24 de agosto de 2020

Kid Dracula

Mais uma capa custom!
Desenvolvido por: Konami
Publicado por: Konami
Director: Shiro Murata
Artista(s): Yoichi Yoshimoto, Kenji Fujioka, Kazunori Yana
Compositor(es): Shinji Tasaka, Satoko Minami
Plataforma(s): Famicom (original), Mobile Phones, Nintendo Switch, PlayStation4, XboxOne, PC
Lançamento: 19-10-1990 (JP/Original), 16-05-2019 (Castlevania Anniversary Collection)
Género(s): Acção, Aventura, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Nenhumas
Outros nomes: Akumajō Special: Boku Dracula-kun, que traduzido dá Demon Castle Special: I'm Kid Dracula
Media: Não se aplica
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez.

E a parte de trás.
A saga Castlevania é provavelmente uma das mais apreciadas desde sempre com excelentes jogos, outros medianos e ainda alguns que mais vale esquecer. Mas existem aqueles que muito boa gente nem sequer sabe da sua existência ou ouviu falar uma ou outra vez sem nunca ter interesse em saber mais. E normalmente estes jogos menos conhecidos são spinoffs ou versões mais obscuras de outros títulos, que por um ou outro motivo ficaram esquecidos e por vezes nem sequer saíram do seu país de origem. O jogo que apresento aqui hoje é um bom exemplo disso, tendo conhecimento da sua existência há já bastantes anos mas sem nunca me ter interessado por procurar e explorar o mesmo. Em vez disso joguei sim a versão de Game Boy sem saber ao certo que se tratava de uma sequela/remake deste mesmo jogo. Este exemplar digital faz parte da colectânea Castlevania Anniversary Collection, adquirida algures em Julho de 2020 por €4.99 numa promo na eShop da Nintendo Switch.
 
 

Ah, a velha torra do relógio.
Kid Dracula é provavelmente um nome que vos é familiar mas quase que aposto que a razão disso é porque jogaram a versão de Game Boy, sobejamente conhecida e que na época apesar de não ter tido o sucesso que os jogos principais da saga tiveram, não passava despercebido. Mas a verdade é que todos jogamos uma sequela/remake de um spinoff muito antes de sequer sabermos o que esses termos queriam dizer. Foi na Famicom que o pequeno Kid Dracula, ou se preferirem Alucard pois sabemos bem que é ele apesar de não ser oficial, começou as suas aventuras pelo castelo do eterno conde antes de se revoltar contra o próprio pai. A história não podia ser mais cómica ao começar com a ausência de Dracula no castelo onde Galamoth, um dos seus lacaios, decide tomar o trono do príncipe das trevas desafiando o pequeno Alucard (uma vez mais supostamente) que acorda de um longo sono e decide pôr-se a caminho não se ficando apenas pelo castelo, explorando também outros locais.

Hoje temos frango para o almoço.
Ao bom estilo dos 8-bit da Nintendo, Kid Dracula apresenta-se com uns visuais coloridos e sprites de consideráveis dimensões para um jogo da época, onde as animações são bastante boas e a variedade visual é também vasta com vários locais por onde vamos passar enquanto defrontamos as hordas das trevas. A fluidez do jogo é bastante sólida ainda que por vezes exista algum slowdown quando há muitos objectos em simultâneo no ecrã, bem como algum sprite flickering mas isso faz parte do charme desta época. Não se ficando apenas pelo castelo, vamos poder explorar outros locais como por exemplo a cidade de Nova York e até defrontarmos a estátua da liberdade sem querer entrar em spoilers. Como é apanágio da Konami nesta época, Kid Dracula tem uma banda sonora bastante boa, com temas oriundos da saga Castlevania mas com um ligeiro remix em algumas das faixas sendo que outras tantas são completamente novas e originais deste spinoff. O som é igualmente excelente, com imensos efeitos sonoros para as mais variadas situações, resultando numa boa combinação sonora no geral.

Não, não é o barco dos Koopa.
Na parte jogável, Kid Dracula não desaponta. O controlo é bastante sólido com a nossa personagem a poder atacar os inimigos tanto de frente como na vertical, podendo carregar o ataque para uma versão mais poderosa do mesmo. Este ataque mais forte faz com que os inimigos larguem moedas que podem ser usadas nos vários mini-jogos que surgem no final de cada nível e que nos permitem ganhar vidas extra. Estes mini-jogos são acedidos de forma aleatória e vão desde apostar numa espécie de roleta a adivinhar a cor das saias (ou mais cuecas a meu ver) de dançarinas de cabaret. Os níveis são bastante lineares em termos de progressão, sendo que no final de cada existe uma batalha contra um boss mas nem todas são iguais, ou seja, nem sempre temos de combater. Terminado cada nível, ganhamos uma nova habilidade que vão desde ataques com padrões de movimento diferentes até à possibilidade de nos transformarmos em morcego para atravessar certas zonas.

Toca a adivinhar a cor da cueca...
Contudo, Kid Dracula não é perfeito e existem alguns contratempos que tornam o jogo mais difícil do que seria de esperar como por exemplo o salto. Ao saltar, a personagem parece perder impulso quase 90% do tempo e isto por norma resulta em cairmos em buracos devido a saltos mal calculados ou simplesmente não conseguirmos ficar nas plataformas em níveis com scrolling visto este ser mais fluido que o salto em si. Felizmente sendo uma versão emulada do jogo, os save states colmatam a frustração que pode resultar disto. Por outro lado é a primeira vez que este jogo vê o seu lançamento oficial fora do Japão ainda que em formato digital e já existindo previamente uma versão traduzida por fãs que na minha opinião é melhor. Mas aquilo que pode talvez fazer mais confusão é a versão de Game Boy que afinal é tanto uma sequela como remake pois a história é praticamente a mesma só que tem mais níveis, algumas variações nos níveis e bosses originais entre outras coisas.

Kid Dracula é um jogo divertido ainda que tenha os seus contratempos e isso é algo característico do seu tempo. Se me perguntarem qual das versões devem jogar eu recomendo ambas pois têm as suas diferenças e a meu ver é sempre giro experimentar coisas parecidas mas diferentes. E como tal, temos aqui mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:

2 comentários:

  1. Amo esse jogo! Tive a sorte de conseguir uma fitinha dele na época. Muitas horas de gameplay no meu Turbo Game CCE!

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  2. Tive esse game na fita na época.. adoro até hoje... Como disse a versão do gameboy é boa e diferente .

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