5 de agosto de 2019

Metal Gear 2: Solid Snake

Mais uma capa personalizada.
Desenvolvido por: Konami
Publicado por: Konami
Director: Hideo Kojima
Designer: Hideo Kojima
Artista(s): Shuko Iwamoto, Tae Yabu, Tomohiro Nishio
Argumentista: Hideo Kojima
Compositor(es): Tsuyoshi Sekito, Masahiro Ikariko, Mutsuhiko Izumi, Yuko Kurahashi, Tomoya Tomita, Kazuhiko Uehara, Yuji Takenouchi
Plataforma(s): PlayStation 3, PlayStation 2, MSX2
Lançamento: 20-07-1990 (JP/MSX), 08-11-2011 (EUA), 23-11-2011 (JP), 03-02-2012 (EU)
Género(s): Acção, Aventura, Stealth
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez.

A rastejar para não alertar o bicho...
Metal Gear Solid é provavelmente um dos jogos mais bem sucedidos de sempre que quando aterrou na PlayStation foi um estrondo tremendo. Desde a história complexa, passando pela tecnologia visual e claro, sem esquecer a excelente parte audível, este jogo foi sem dúvida um marco importante na história dos videojogos. Mas é preciso conhecer as origens a que se deveu este sucesso e no caso deste jogo, que foi o primeiro da série para quase todos os que se tornaram fãs ao longo destes anos, muitas das coisas presentes na sua concepção, não são de todo originais mas sim, uma espécie de remake de ideias previamente utilizadas noutro jogo da saga. De um modo geral podemos dizer que foi a concretização de tudo aquilo que Hideo Kojima já tinha concebido previamente mas agora num glorioso mundo 3D. Este jogo lançado para a MSX2 em 1990, fez uma viagem até à PS2 e PS3 mais tarde, na versão Subsistence de MGS3 como extra e é essa versão que vamos aqui analisar.


Os guardas estão sempre alerta!
Metal Gear 2: Solid Snake marca assim o regresso de Solid Snake à ribalta, onde desta vez tem de invariavelmente cumprir mais uma missão daquelas a que já nos habituámos ao longo da série. A trama decorre no final dos anos 90 onde uma crise petrolífera assola todo o mundo, estando este recurso a esgotar-se a olhos vistos. Para contrariar isto, o Dr. Kio Marv, um cientista de origem Checa produz uma espécie de alga via bioengenharia à qual chama OILIX, uma vez que esta mesma é capaz de produzir hidrocarbonetos de qualidade combustível com muito pouco custo e esforço. A sua descoberta é revelada na Conferência Mundial de Energia em Praga e isto leva-o de imediato a ser raptado por militares de Zanzibar Land. É aqui que entra Snake, cuja missão é infiltrar-se nesta região com o intuito de salvar o nobre doutor e destruir o novo modelo de Metal Gear que entretanto começaram a produzir.

Esta miúda é boa companheira.
Algo que mudou desde logo para melhor foi o grafismo. Embora passemos grande parte do tempo a explorar uma enorme base, existem outros locais de interesse que podemos visitar ao longo da nossa aventura e onde o sprite work é soberbo, fazendo com que este jogo seja sem margem de dúvida um dos melhores da geração 8-bit. Desta vez temos sprites muito mais detalhados, com mais animações e com maior variedade, sendo que a palete de cores utilizada é também maior com mais diversidade. As imagens usadas nas conversações via rádio são também mais detalhadas e no geral conferem ao jogo um ambiente superior ao seu antecessor.

Ainda dizem que fumar faz mal...
A componente sonora de Metal Gear 2 é também um ponto bastante forte neste título pois foi utilizado um chip de nome SCC que permitiu aumentar as capacidades sonoras para além daquelas que a MSX era capaz, resultando assim numa banda sonora repleta de temas memoráveis, que proporcionam um ambiente fantástico ao jogo e posteriormente foram utilizadas noutros jogos da série, sendo remixadas para o efeito e até em Super Smash Bros. Brawl. Os efeitos sonoros cumprem a sua tarefa na perfeição, não sendo de todo entediantes ou demasiado repetitivos.

Um bom vilão apresenta-se sempre educadamente.
Na parte jogável, Metal Gear 2 não se afasta em nada daquilo que pudemos desfrutar no jogo original. Aliás, este jogo melhora tudo o que vimos e experimentámos no original, com uma jogabilidade mais sólida e intuitiva, que impele a sermos furtivos em todas as ocasiões, pelo que o combate é algo de último recurso. Snake tem agora ainda mais agilidade podendo deitar-se e rastejar para evitar fazer barulho a correr, esconder-se em condutas e debaixo de secretárias e até recolher minas que estejam enterradas no solo. Claro que conta também com um poderoso arsenal de armas e outros gadgets para levar a melhor sobre os inimigos.  Por falar em inimigos, estes são agora muito mais inteligentes não se limitando a estarem sempre nos mesmos locais e patrulhando as zonas onde estão, com um ângulos de visão de 45 graus que lhes permite estarem mais alertas e até verem nas diagonais, tornando o jogo mais intenso em certas partes.

Não, não andamos nas colheitas...
Como se não bastasse, reagem também a todo o tipo de sons, com por exemplo batermos nas paredes, dispararmos sem silenciador ou caminharmos sob certas superfícies. Existem ainda os habituais bosses com a suas manhas e diversos puzzles que temos de resolver ao longo da nossa aventura que desta vez toca em assuntos mais sérios e existe muita conversa a ser lida via rádio. Para quem jogou MGSV vai achar este segundo título particularmente interessante por diversos motivos que não vou divulgar mas são extremamente apelativos.

Metal Gear 2: Solid Snake é sem dúvida uma excelente sequela que só foi possível em parte devido ao sucesso da versão NES do primeiro jogo que deu origem a uma sequela de nome Snake's Revenge nessa plataforma. Hideo Kojima que nada teve a ver com esses jogos, nem sequer tinha planos para fazer uma sequela do original de MSX mas uma viagem de comboio com um colega de trabalho, que estava envolvido em Snake's Revenge, mudou-lhe as ideias. E ainda bem, ou não teríamos este JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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