16 de agosto de 2011

Metal Gear Solid: Portable Ops

Já vi capas melhores...
Desenvolvido por: Konami Computer Entertainment Japan / Kojima Productions
Publicado por: Konami
Director: Masahiro Yamamoto
Produtor: Noriaki Okamura
Argumentista: Gakuto Mikumo
Compositor(es): Akihiro Honda, Norihiko Hibino, Kazuma Jinnouchi, Nobuko Toda, Yoshitaka Suzuki, Takahiro Izutani
Artista: Ashley Wood
Plataforma: PlayStation Portable
Lançamento: 05-12-2006 (EUA), 21-12-2006 (EUA), 04-05-2007 (EU)
Género: Acção, Aventura, Stealth 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até seis jogadores.
Media: Universal Media Disc (1.8GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Stick (192KB), Compatível com Wireless, Game Sharing
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e chega.

(Este Verão está a ser uma treta com M.)

Muitas consolas é quase sempre sinónimo de muitos jogos mas a verdade é que por vezes as compramos só para jogar dois ou três títulos exclusivos. E destes, pelo menos um deles faz parte de uma saga de longa data que sempre seguimos com todo o gosto. Não é que me aborreça muito comprar uma consola nova para jogar um jogo, até porque eventualmente outros irão aparecer na mesma e só por isso já justifica tê-la mas o facto é que isto aos olhos de muitos é aborrecido e um bocado injusto. Seja como for, eu não me importo e no caso do jogo que aqui trago hoje, nem sequer tinha intenção de o adquirir mas visto que me custou apenas 8 euros nem pensei duas vezes. Foi adquirido numa loja online, só assim para não variar.


Está ali um autocolante...
Metal Gear Solid: Portable Ops é o terceiro jogo desta saga a aterrar na PlayStation Portable, ainda que seja bastante diferente dos dois anteriores, que dão pelo nome de Metal Gear AC!D e abomino. Este faz parte da storyline oficial, decorrendo alguns anos depois dos eventos de Snake Eater, mais concretamente em 1970, onde Naked Snake, agora conhecido por Big Boss, é perseguido pela sua antiga unidade, a FOX Unit e capturado. Após um interrogatório seguido de tortura para tentar saber informações acerca da metade perdida da Philosopher's Legacy, Snake é feito prisioneiro acabando por conhecer Roy Campbell, um Green Beret que é o único sobrevivente da equipa que foi enviada até ao local para investigar. Snake fica a saber que se encontra na San Jerónimo Peninsula também conhecida por La Península de los Muertos e consegue então escapar, juntamente com Roy, tentando mais tarde contactar com o seu comandante, o Major Zero. Após isto e com a ajuda de companheiros da FOX Unit, Sigint e Para-Medic, Snake fica a saber que foi acusado de traição juntamente com Zero, sendo que quem está por detrás disto tudo é uma figura que se intitula como Gene. Começa assim mais um episódio de conspiração e mistério.

Manual, inlay e UMD.
Em termos visuais, Portable Ops é um excelente exemplo do poderio gráfico da PSP ainda que não seja dos jogos mais vistosos de sempre ou até mesmo o mais variado. Ainda assim as personagens estão bastante bem concebidas e com boas animações, movendo-se a uma velocidade mais que aceitável pelo pequeno ecrã. Onde o jogo peca um pouco é mesmo nos cenários que são bastante parecidos, um pouco monótonos até, sem grande variedade visual e como muitos tons de verde e castanho que nos começam a aborrecer ao final de um bocado. Mas em termos de ambiente penso que conseguem atingir o objectivo ao qual se propõem sem qualquer tipo de entrave. Uma vez que existem limitações técnicas evidentes, as cutscenes do jogo não utilizam o motor do mesmo nem são em CG, dando lugar a tiras de banda desenhada concebidas por Ashley Wood, tal como vimos em MGS Digital Graphic Novel e no mais recente Peace Walker. O resultado é espantoso.

O som consegue manter o nível dos jogos das consolas caseiras, com uma boa banda sonora ainda que esta, a meu ver, não seja tão memorável. Pelo menos durante as missões a música não é tão "sentida" como em qualquer outros dos jogos antigos. No que concerne a efeitos sonoros, estes estão praticamente idênticos aos dos jogos anteriores, conseguindo manter a atmosfera e tensão, características da saga. Existe algum voice-acting, levado a cabo pelos mesmos actores de Snake Eater e por outros tantos novos, ainda que isto seja limitado pela capacidade do UMD, o que faz com que nem todas as cenas tenham diálogos falados..

Snake em apuros.
O grande problema de Portable Ops é mesmo a parte jogável, por vários motivos. Em primeiro lugar, pela ausência do segundo joystick, o controlo da câmara torna-se num pequeno inferno e afecta a nossa performance no geral pois o esquema de controlo por defeito não é dos melhores. Embora possamos trocar os botões e afins, nunca fica perfeito ou perto disso. Isto foi uma das coisas corrigidas em Peace Walker, felizmente. Snake faz praticamente tudo que fazia em Snake Eater mas desta vez não está sozinho nesta aventura e tem que forçosamente procurar recrutas para a sua demanda. Estes recrutas podem ser "adquiridos" no campo de batalha, tendo Snake que capturá-los e arrastá-los até a um camião para serem levados para a base. Podem também ser capturados via Access Points, bastando para tal ligar o Wi-Fi da PSP e pesquisar. Por fim podemos capturá-los no modo online, depois de eliminarmos outros jogadores ou então, introduzir códigos num menu específico para o efeito. Estes códigos andam aí a saltar pela internet.

Mais um guarda que vai desta para melhor.
O conceito de construirmos um exército é tentador e bastante interessante dado que nos ajuda imenso na progressão de jogo, especialmente se levarmos um recruta que é idêntico aos guardas dessa área. Para além disso, cada personagem tem uma especialidade que vai desde combate, medicina, criação de itens e pesquisa de informação acerca da área. Antes de cada missão podemos constituir uma equipa de quatro elementos para o efeito. Algumas destas personagens, à semelhança de Snake, são únicas e tem atributos especiais, sendo que não morrem mas são enviadas para o "estaleiro" se sofrerem demasiados maus tratos. De resto temos praticamente os mesmos itens e gadgets que nos jogos anteriores, com algumas novidades como o Surround Indicator, parecido ao radar e que nos dá a informação da proximidade do inimigo, consoante o barulho que este faz.

Posições comprometedoras...
O modo online não lhe toquei mas do pouco que vi tem Deathmach, Team Deathmatch e Capture Mission, fazendo uso dos nossos recrutas. Isto leva a que por vezes, consoante o nosso desempenho possamos perdê-los permanentemente no modo single player. Um toque particularmente interessante.

Ainda que não seja o título da saga mais interessante, Metal Gear Solid: Portable Ops é certamente um jogo a considerar pelos fãs da saga. Mais tarde foi lançado o Portable Ops + que dá ênfase ao multiplayer com imensas novidades mas descarta por completo o modo single player, tornando-o num jogo menos interessante ainda. Claro que podem sempre passar ao jogo seguinte, Peace Walker que é uma pequena obra prima. Mesmo assim, este é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Um agente secreto sobejamente conhecido vai dar uns tirinhos, aqui, amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

2 comentários:

  1. Gostei do que li. Apenas tinha vontade de adquirir o Peace Walker (estou a ponderar comprar uma PSP no final do ano), mas depois desta análise sou capaz de acrescentar mais este à lista.

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  2. Pensa neste como o melting pot de ideias que foram bem aplicadas em Peace Walker. É um pouco por aí.

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