31 de agosto de 2011

XIII

Pistolão na capa!
Desenvolvido por: Ubisoft Paris, SouthEnd Interactive
Publicado por: Ubisoft, Feral Interactive
Motor gráfico: Unreal Engine 2 (Modificado com muito cel-shading)
Plataforma(s): PlayStation 2, Xbox, GameCube, PC, Mac
Lançamento: Versão PS2 - 18-11-2003 (EUA), 28-11-2003 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo multiplayer local para dois jogadores em splitscreen, Modo multiplayer online para até seis jogadores.
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (89KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração, Compatível com Network Adaptor
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez.

(Parece que o Verão está mesmo de partida.)

Os FPS são possivelmente um dos géneros mais "falados" aqui no blog até porque tenho uma boa catrefada deles. Mas o curioso é que ainda possam parecer todos iguais, existem diferenças significativas entre os mesmos, sendo uns mais redundantes do que outros. E como todos os géneros evoluem, alguns marcam um pouco essa evolução por se revelarem diferentes, de certo modo, em alguns aspectos marcando assim essa diferença. O jogo de hoje ilustra bem este cenário, revelando ser original face a todos os outros da sua época. Este exemplar penso que o adquiri no Jumbo do Almada Fórum, não sei bem quando mas creio que me custou cerca de 20 euros.


Ficou apenas um autocolante.
XIII é um FPS bastante original que se destacou por vários motivos mas já os vamos abordar. Antes de mais nada é preciso ter conhecimento na história, que é baseada numa banda desenhada belga, datada de 1984 e que dá pelo mesmo nome. A trama começa em Brooklyn, mais concretamente em Brighton Beach, onde XIII, a personagem que encarnamos, acorda ferido e sem memória do seu passado. Mal isto acontece começamos logo a ser perseguidos sem dó nem piedade e cabe-nos a nós descobrir quem somos e porque razão todos nos querem matar. Obviamente vamos descobrir algo grande, bem grande. A adaptação dos cinco volumes da BD para o jogo sofreu ligeiras alterações sem contudo desvirtuar a história e acaba precisamente no mesmo ponto, deixando tudo em aberto para um segundo jogo.

Manual, papelito e DVD.
Começando pelos visuais, XIII começou logo aqui a marcar a diferença pois o grafismo é todo ele em cel-shading, uma técnica que aprecio imenso e que num FPS resulta muitíssimo bem, até porque este assim o exige. Em vez de cenários realistas, temos cenários saídos de um livro de banda desenhada, com uma variedade imensa pois vamos visitar muitos locais à volta do mundo, desde cidades a selvas e logo aí o ambiente é todo ele muito heterogéneo. As personagens, também elas saídas da BD, mexem-se de forma convincente e estão pormenorizadas q.b. dentro daquilo que se pretende. O giro deste jogo é que aproveita tudo o que a BD oferece, desde os visuais stylish às onomatopeias sonoras, como por exemplo uma explosão onde aparece "BAOOMM" no ecrã, até às bolhas de ar debaixo de água. Até mesmo quando matamos alguém, o grito ou o som do sangue aparece escrito no ecrã. Está genial!

Neste jogo, os headshots são assim.
E por falar em coisas boas, a parte sonora é toda ela igualmente boa. Desde a banda sonora, com músicas alusivas ao tema da espionagem em certos níveis, com outras tantas mais viradas para a acção frenética, até aos efeitos sonoros que estão todos muito bem conseguidos, enquadrando-se perfeitamente no ambiente do jogo. O voice-acting é sem dúvida uma das componentes a destacar, pois este jogo tem imenso diálogo e algumas vozes bem conhecidas do público em geral, como por exemplo David Duchovny, que dá a voz a XIII e Adam West, o eterno Batman que empresta o seu talento a Carrington, um dos aliados de XIII.

Um refém dá sempre jeito.
Ainda que como FPS seja bastante genérico no campo da jogabilidade, XIII tem algumas inovações e aposta numa abordagem diferente ao longo da sua duração. Tal como qualquer outro FPS, joga-se de maneira idêntica, embora pareça um pouco rígido no que concerne ao movimento e mesmo à fluidez da acção. Ainda assim, nada que arruíne a experiência. O interessante é que temos um arsenal generoso de armas à disposição, com algumas bem interessantes, bem como um ou outro gadget para nos ajudar a progredir. Como era normal nesta época, temos energia que teremos a todo o custo de manter para podermos triunfar, sendo esta renovável através de medikits. Mas o giro deste jogo é podermos por exemplo usarmos os inimigos como escudo para sairmos de situações mais complicadas sem grandes estragos. Por outro lado, para que isto não aconteça, o jogo incentiva-nos a uma abordagem mais stealthy, algo que resulta muito melhor e poupa-nos muitas frustrações em vários níveis.

BAM! Literalmente.
Em adição ao modo história, existe um modo multiplayer que tanto pode ser jogado em splitscreen a dois jogadores ou online até seis. Este modo oferece os tradicionais Deathmatch, Team Deathmatch e Capture the Flag. Para complementar existe uma variante do Deathmatch chamada Power Up, que tal como o nome sugere, nos presenteia com diversos bónus consoante a nossa performance. O melhor é mesmo o The Hunt, onde todos os jogadores seguem um alvo que à medida que vai recebendo dano vai-se tornando cada vez mais pequeno sendo assim mais difícil de atingir. Digamos que é o modo da toscaria total.

Não sendo um FPS de eleição na PS2, é certamente um que passou despercebido a muito boa gente por essa mesma razão. Contudo é divertido, desafiante e no geral uma boa experiência sem ser fantástico. Não precisa de muito mais para ser um JOGALHÃO DE FORÇA!

Nathan Drake está de volta, já amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

1 comentário:

  1. Gostei bastante deste jogo, veio numa altura em que a Ubisoft estava a dar boas cartas - Prince of Persia, Splinter Cell, Beyond Good and Evil e este XIII. Joguei e acabei no PC, no entanto nunca cheguei a comprar uma cópia para mim.

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