7 de abril de 2020

Umbrella Corps [Deluxe Edition]

Quando não há capa, eu faço a capa!
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Produtor(es): Masachika Kawata, James Vance
Compositor(es): Kota Suzuki, Akihiko Narita, Azusa Kato, Yasumasa Kitagawa
Plataforma(s): PlayStation 4, PC
Lançamento: 21-06-2016 (Lançamento Mundial), 23-06-2016 (JP)
Género: Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo campanha para um jogador, Multiplayer Online (2-6 jogadores)
Media: Digital (EU/EUA), Blu-Ray (JP)
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (3.75GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, Suporte Remote Play com PSVita 
Outros nomes: BioHazard: Umbrella Corps (JP)
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei a campanha uma vez e chega.

Traseira a condizer.
Resident Evil é sem dúvida alguma uma das minhas sagas de eleição com excelentes títulos lançados ao longo destes anos e outros tantos menos bons. Mas tal como todas as sagas não está livre de ter alguns ovinhos podres lá no fundo do cesto. O jogo que apresento aqui hoje é honestamente o melhor exemplo disso sendo que já existiam outros anteriormente mas este não tinha desculpa para errar da forma como o fez. Este exemplar digital foi adquirido algures entre Janeiro e Fevereiro de 2020, numa promo da PSN por 3.99€ e confesso que apesar de não me arrepender, este dinheiro podia ter sido gasto num jogo bom. O pior disto tudo é ter optado pela Deluxe Edition, por mais 1 euro (o jogo base era 2.99€) que traz personagens clássicas como Leon, Jake, Barry, HUNK e Wesker, que apenas podem ser usadas no modo online...


Sai uma quentinha!
Umbrella Corps é um jogo que no fundo revela ser um misto de confusão a começar pela trama, visto ser considerado canon na timeline da saga embora tenha todo o aspecto de ser um spinoff. Para confundir mais as coisas, a trama divide-se entre o modo single player e o multiplayer. Em single player, ou mais concretamente em The Experiment, a acção decorre entre 2012 e 2013 onde assumimos o papel do agente 3A-7 ao serviço da Umbrella Co., uma empresa que adoptou o nome da extinta Umbrella Corporation. A sua missão é testar o Zombie Jammer, um novo equipamento, numa série de cenários reminiscentes de jogos anteriores. Contudo, após o teste ser positivo, os superiores de 3A-7, o qual se desconfia que o comandante seja um clone de Albert Wesker, tentam matá-lo mas sem sucesso pois este agente ou é de facto HUNK ou possui o mesmo tipo de habilidades e inteligência. Na porção multiplayer, a acção decorre 3 anos depois de RE6 e 13 após a queda da Umbrella Corporation, onde diversas organizações competem entre si em cenários de treino de forma a conseguirem apoderar-se dos segredos que a farmacêutica deixou para trás depois da sua ruína. Confusos?

De volta a lo pueblo.
Umbrella Corps revela ser um jogo cujos visuais embora não tenham o nível de qualidade de outros jogos da saga não são de todo maus. Utilizando o Unity Engine, o grafismo é sem dúvida decente com alguns efeitos interessantes mas sempre com um look o qual chamo "look mobile" devido à maneira como as coisas são implementadas. Ainda assim há bastante variedade em termos de locais, com alguns facilmente reconhecíveis de jogos anteriores mas outros tantos novos ou bastante modificados. No geral as texturas são decentes ainda que algumas sejam de baixa resolução, utilizadas onde mais é preciso ainda que isso não se reflicta na performance do jogo pois a frame rate é inconstante andando entre os 30 e 60 fps mas nunca estabilizando, o que é uma pena pois a 60 fps locked as coisas seriam bem melhores.

É sempre a varrer!
No departamento sonoro, Umbrella Corps oferece-nos uma banda sonora um pouco desfasada da acção com temas um pouco a tirar para o electrónico mas daquele que pessoalmente não aprecio e que considero não se encaixarem de todo no ambiente do jogo, nem mesmo na acção frenética que este proporciona. Ainda assim, os efeitos sonoros são bastante decentes, desde os mais simples com apanhar itens, aos disparos das armas e grunhidos dos zombies e criaturas. O pouco voice-acting que existe também cumpre a sua parte sem problemas.

Não, não está a fazer cocó...
Em termos de jogabilidade, Umbrella Corps é um third person shooter como tantos outros e isto podia até ser um jogo completamente diferente sem ter nada a ver com Resident Evil. Mas alguém entendeu por bem que assim fosse. O controlo é bastante preciso e sabe bem disparar contra os inimigos, correr, saltar e escalar obstáculos, bem como usar imensas coisas como cover, que são destacadas no cenário para que não hajam dúvidas. Podemos inclusive, abrir portas devagar para vermos o que está por trás e voltar a fechá-las novamente pois os zombies não as abrem, curiosamente. O nosso arsenal compreende diversos tipos de armas de fogo, desde pistolas a metralhadoras, sem esquecer as queridas caçadeiras. Mas no fundo um das armas de eleição é certamente a Brainer, uma espécie de picareta/machado que não só serve para despachar inimigos mas também partir obstáculos e escalar certas partes do cenário, tornando-a numa espécie de jack of all trades. Podemos ainda usar uma função extra chamada Heated Brainer onde carregamos a mesma e o ataque desferido incendeia os inimigos além de dar dano agravado.

Estes tipos são os piores inimigos.
A acção divide-se entre o modo single player chamado The Experiment e o multiplayer online. No primeiro modo somos colocados em missões que se dividem em coleccionar amostras deixadas cair pelos inimigos derrotados, coleccionar malas com informação ou capturar postos de controlo. E é assim o jogo inteiro ao longo de 24 missões cuja dificuldade rapidamente escala atingindo o absurdo. Este jogo é estupidamente difícil a menos que tenham paciência, levem as coisas com calma e tirem partido da IA e exploits que esta proporciona. Poucas pessoas devem ter conseguido acabar o single player até porque certas missões dividem-se em 3 níveis e perder por exemplo no 3º leva-nos de volta ao início da missão, aumentando a frustração. Isto deve-se sobretudo a só podermos levar dois ou três golpes dos inimigos e estes serem bastante aleatórios nos seus spawns pois este locais mudam e quando matamos um, esse mesmo pode gerar um novo spawn para outros. O modo multiplayer como requer o Plus não o experimentei mas é praticamente o mesmo que o single player mas com humanos em equipas a cumprirem os mesmos objectivos, e claro, com personalização de personagens. Podiam ao menos ter posto bots neste modo...

Umbrella Corps podia ser um bom jogo, excelente até, se mantivesse a fórmula dos modos Mercenaries/Raid que figuraram noutros jogos. Melhor ainda, podia ser como o Mercenaries 3D que teve direito a um jogo a solo (já aqui analisado) e revelou ser uma boa surpresa. Assim não deixa de ser uma experiência frustrante e medíocre que confesso me custar dizer que por estar na colecção é um JOGALHÃO DE FORÇA.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
  

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