9 de agosto de 2011

Silent Hill 2: Director's Cut

Só é pena ser Platinum.
Desenvolvido por: Team Silent, Konami Computer Entertainment Tokyo
Publicado por: Konami
Director: Masashi Tsuboyama
Produtor: Akihiro Imamura
Artista: Masahiro Ito
Argumentista(s): Hiroyuki Owaku, Takayoshi Sato
Compositor: Akira Yamaoka
Plataforma(s): PlayStation 2, Xbox, PC
Lançamento: Versão PS2 DC - 04-07-2002 (JP), Outubro de 2002 (EUA), 28-02-2003 (EU)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (95KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Sem exagero, acabei-o umas cinco vezes.

(Se os Silent Hill de agora fossem tão bons quanto este...)

Sempre fui um bocado avesso às versões Platinum e seus derivados noutras plataformas. A coisa boa é serem low budget mas é essa condição que lhe dá um aspecto foleiro quando comparadas às primeiras versões do jogo, com capa normal. Isto tudo deve-se a políticas internas que delineiam certos objectivos em termos de vendas e quando este número é atingido, o jogo ascende (ou descende) a esta categoria. Mas apesar do aspecto crude, estas versões por vezes conseguem ser melhores do que as originais e o jogo que aqui trago hoje é um excelente exemplo disso. Este meu exemplar foi adquirido na Fnac da Baixa Chiado, algures em 2003 e não faço ideia de quanto custou mas algo por volta dos 30 euros.


Autocolantes feiosos.
Silent Hill 2: Director's Cut, é a versão Platinum do anterior Silent Hill 2 e curiosamente consegue ser melhor que esta em termos de conteúdo digital. Já no aspecto exterior não se pode dizer muito pois não tem os extras da versão especial. Ainda assim o que interessa é o que está dentro do DVD e aí não desilude. Apesar de não ser uma sequela do original de PlayStation, Silent Hill 2 leva-nos de volta à conhecida cidade, desta vez no papel de James Sunderland, um homem que regressa a Silent Hill após ter recebido uma carta da sua falecida esposa, Mary, que lhe pede para se encontrar com ela naquele local onde foram felizes. James encontra mais tarde Maria, uma mulher extremamente parecida à sua falecida esposa mas deveras mais provocante. É com isto que vamos desvendar o que realmente se passa aqui.

Manual, muita papelada e DVD.
Tendo sido um dos primeiros jogos de PS2 que joguei, Silent Hill 2 começou por me surpreender pelos visuais, que criam um ambiente perfeito de suspense e medo, não descurando nenhum pormenor. A cidade é tenebrosa, as personagens assustadoras e até James parece ter uma aura negativa em torno dele, passando essa sensação a quem joga. Graficamente, Silent Hill 2 consegue um bom trabalho a nível de cenários, tanto em exteriores com diversas localizações bem como em termos de interiores, onde o detalhe está à vista. As personagens estão também bastante pormenorizadas, onde destaco as expressões faciais que na altura me impressionaram imenso. Obviamente o CG também tem um papel fundamental naqueles momentos-chave e nesse aspecto a Konami não brinca em serviço. O fogging propositado pode criar uma excelente atmosfera mas muito boa gente se queixava que era para esconder algumas imperfeições. Para contrariar essas gentes, existe maneira de desligar o filtro nos menus, dando um aspecto mais limpinho ao jogo.

Obrigado, Capitão Óbvio!
Mas o grafismo não é tudo, muito menos neste jogo, onde o som tem um papel tão importante como o facto de ser tão bom. Akira Yamaoka compôs aquela que considero uma das melhores bandas sonoras desta saga e possivelmente de qualquer videojogo. Desde a música da intro, passando pelos temas das personagens até à música do final, ouvir a banda sonora de Silent Hill 2 é quase que um privilégio. Mas o jogo não é complementado pela música durante toda a sua duração, havendo alguns momentos onde o silêncio tem lugar e o som ambiente nos faz tremer só de pensarmos naquilo que nos espera. Mas como Yamaoka diz, os momentos de silêncio são também uma forma de se produzir som e nisso ninguém pode contrariá-lo pois é a verdade. O voice-acting está particularmente delicioso, até porque toda e qualquer personagem deste jogo parece ter um lado psicótico e consegue dar a transparecer isso mesmo, em todos os diálogos que existem. Não só visualmente, Silent Hill 2 consegue ser sonoramente assustador, em pequenas doses.

Para além de épico, este tipo é aterrador.
A parte jogável de Silent Hill 2 apresenta-se praticamente de forma semelhante à do original. Controlamos James numa perspectiva na terceira pessoa, com uma liberdade relativa de movimentos, onde podemos andar, correr e atacar os inimigos, com um arsenal reduzido de armas de fogo e armas brancas. Felizmente podemos controlar a câmara para evitarmos ângulos pouco abonatórios. A exploração é algo inerente à própria saga e aqui vamos ter muito território para cobrir, com o auxílio de preciosos mapas para não nos perdermos. Os puzzles são uma constante neste jogo, alguns com uma certa dificuldade, o que nos leva a pensar um pouco para não ser só acção. Continuamos a ter de depender da nossa lanterna e do nosso rádio para termos noção dos inimigos e em suma, conseguirmos ver alguma coisa que seja nas partes escuras. Ocasionalmente teremos batalhas contra bosses dos quais se destaca o Pyramid Head, um inimigo semelhante ao Nemesis de RE3, que não nos larga. Maria também nos vai acompanhar durante algumas partes do jogo pelo que devemos ter atenção à mesma. E digo isto porquê? Porque os vários finais do jogo dependem das nossas acções. Inicialmente não conseguimos ter acesso a todos, daí o jogo nos incentivar a jogar mais vezes para termos acesso aos outros finais, visto novos itens e armas ficarem disponíveis na segunda ronda.

Moça, deixa de ser attention whore...
Por outro lado, esta edição Director's Cut presenteia-nos com um bónus adicional de nome Born from a wish, onde controlamos Maria antes desta se encontrar com James, desvendando assim, um pouco da sua história e do seu propósito naquela cidade. Dos seis finais dois deles são a gozar, envolvendo um cão e extraterrestres, algo que se tornou um ícone dos jogos que se seguiram. Curiosamente, se tivermos um save deste jogo no Memory Card e jogarmos Silent Hill 3, vamos ter acesso a certas observações por parte da protagonista.

E que mais dizer deste jogo? É excelente e é sem dúvida o melhor Silent Hill da série. Façam um favor a vocês mesmos e joguem-no. Nem que seja a versão HD que vai sair em breve pois vale cada minuto do vosso tempo. Sem mais "conversa", este é sem dúvida alguma um JOGALHÃO DE FORÇA!

Acção ninja frenética, amanhã, aqui, como é normal. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

3 comentários:

  1. Tenho a versão "normal" com a caixa de cartão e o artwork xpto. Tenho pena que não inclua esse capítulo extra, mas do pouco que já joguei gostei bastante.

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