15 de março de 2011

Tetris

E capa custom para não variar.
Desenvolvido por: Alexey Pajitnov (Original), Nintendo R&D1
Publicado por: Nintendo
Designer: Alexey Pajitnov
Compositor: Hirokazu Tanaka
Plataforma(s): Nintendo Entertainment System, Nintendo Game Boy e todas as que se lembrarem.
Lançamento: Por volta de 1989.
Género: Puzzle
Modos de jogo: Dois modos, Type A e Type B
Media: Cartucho de 3-megabit
Funcionalidades: Não tem.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Joguei-o várias vezes mas prefiro de longe a versão Game Boy.

(Sol! Finalmente! Vamos lá ver se ele se aguenta durante muito tempo lá em cima.)

Parte traseira a condizer.
Os jogos de puzzles são um dos géneros que mais aprecio, por incrível que pareça mas que tenho em pequenas quantidades visto não me prenderem o tempo suficiente e achar que por vezes o preço que pedem por eles não é justo. No fundo são jogos para se jogarem ocasionalmente e que não requerem muito tempo, daí que o seu preço deveria ser muito inferior aos dos restantes jogos, sem desrespeitar o trabalho e empenho das pessoas envolvidas na sua concepção. Felizmente hoje em dia, aparelhos como o iPod Touch, têm imensos jogos do género por preços bastante simpáticos. Mas há muito tempo atrás não era bem assim pois o preço de um jogo de puzzles era igual ao de um de plataformas ou mesmo de tiros. O jogo de hoje é portanto de puzzles e é bem conhecido por todos. Faz parte de uma colectânea que vinha com o Nintendo Super Set e, como já referido, chegou à colecção na década de 90.


O cartucho triplo.
Tetris é provavelmente um dos jogos de puzzles mais conhecidos de sempre, originalmente concebido por Alexey Pajitnov e adaptado N vezes para N sistemas diferentes mas mantendo sempre aquilo que o tornou famoso: divertido e desafiante. Assenta numa lógica simples onde temos várias peças às quais foi dado o nome de Tetrominoes com formas que lembram as letras I, J, L, O, S, T e Z (se repararem, ao arranjarmos as letras dá: TIJOLSZ! E de facto são tijolos). Com estas peças temos de fazer linhas de forma a não as deixarmos acumular até ao topo do ecrã, podendo fazer linhas de 1 a 3 espaços. Quantas mais limparmos em simultâneo, maior é o bónus de pontuação. Simples e eficaz.

Os manuais.
Como é de se esperar, um jogo deste estilo não prima por ter gráficos bonitos, bastando-lhe que sejam apenas funcionais e coloridos, sem serem dolorosos para a vista. Tetris é mesmo assim, do mais simples e funcional que pode haver, funcionando impecavelmente. Uma coisa que o destaca também é a música e esta versão de NES tem apenas três mas que ficam no ouvido. Ok, no total até tem dez, mas estas três a que me refiro são as que ouvimos enquanto jogamos. Hirokazu Tanaka foi o senhor que tratou do arranjo musical para este jogo e trouxe-nos "Dance of the Sugar Plum Fairy" de "The Nutcracker Suite" por Pyotr Tchaikovsky como a música 1. A música 2, é um tema tradicional russo pois o ritmo assim o denuncia e a música 3 é um tema que era utilizado para as chamadas em espera, sempre que se ligava para a assistência da Nintendo. Há ainda uma faixa conhecida (ou não), "Toréador Song" da ópera "Carmen" por Georges Bizet, que é utilizada quando concluímos o jogo em Type B.

Já fizeram borrada!
Falar da jogabilidade de Tetris é um pouco como falar em usarmos as pernas para correr. Não tem nada que saber, é algo intuitivo. Rodamos as peças com o A e B e usamos o D-Pad para as controlar. A única coisa que interessa é o tipo de jogo que escolhemos visto o Type A ser uma espécie de Score Attack onde a velocidade vai aumentando consoante o nível e o Type B é mais um modo onde temos de limpar um certo número de linhas, podendo escolher o nível onde começamos e a altura das peças. Quanto mais difícil, melhor e o final é mais recompensador pois vamos ver *SPOILER ALERT* algumas personagens Nintendo com instrumentos musicais a tocar a música do final. Não é que seja extremamente excitante mas tem a sua piada, ou pelo menos teve, no seu tempo.

Chegar ao final é uma festa.
A titulo de curiosidade, este título despoletou um processo em tribunal onde a Nintendo acusava a Atari, ou mais concretamente a Tengen (divisão de software da Atari), de terem roubado os direitos do jogo e desrespeitado a licença da Elorg. A Atari que já tinha o jogo no mercado, baseado na versão de arcada e sob o nome TETЯIS: The Soviet Mind Game, decidiu levar o caso para os tribunais acreditando que eles é que tinham os direitos. Contudo ao final de quatro semanas, a Atari teve de retirar os jogos das prateleiras pois o tribunal declarou que a Nintendo era a única empresa com os direitos para publicação em consolas caseiras. Ainda assim esta versão vendeu um número desconhecido de unidades e diversos processos judiciais entre as duas companhias ocorreram até 1993. À Atari, de nada lhes serviu...

E Tetris é isto, não consigo escrever mais nada de pertinente acerca desta versão, até porque a de Game Boy é melhor (esta nem suporta dois jogadores) e falarei dela daqui a uns bons meses. Até que isso aconteça, muitos outros jogos virão. Este continuará a ser um JOGALHÃO DE FORÇA!

Continuamos nas Nintendo's, amanhã com um jogo de corridas futuristas portanto, apareçam... :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

1 comentário:

  1. Eish, nunca tinha reparado nessa dos TIJOLSZ, muito bom!
    Curioso, na altura em que essa polémica entre a Nintendo e a Tengen surgiu, a Sega também ia mandar para o mercado uma versão própria do Tetris. Eles retiraram o jogo das prateleiras, mas ainda assim um pequeníssimo numero deles chegou a ser vendido, tornando a versão Mega Drive de Tetris absurdamente rara e cara.

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