Alien Syndrome

Boa cover art!

Desenvolvido por: Totally Games
Publicado por: Sega
Director: Lawrence Holland
Motor gráfico: Vicious Engine
Plataforma(s): NintendoWii, PlayStation Portable
Lançamento: 24-07-2007 (EUA),07-09-2007 (EU)
Género: Action Role Playing Top Down Shooter
Modos de jogo: Modo história para um até quatro jogadores
Media: Wii Optical Disc (8.4GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da consola
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal e chega.

(Não tenho nada a assinalar sobre o tempo...)

Informação sempre útil.

Quem é conhecedor nestas andanças videojoguísticas (sim, o termo não existe mas passa a existir), sabe que a Nintendo Wii é provavelmente uma das consolas com maior número de shovelware lá metido, sendo apenas batida pela Nintendo DS (actualmente a consola com mais jogos de sempre, segundo consta). Mas no meio da lixarada toda, existem excelentes jogos, bastante conhecidos até, bem como algumas hidden gems, obscuras por sinal e claro, jogos bastante medianos mas altamente incomuns ou ignorados na altura em que saíram. O jogo que vos apresento hoje cai nessa categoria do mediano e ignorado, não sendo particularmente incomum. Este exemplar chegou à colecção algures entre Novembro e Dezembro de 2015, vindo de uma loja online e deve ter custado pouco mais de 10 euros. Novo e selado, claro está.

Manual, livrete e disco.

Alien Syndrome é provavelmente conhecido pela maioria como um top down shooter produzido pela Sega, que povoava as arcadas dos finais dos anos 80 e inícios de 90 onde o objectivo era andar a matar alienígenas sem dó nem piedade. Ora, essa fórmula começou a perder-se no tempo e são poucos os jogos que actualmente fazem uso da mesma (alguns bastante bons por sinal). No caso de Alien Syndrome, pegou-se no nome e fez-se um jogo novo. E quando digo novo, a única coisa que o jogo parece partilhar com o original é mesmo a perspectiva. Esta aventura segue os eventos do jogo original, cerca de 100 anos depois onde a tecnologia evoluiu de tal forma, que agora é possível viajar no tempo (imagine-se). Aileen Harding é encarregada de investigar a falha de comunicações com a Kronos, uma estação espacial situada num planeta distante descobrindo assim que a causa disto tudo é a... alien syndrome! Ah, e aproveitar para saber o que é feito do seu namorado, Tom (como se isso nos interessasse mas ok)...

Hora do extermínio!

Mantendo a mesma perspectiva que caracterizou o original, este novo Alien Syndrome é agora todo em 3D ao invés dos tradicionais sprites. Visualmente funciona mas não é dos jogos mais bonitos que já passou pela Wii, com cenários diversos mas onde a variedade é pouca e que rapidamente se tornam monótonos, e modelos de personagens que podiam ser bem mais detalhados. Felizmente, e considerando a perspectiva pela qual o jogo é visto, podemos controlar a câmara e assim escolheremos o melhor ângulo para a acção.

Explosões resolvem quase tudo.

Em termos sonoros somos presenteados com uma banda sonora que nos faz querer estarmos a jogar um RPG medieval durante grande parte do tempo, quando na verdade estamos a jogar um RPG mas sci-fi. Não é de todo má mas não cria o ambiente que eu pelo menos estava à espera e muito menos se torna memorável. Contamos ainda com alguns diálogos entre personagens, que funcionam bem e o voice-acting é bastante decente, bem como uma panóplia imensa de efeitos sonoros que cumprem a sua função sem problemas aparentes.

Há que optimizar a coisa.

Na jogabilidade, Alien Syndrome funciona como um top down shooter mas adiciona toda uma mecânica de RPG tornando-o assim em algo tipo Diablo. O controlo de Aileen é simples, bastando apontar o Wii Remote para o sítio que queremos disparar e controlando a personagem com o nunchuk, com os restantes botões assumindo as suas funções de disparar e afins. E é divertido rebentar alienígenas e outras coisas neste jogo embora se torne enfadonho após algum tempo. A culpa disto, talvez seja devido a alguns níveis serem demasiado grandes e embora existam checkpoints e save stations, nem sempre isto é a solução. Ah, e existem 40 níveis (sim, leram bem) recheados de inimigos, mini-bosses e bosses.

Mais um bicho feio para obliterar.

A vertente RPG traduz-se em cerca de 80 armas diferentes, equipamento e armaduras bem como outros itens de bónus, que nos aparecem com diferentes níveis de raridade (com as devidas cores associadas). Por outro lado Aileen vai subindo de nível e podemos distribuir pontos entre diversos atributos que nos favorecem em combate. Existem ainda duas barras, uma da vida e outra de energia, sendo que a última está relacionada com o nosso escudo (e vai recarregando aos poucos). Para nos acompanhar na aventura existe ainda o SCARAB, que para além de nos ajudar em combate, comporta ainda todo o nosso equipamento para fácil acesso. Se tiverem um grupo de amigos com tempo livre (e comandos de sobra), o jogo permite co-op até 4 jogadores no mesmo ecrã e torna a experiência um pouco mais divertida.

Embora não seja um jogo obrigatório na Wii, Alien Syndrome é certamente uma experiência interessante se gostarem deste género de jogos e como tal é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um RPG de fórmula clássica na 3DS.

MURRALHÕES DE FORÇA: