2 de agosto de 2011

Medal of Honor [Limited Edition]

O barbudo de serviço.
Desenvolvido por: Danger Close (EA Los Angeles), EA Digital Illusions CE
Publicado por: Electronic Arts
Produtor(es): Greg Goodrich, Patrick Liu
Compositor: Ramin Djawadi
Motor gráfico: Unreal Engine 3, Frostbite Engine
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 12-10-2010 (EUA), 14-10-2010 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online até 24 jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (2.6GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes, várias horas gastas no online.

(Parece que o Verão nos abandonou novamente.)

Sem coisas coladas!
A guerra nunca muda. Isso é um facto mais do que comprovado mas nos videojogos existe uma tendência para se mudar o cenário, pois muitos começaram pela 2ª Guerra Mundial mas rapidamente gastaram essa fórmula. Assim alguns deles passaram à fase seguinte, trazer a guerra mais para o presente e tornar as coisas mais interessantes. Primeiro a saga Call of Duty, mais tarde a saga da qual faz parte o jogo que aqui trago hoje. Este meu exemplar foi adquirido numa loja online, para não variar, tendo custado cerca de 36 euros. É a Limited Edition, incluindo para além do jogo, acesso à versão Beta de Battlefield 3 que até à data nada se sabe, bem como um bónus que dá pelo nome de Medal of Honor - Frontline HD, já aqui analisado.


Medal of Honor, marca o regresso desta saga às consolas, agora como nova cara e deixando para trás os cenários da 2ª Guerra Mundial, já bastante gastos, quer se tratasse da Europa ou do Pacífico. Este novo capítulo leva-nos até ao Afeganistão, em 2002, onde várias forças Tier 1 levam a cabo uma série de missões para pôr término à ameaça Talibã. À semelhança dos CoD, jogamos com várias personagens, cada qual na sua equipa e em situações de combate extremas. O interessante neste jogo é ver que o realismo é algo levado em conta.

Manual, papelitos e disco.
Na parte visual, Medal of Honor foi criticado por parecer inferior aos CoD mas a meu ver isso não passam de fanboyismos sem fundamento algum. Não é dos melhores jogos da actualidade mas ainda assim tem um grafismo bastante sólido, com imensos pormenores e ambientes bem construídos, ainda que sejam um bocado monótonos por se passar sempre na mesma localização. Gostei bastante da utilização da luz neste jogo, algo que considero sempre importante pois confere logo outra dinâmica. Os modelos das personagens apesar de bastante aceitáveis, por vezes sofrem com algumas falhas na animação e um ou outro glitch. Visto o jogo ter sido desenvolvido por equipas diferentes, o multiplayer a nível visual parece ser inferior ao single player, nomeadamente a nível de texturas mas ainda assim penso que está bastante bom para o que se propõe. Já as animações das personagens estão bastante melhores neste modo.

Esta moto-quatro vai ser útil.
A música, tal como é normal acontecer em muitos jogos do género, hoje em dia, é bastante discreta e praticamente inexistente em certas partes do jogo, dando lugar ao som ambiente que é excelente, recriando perfeitamente a atmosfera de tensão própria destes acontecimentos, seja num confronto acesso entre várias frentes, ou simplesmente numa missão de infiltração nocturna. Neste ponto é de se tirar o chapéu devido ao esforço feito por tentar tornar o jogo mais realista, desde o barulho das armas, passando por todo o som em geral. Destaco particularmente o voice-acting que neste jogo é muito técnico, ao contrário dos jogos da série CoD. Jogar Medal of Honor sem legendas é meio caminho andado para não se perceber patavina do que os soldados estão a dizer pois a gíria militar é utilizada até à enésima potência. Por algum motivo, foram utilizados verdadeiros operativos para ajudarem à concepção do jogo.

O HUD do multiplayer difere ligeiramente.
Mas um bom jogo consegue-se através de uma boa jogabilidade e uma boa mecânica. Medal of Honor tem tudo isso, a começar pela jogabilidade que é claramente reminiscente de CoD, como é qualquer FPS hoje em dia, mas com alguns tweaks para se tornar mais distinto. Um desses tweaks é o facto de podemos fazer slide to cover, após um sprint debaixo de fogo, algo que dinamiza por completo a jogabilidade, tornando os confrontos bem mais divertidos e frenéticos. Contudo a linearidade dos níveis é algo presente, com missões a ir do ponto A ao ponto B, cumprir o objectivo X mas ocasionalmente podemos conduzir veículos que vão desde uma moto quatro a um helicóptero. No meio disto tudo a IA nem sempre é a melhor, tendo bons momentos nos scripted events mas terríveis performances em situações aleatórias. Algo que desgostei foi a extrema facilidade do jogo, mesmo em Hard, quando comparado a outros FPS do estilo. O multiplayer não tem veículos, ainda que tenha sido desenvolvido pelos tipos que fazem os Battlefield, mas a acção é um cheirinho do que os jogos desta saga podem oferecer, tendo tornado Medal of Honor numa desilusão, no que concerne a este modo. Ainda assim, gostei da experiência, com os diversos modos de jogo sempre a rodar entre si para as coisas não se tornarem enfadonhas. Um defeito neste modo foi a impossibilidade de usar o slide to cover, algo que não compreendo porque razão foi omitido mas creio que foi para o jogo não se tornar tão cheap e haverem meninos a explorar esta funcionalidade.

Os meninos à volta do fogueira...
A título de curiosidade, Medal of Honor era para ter tido o subtítulo Operation Anaconda mas felizmente esse mesmo foi retirado. A controvérsia instaurou-se quando o mundo soube que ia jogar contra Talibãs, ou mesmo com eles no modo multiplayer pelo que a EA se viu obrigada a mudar o nome destes mesmo para Opposing Forces, conhecidos também por OpFor para não ferir susceptibilidades. No single player continuam a ser talibãs para todos os efeitos. Recentemente foi anunciado pela Danger Close, o desenvolvimento de uma sequela pelo que fico a aguardar com alguma expectativa.

Não sendo o pináculo dos FPS, Medal of Honor foi uma boa surpresa e um bom reboot a esta série. Não prima por ter visuais do outro mundo mas é um jogo bastante acessível a todos e tem a sua dose de diversão. Por essas mesma razões, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Espadada e confrontos no Japão Feudal, já amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Os jogos desta geração passaram-me completamente ao lado. Sou bem capaz de comprar a versão PC deste jogo nalguma loja online, para jogar lá no final do ano, altura em que terei uma máquina nova para jogar.

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