brutal, criando um ambiente credível e de tensão, recheado de imensos pormenores que só ao jogar é que dá para perceber o quão minuciosos os programadores foram. E não sendo só isso, o jogo é bonito de se ver, todos os cenários têm qualquer coisa que atraem o jogador mesmo que este jogo se afaste um bocado dos padrões convencionais da saga. Por outro lado, as animações das personagens e inimigos estão excelentes, com especial destaque para as expressões faciais e sem dúvida alguma, os inimigos, especialmente os bosses, isto já para não referir as cutscenes dignas do grande ecrã. Podia estar a espremer os pormenores todos mas prefiro não o fazer.

Não grites que ele já ouviu!
E que dizer do campo sonoro senão bem? A música faz-se sentir sempre que a tensão aumenta e começa a acção, transmitindo aquela sensação de que algo está ali para nos matar e temos de o fazer antes que as coisas mudem de figura. É especialmente deliciosa toda e qualquer parte onde temos inimigos com moto-serras e outros aparatos igualmente assustadores atrás de nós e aquela música começa a aumentar só para nos lembrar que corremos perigo. E falando em moto-serras, o som destas é qualquer coisa de tenebroso, tal como qualquer outro som de cariz agressivo como umas garras a roçar na pedra até aos cânticos dos Ganados, proferidos em castelhano. Vamos ouvir muito esta língua ao longo do jogo o que a dada altura se pode tornar cómico por motivos óbvios. Imaginem um americano a jogar isto, não percebe puto do que eles dizem a menos que tenha amigos mexicanos ou algo assim. Agora um português... é risota pegada. O voice-acting no geral está muito bom, com alguns diálogos muito bem conseguidos, outros um tanto nonsense no contexto da acção e os extremamente ridículos mas é bom saber (e ouvir) que houve uma evolução neste campo, pois a saga Resident Evil sempre foi conhecida pelos seus diálogos horríveis mas ao mesmo tempo cómicos e memoráveis (Jill Sandwich anyone?). Tudo o resto, desde as armas, animais ao som ambiente, é algo que nem é preciso referir de todo, de tão bom que está.

Lá vai Ashley outra vez.
Algo que mudou radicalmente em Resident Evil 4 foi o género de jogo. A saga é conhecida por ser um Survival Horror na 3ª pessoa mas desta vez Shinji Mikami decidiu fazer uma abordagem diferente, mas focada na acção mas mantendo o suspense e tensão características. Claro que os fãs tinham de criticar e odiar mas muitos deles devem ter engolido os sapos que cuspiram depois de terem jogado pela primeira vez. É verdade que perdeu muito na tensão, apesar de ainda lá estar, deixou de ser assustador (se é que alguma vez o almejou ser), deixou de ter ângulos de câmara fixos passando a ser completamente 3D e visto de uma perspectiva over the shoulder mas esta mudança foi bem vinda e fez com que a série abandonasse a estagnação em que se encontrava. Perderam-se os tank controls para se ganhar um movimento fluido e preciso, onde o comando da GameCube é perfeito para desempenhar a tarefa. Deixaram de existir os baús para termos um menu (ou uma mala se preferirem) que alberga as nossas armas e itens, onde os dispomos à nossa maneira, podendo este menu ser expandido. Por outro lado, podemos comprar armas a uma figura suspeita que me parece ser o cigano de serviço e consequentemente estas armas podem ser evoluídas para serem mais versáteis e eficazes. Mas mantiveram-se alguns elementos antigos com as typewritters para gravar progresso, agora sem necessidade de ink ribbons e claro, as tradicionais ervas medicinais e o precioso mapa ainda que neste título, o mapa seja praticamente inútil pois o jogo é bastante intuitivo. Muita acção é também sinónimo de menos puzzles para resolver mas ainda existem alguns lá pelo meio, não muito complicados. Outro aspecto a ter em atenção são os Quick Time Events, que após este jogo viraram moda em quase todos os géneros. Se estiverem perante uma cutscene, não pousem o comando... ;D

Ada é uma exibicionista de trazer por casa.
Curiosidades acerca de Resident Evil 4 são mais que muitas mas enumerando algumas, muitos sabem certamente que existiu uma versão antes desta intitulada por muitos de Resident Evil 3.5, onde víamos Leon a infiltrar-se num castelo e numa espécie de zeppelin, e onde uma figura fantasmagórica o perseguia. Cheirava muito a Silent Hill e ainda bem que a Capcom não enveredou por aí. Outra prende-se com o facto de fazer parte dos Capcom 5, um conjunto de cinco jogos exclusivos para a GameCube mas que somente quatro virão a luz do dia, três deles saindo para outras plataformas. P.N.03 (jogo que gostava de ter) foi o único exclusivo de GameCube e Dead Phoenix não passou do papel. Os outros como já sabem são RE4, Killer7 e Viewtiful Joe.

E já indo longa esta exposição é tempo de a terminar. Futuramente irei apresentar a versão de PS2, que tem algumas novidades face a esta. A de Wii, quem sabe um dia se a comprar mais aí nem vou escrever muito pois já disse tudo nesta e na que se seguirá. O que falta referir? É um JOGALHÃO DE FORÇA! :)

Amanhã e aqui, a sequela de um dos melhores jogos de luta da SNES, na N64. Apareçam...

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

2 comentários:

  1. Bom texto! Realmente o RE4 é um jogo fora de série. E se os mercenários da Capcom não tivessem anunciado uma versão PS2 uns meses antes de sair a versão GC, talvez a GameCube tivesse dado um boost de vendas e ainda durasse um pouco mais, mas enfim. Até gostaria de comprar a versão PS2 para jogar a missão extra com a Ada, mas não está nas minhas prioridades. Quanto a P.N. 03 até poderei fazer uma análise à minha cópia, mas és capaz de ficar desapontado, é fraquinho.
    Algo me diz que o próximo é o Killer Instinct Gold :P

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  2. True, o próximo é o KI Gold. Quanto à versão de PS2 do RE4, ficarias melhor servido com a de Wii que tem tudo o que a de PS2 tem a nível de extras mas com a qualidade gráfica da GC. E só de pensar que agora vai ter direito a versão HD, enfim. :S Fico à espera dessa análise ao P.N. 03. :)

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