Capa simples e eficaz! |
Publicado por: Devolver Digital
Director: Michał Szustak
Designer: Michał Mazur
Artista(s): Paweł Libiszewski, Łukasz Zdunowski
Argumentista: Jan Bartkowicz
Compositor(es): Michał Cielecki, Krzysztof Wierzynkiewicz
Motor gráfico: Road Hog Engine
Plataforma(s): PlayStation 4, XboxOne, PC, Linux, MacOS
Lançamento: 21-10-2014 (EUA), 24-10-2014 (EU)
Plataforma(s): PlayStation 4, XboxOne, PC, Linux, MacOS
Lançamento: 21-10-2014 (EUA), 24-10-2014 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (~7GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, Suporte Remote Play com PSVita
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (~7GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, Suporte Remote Play com PSVita
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal.
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal.
(Após uma ausência sazonal, eis-me de volta à ribalta.)
No stickers! |
Durante os anos 90 houve uma explosão de FPS como nunca antes se tinha visto. Digo explosão pois os jogos apareciam a torto e a direito, havendo para todos os gostos e com as mais variadas temáticas embora no fundo, todos se propunham ao mesmo: dar tiro neles e ter algum gozo com isso. E se títulos como DooM e Duke Nukem 3D são sobejamente conhecidos, outros tantos tiveram que aguentar na sombra destes por muitos anos, sendo que alguns até conseguiam ser melhores mas nunca alcançaram o estatuto de lenda. E se todos conhecemos Dukem Nukem 3D, também devíamos conhecer alguns dos jogos que surgiram tendo por base o Build Engine e que vieram no encalce deste aproveitando o humor de casa de banho fácil e que tanto aprecio, misturando algumas coisas diferentes. Um desses jogos é Shadow Warrior, uma espécie de Duke Nukem oriental, com violência a rodos e um humor peculiarmente delicioso se bem que um tanto racista se formos pelos padrões actuais onde não se pode dizer nada para não parecer mal. Bom, mas tal como o nosso querido Duke, Shadow Warrior também teve direito a uma espécie de transição para os tempos correntes, ainda que bem mais feliz. Se se recordam de Duke Nukem Forever (quer até me deu um certo gozo jogar), este é de longe infinitamente melhor. Este meu exemplar veio algures de uma loja online, entre Março e Abril de 2015 por cerca de 18 euros. Já o tinha jogado em PC mas isso não interessa nada.
Inlay e disco. |
Shadow Warrior leva-nos novamente à pele de Lo Wang mas desta vez a história é contada de uma forma diferente, assim em jeito de reboot. Lo Wang não é mais do que um assassino a soldo, que presta serviços variados para um enorme magnata conhecido por Orochi Zilla e que desta vez foi encarregado de adquirir uma katana por 2 milhões de dólares a um coleccionador chamado Mizayaki. No meio disto tudo, o dito senhor não quer desfazer-se da katana, Lo Wang faz aquilo que sabe fazer melhor e desata a matar tudo e todos para ficar com a mesma. Pouco depois fica a conhecer a verdadeira história por detrás da espada, que até imagine-se, nome tem. Nobitsura Kage é o seu nome e a sua verdadeira função prende-se com outras duas espadas e a sua capacidade de aniquilar seres imortais, o que para os demónios é um verdadeiro pincel. Isto tudo é explicadinho por um deles, de nome Hoji, que nos vai acompanhar ao longo desta longa aventura.
Está um lindo dia... para esquartejar! |
A apresentação de Shadow Warrior é soberba, o que me faz crer que existe um trabalho de muito amor e dedicação por detrás deste jogo. E de facto é mesmo esse o caso mal se começa a jogar e a apreciar tudo aquilo que nos é mostrado. Parte das cutscenes com história são apresentadas num estilo de motion comic, onde a arte é sem dúvida excelente e outras tantas utilizam o próprio motor de jogo para cumprir a sua tarefa. Os visuais no seu todo são absolutamente fabulosos e isso é algo que se vê logo nos primeiros cinco minutos de jogo, onde os jardins japoneses me deixaram boquiaberto e me fizeram andar ali ainda um bom bocado a apreciar os pormenores antes de avançar. Existe também bastante variedade neste campo, onde podemos apreciar não só estes temas mais orientais mas também cenários mais citadinos cheios de pormenores intrincados bem como partes mais industrias sem esquecer os ambientes mais demoníacos. Tudo isto corre a 1080p com uma framerate que me pareceu desbloqueada pois oscilava nos mais diferentes sítios, com algumas partes a sofrerem um pouco de lentidão devido à quantidade abusada de efeitos e inimigos em simultâneo.
O amor é uma coisa linda... |
Como um ambiente oriental é de esperar que a banda sonora ande pelos mesmos trâmites e de facto é isso que acontece, onde as músicas adoptam um estilo oriental misturado com algo mais o que resulta numa experiência sonora agradável até porque a mesma é dinâmica e só se faz sentir em certas partes como por exemplo durante o combate. Outros temas são mais memoráveis como a música da intro, onde o próprio Lo Wang faz as honras da casa e até dá numa de cantar um bocado. O voice-acting é provavelmente umas das melhores coisas que me lembro de ouvir nos últimos tempos. Lo Wang simplesmente não se cala e tem sempre algo a dizer em todas as situações, seja em conversa com outras personagens ou simplesmente enquanto se banha de sangue e esquarteja os seus inimigos. Isto sem contar com as piadas às quais já nos tinha habituado antigamente. E aquele sotaque à oriental é qualquer coisa. Os diálogos são portanto mais do que muitos, com bastante humor pelo meio, sobretudo quando são entre Lo Wang e o seu sidekick, Hoji. Efeitos sonoros e afins são a meu ver impecáveis sem apontar o dedo a nada pois tudo me pareceu soar perfeitinho.
Um dia normal na povoação. |
Como bom FPS que é, Shadow Warrior joga-se que é uma maravilha. Está tudo no sítio certo e funciona tudo como seria de esperar, sem complicações mesmo quando se trata de usar as espada e habilidades. E a própria acção é rápida e frenética, sem grande margem de manobra para pensar, o que nos leva aos tempos nos FPS antigos, onde as hordas de inimigos iam aparecendo e a palavra de ordem era limpar tudo e todos. Shadow Warrior, apesar do seu look moderno, tem enraizadas todas as mecânica antigas e é isso que o torna tão bom. Podemos levar várias de armas, embora não existam assim tantas mas cada uma tem modos de fogo alternativos e só por isso já duplica o números de opções. E isto é conseguido pelos upgrades que podemos comprar e assim maximizar a funcionalidade de cada uma pois todas elas têm efeitos bombásticos nos inimigos.
Este tipo não está nada contente por nos ver. |
Por outro lado existe a nossa fiel katana, que nos permite ter o prazer de desfazer tudo, dando assim um look novo a qualquer sítio por onde passemos pois nada fica a salvo de litros de sangue a jorrar. Esta também é passível de upgrades bem como novas técnicas que permitem tornar o combate mais dinâmico, em certas partes mais fácil e sobretudo divertido. Estes upgrades estendem-se também a técnicas que permitem Lo Wang executar habilidades como curar-se sem auxílio de medikits, desferir golpes brutais nos inimigos ou simplesmente teleportar-se enquanto corre, assim a dar uma de ninja. Estas habilidades podem ser executadas com o joystick esquerdo ou utilizando o touchpad, tornando assim a coisa mais fácil. Obedecendo a uma estrutura por níveis, Shadow Warrior leva-nos a passear pelos mais diversos locais, onde a interactividade é imensa e o combate está quase ao dobrar de cada esquina.
Rebentar coisas é sempre divertido. |
O progresso em si é bastante linear no geral existindo alguma exploração para se fazer, nem que seja para apanhar todos os collectibles, upgrades e até descobrir alguns easter eggs e throwbacks ao jogo original. Os combates tanto podem ocorrer neste contexto, onde temos o cenário para nos ajudar a despachar os inimigos (é sempre giro rebentar veículos em cadeia ou electrocutar inimigos com as caixas de electricidade espalhadas por todo o lado) ou então em certas zonas, que agem como uma espécie de arena e as hordas vão surgindo em catadupa (assim um pouco como em Painkiller, caso tenham jogado). Enquanto não se limpar tudo, não se avança. Ah, e claro que existem os bosses, cada um com as suas manhas e de dimensões bastante grandes. Curiosamente, e à semelhança de alguns FPS desta geração, não existe multiplayer e ainda bem pois isso reflecte-se noutras áreas do jogo.
Desculpe menina, apartamento errado... |
Shadow Warrior é um jogo que recomendo sem sombra de dúvida pois é divertido, leva o seu tempo a concluir (não são apenas 5 ou 6 horas, são bem mais) e o replay value é elevado pois para além dos habituais troféus, existem mesmo objectivos in-game para os mais persistentes e perfeccionistas cumprirem, já para não referir as diferentes dificuldades. E seja em PC ou na PS4, não ficarão desapontados com nenhuma das versões deste JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: terror on-rails na Wii.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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