Publicado
por: Bethesda
Softworks
Director: Jens Matthies
Produtor: John Jennings
Designer(s): Andreas Öjerfors, Arcade Berg, Aydin Afzoud
Artista: Axel Torvenius
Compositor(es): Mick Gordon, Martin Stig
Andersen
Plataforma(s): PlayStation 4, Xbox One, PC,
Nintendo Switch
Lançamento: 27-10-2017 (Lançamento Mundial), 19-06-2019 (Nintendo Switch)
Lançamento: 27-10-2017 (Lançamento Mundial), 19-06-2019 (Nintendo Switch)
Género(s): First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (~60GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, Suporte Remote Play com PSVita, PS4 Pro Enhanced
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (~60GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, Suporte Remote Play com PSVita, PS4 Pro Enhanced
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez na dificuldade normal e outra na
dificuldade abaixo da máxima. A platina deste jogo é virtualmente impossível.
Sem autocolantes! |
Wolfenstein 3D é provavelmente dos jogos mais antigos que me lembro
de jogar no velhinho 286 mas a série remonta a computadores mais arcaicos muito
antes disso assumindo uma forma bastante diferente daquela que popularizou a
série. Em vez de andarmos aos tiros a tudo quanto era inimigo, a série começou
por ser os primórdios da chamada Stealth Action, algo que ganhou tracção
com a saga Metal Gear mas que foi em Castle Wolfenstein onde tudo
começou. Obviamente isso perdeu-se com o tempo mas ganhou novamente vida com o reboot
da série em 2014 onde se combinou o bom dos FPS com o bom da Stealth
Action. Deste modo a saga Wolfenstein ganhou nova vida e foi uma
lufada de ar fresco no género FPS que estava estagnado no tempo com a
fórmula a ser sempre a mesma e sem divertimento nenhum. Em 2017, após outro bom
jogo pelo meio já aqui analisado, surgiu a esperada sequela mas nem tudo se
manteve tal e qual o reboot o fez. Este meu exemplar foi adquirido
algures durante Julho e Agosto de 2019, oriundo de uma loja online e
deve ter custado abaixo dos 20€ embora não me recorde ao certo.
Papelada e disco. |
Wolfenstein II: The New Colossus é a sequela directa de The New
Order, um excelente jogo nesta antiga série, onde calçamos a botas do
eterno William B.J. Blazkowicz na sua demanda em acabar de vez com o
regime nazi que ganhou força nesta visão distópica da história da humanidade e
conseguiu não só ganhar a guerra mas também bombardear os Estados Unidos
deixando grande parte dizimada. Nesta continuação vamos ver um B.J.
enfraquecido pela luta, às portas da morte enquanto tem de continuar a
enfrentar este chamado colosso de inimigo que são os alemães. Contudo agora a luta
passa-se ao longo de várias zonas no continente americano com algumas caras
conhecidas a fazer o seu regresso e outras tantas novas a serem introduzidas.
Este jogo tenta também ser mais dramático, mais pessoal, sobretudo no que toca
a B.J. mas depois noutras alturas parece um filme de série B com cenas
que não lembram a ninguém...
Um inlay interessante. |
Fazendo uso do idTech 6, já visto anteriormente
em DooM, Wolfenstein II - The New Colossus mostra uns visuais
superiores aos dos dois jogos anteriores com mais efeitos e partículas,
melhores texturas e streaming das mesmas e isto mantendo os 60 frames
ao longo da sua duração, podendo o utilizador optar por isto em conjunto
com resolução dinâmica, onde o jogo escala a mesma em partes mais acesas em
termos de acção, ou simplesmente manter uma resolução fixa a troco de alguns drops
de frames e até slowdown. É aquilo que se pode chamar uma faca de
dois gumes mas é sempre bem vindo pois são opções distintas com resultados
diferentes e isso nas consolas tem cada vez mais vindo a ser comum. Em termos
de grafismo temos personagens bastante detalhadas, com pormenores deliciosos
mas nem todas têm um look realista como alguns podiam esperar. Os
cenários são variados embora seja tudo muito idêntico e caótico com algumas
zonas mais compostas mas grande parte completamente em ruínas. Mas é sem dúvida
um prazer apreciar todo o detalhe colocado em cada local pois há mesmo muita
coisa que podemos ver e apreciar depois de limpar todos os mauzões.
Mesmo sentado, B.J. é um badass! |
Em termos sonoros, a banda sonora opta por uma vertente
dinâmica com temas a cargo de Mick Gordon e outros compositores que
oscila entre o industrial e o rock, com muita distorção pelo meio. Em
escaramuças mais intensas a música faz-se mesmo sentir ao passo que noutras
situações mais sossegadas ou stealth temos temas mais calmos ou somente
som ambiente. Os efeitos sonoros são excelente, com imensos sons de armas e
disparos que quase se conseguem sentir devido à pujança que debitam, bem como
tudo o que é som mecânico. O voice-acting é também bastante bom, com
óptimas performances, diálogos que vão do sério ao cringey mas sem nunca
passarem do limite aceitável. Algo que gosto particularmente é o sotaque de
certas personagens, que vão desde os próprios alemães a outras que parecem oriundas
da Rússia ou países de leste. A diversidade é sempre bem vinda neste campo.
Estes gajos são rijos. |
Onde as coisas mudaram ligeiramente foi no campo da
jogabilidade e mecânica em geral. Embora tudo se processe do mesmo modo que os
jogos anteriores, Wolfenstein II: The New Colossus opta por ser open
ended em vez de ser um FPS linear composto por níveis. Isto
traduz-se fundamentalmente num jogo onde vamos invariavelmente fazer backtracking
ao longo dos mesmos cenários várias vezes se quisermos fazer as sidequests
que o jogo introduz bem como apanhar os gadgets que deixamos para
trás em detrimento daquele que escolhemos para avançar na história. Continua a
existir a progressão em 3 skilltrees diferentes que vão desde stealth,
combate e gunplay, algo que é bem mais fácil de concretizar do que nos
jogos anteriores, bem como um arsenal vasto e variado de armas com resultados
de carnificina variados. Deste modo temos uma espécie de hub central que
é o nosso submarino roubados ao nazis, onde podemos escolher o nosso próximo
objectivo e interagir com as diversas personagens que populam o mesmo.
Os takedowns são sempre viscerais. |
A meu ver, a fórmula linear dos anteriores funcionava
melhor pois era tudo mais simples e sem grandes distracções, algo que em Wolfenstein
II: The New Colossus existe após cada capítulo de história pois ao
desbloquear zonas podemos novamente visitá-las e até aceder a novos locais.
Isto pode ser interessante da primeira vez mas depois torna-se repetitivo pois
o objectivo invariavelmente é sempre matar um alto cargo nazi, encontrar upgrades
que nos passaram ao lado entre outros objectivos. Podemos apenas
focarmo-nos na história mas para alguns pode ser uma desilusão pois é bem mais
curta que a dos jogos anteriores, sem uma luta final digna mas embora o final
do jogo seja satisfatório de certo modo. Claro que uma das partes que mais
importa, o combate é sem dúvida soberbo e divertido, especialmente porque
podemos abordar as situações de várias maneiras, com stealth se for caso
disso ou guns blazing com duas caçadeiras a semear o terror. E os
inimigos são também mais rijos, com muitos deles mecânicos embora tenham
modificado alguns que nos jogos anteriores eram muito mais agressivos como é o
caso dos Panzerhunds.
Esta tipa é o demónio! |
Wolfenstein
II: The New Colossus é um bom
jogo mas como sequela não posso dizer que tenha gostado a 100% devido a esta
mudança de direcção e ritmo. Isto parece ser recorrente com alguns FPS
recentes (o Shadow Warrior 2 é outro exemplo mas ainda não joguei)
mas espero que não se torne moda pois quando uma fórmula resulta não se mexe,
apenas se melhora. Existem ainda DLCs que não joguei pois não me apetece
pagar por conteúdo extra que devia ser gratuito. Pode ser que um dia isso mude
mas até lá temos aqui mais um JOGALHÃO DE FORÇA!
MURRALHÕES DE FORÇA:
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