29 de agosto de 2011

The Elder Scrolls IV: Oblivion [Game Of The Year Edition]

A caixa prateada partiu-se.
Desenvolvido por: Bethesda Game Studios, 4J Studios (PS3)
Publicado por: 2K Games, Bethesda Softworks
Produtor: Todd Howard
Designer: Ken Rolston
Artista: Matthew Carofano
Compositor: Jeremy Soule
Motor gráfico: Gamebryo, Havok (Física), SpeedTree (Tudo quanto é verdura)
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox 360, PC
Lançamento: Versão PS3 - 08-10-2007 (EU), 16-10-2007 (EUA)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (5.4GB), Gravação de progresso no disco rígido, HD 720p, Inclui todos os DLC e extras
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, DLC incluídos.

(Mais um dia, mais um jogo, depois de Setembro abrandamos.)

Traz tudo, TUDO!
Com o passar dos anos, apercebi-me que os RPG's não se limitavam só às aventuras que os japoneses criam, sendo que as raízes deste género são bem ocidentais e muito mais complexas do que se imagina. Tendo naturalmente começado pelos JRPG's, pensava que o género era algo muito oriental dada a estrutura do enredo, as opções de devaneio para com o mesmo e todo um conjunto de outros pormenores. Curiosamente, descobri mais tarde que qualquer RPG ocidental é bem mais flexível no que toca a desviar dos objectivos principais para andar a deambular sem rumo, coisa que actualmente é difícil de conseguir num JRPG. Enfim, esta "conversa" toda serve apenas para apresentar o jogo de hoje, que adquiri numa loja online por €9.90, algures em 2010, se a memória não me falha. Sendo a Game Of The Year Edition, traz ainda os DLC's dentro do disco, para grande felicidade minha. Só é pena ser a versão Platinum mas isso pouco importa.


Mapa, manual e disco.
The Elder Scrolls IV: Oblivion, tal como o nome implica, é o quatro jogo de uma série que começou no PC há uns bons anos atrás e que chega agora até às consolas da actual geração, conquistando novos fãs, assim com eu, que desconhecia esta saga. A história não é algo que me tenha cativado em especial, até porque tive muito tempo com este jogo em stand by por falta de interesse na mesma, mas assim resumidamente a acção decorre em Cyrodiil, uma província de Tamriel, o continente onde os jogos decorrem. Neste capítulo, o imperador Uriel Septim VII é escoltado por três guarda-costas, através dos esgotos da Imperial City, numa tentativa de escapar aos assassinos da Mythic Dawn, um culto que assassinou recentemente os três filhos do imperador. Nisto, o grupo encaminha-se para a nossa cela, que porventura é onde se encontra a passagem secreta para sair da cidade. Somos convidados a ajudar e no meio disto tudo, os membros da Mythic Dawn conseguem concretizar o seu objectivo no meio de uma escaramuça. O imperador antes de ser assassinado, confia-nos o Amulet of Kings, dizendo para procurarmos Jauffre, o homem que nos poderá ajudar a encontrar o seu descendente. Obviamente, com a morte do imperador, quebrou-se um pacto, que leva à abertura de diversos Oblivion Gates, começando assim uma invasão sem precedentes. Cabe-nos a nós resolver esta salganhada. As histórias das expansões são deveras mais interessantes e divertidas mas não as vou abordar, fica ao vosso critério descobrirem.

Distúrbios na cidade.
Oblivion marcou uma mudança dentro da saga, sobretudo no campo visual. Embora mantenha a mesma perspectiva que oscila entre primeira pessoa e terceira pessoa, o grafismo mostra-se agora muito mais realista, sobretudo a nível de ambientes, fazendo uso do motor de física Havok e do SpeedTree, especialmente para tudo o que concerne a arvoredo e folhagem, dando um aspecto fantástico ao ambiente circundante, onde tudo se move com realismo. Se há coisa que adoro neste jogo são os cenários, com uma imensidão que se perde no horizonte, variedade q.b. desde as cidades aos locais mais inóspitos como ruínas antigas e grutas labirínticas. Um dos pontos que menos aprecio são as personagens, que têm todas no geral um aspecto rude e mexem-se de forma pouco convincente em certas ocasiões. Mas isso podemos atribuir as culpas ao GameBryo, um motor de jogo terrível, na minha opinião, mas que pelo menos neste jogo parece funcionar pois em 86 horas de vício, não crashou nem uma única vez. Contudo, é injusto queixar-me destes detalhes quando o jogo é tão grande e densamente povoado.

A componente sonora em Oblivion é digna de um filme do género, pois esta banda sonora rendeu um prémio BAFTA ao seu compositor. A música faz-se sentir em todas as ocasiões, desde andarmos a "passear" pelos campos, às acesas batalhas com diversos inimigos e claro, quando nos encontramos de visita em qualquer cidade ou vilarejo. Esta música consegue remeter-nos para aquele universo quase que instantaneamente, proporcionando um excelente ambiente medieval. E obviamente os efeitos sonoros não podiam ficar atrás, de onde destaco em especial as horas e horas de voice-acting, pois existem centenas de NPC's com imensas opções de diálogo.

Esqueletos, são chatos em qualquer jogo!
Em Oblivion a jogabilidade é algo que é extremamente fácil de apanhar o jeito, pois a perspectiva na primeira pessoa não deixa muita margem para dúvidas. Atacamos, defendemos, usamos magia, saltamos, corremos, nadamos, enfim, tudo aquilo a que já nos habituámos. Se mudarmos para a terceira pessoa, continua a ser igual mas numa perspectiva diferente. Agora, o cerne da questão encontra-se na nossa personagem e no modo como a concebemos. Tal como em Fallout 3, criamos a nossa personagem de raiz, tendo que escolher a raça, algo que vai influenciar muito o decurso da acção pois cada raça tem atributos únicos e específicos. Um Imperial por exemplo, tem o dom do Imperador e é um ás no discurso mas existem outras raças que por exemplo podem ver no escuro ou sobreviver debaixo de água. É uma questão de escolha e é isto que determina o tipo de jogador que somos noutros jogos. Depois da personagem feita, começa a aventura e aqui fica ao critério de cada um, o que fazer. Ou seguir a história à risca, ou andar a explorar o vasto território de Cyrodiil, encontrando side quests com fartura. Também podemos andar numa de fechar Oblivion Gates se assim entendermos mas essa é uma tarefa hercúlea, até porque o jogo é difícil, mesmo em Normal. Isto deve-se ao facto dos inimigos e outras personagens subirem de nível à medida que nós subimos, mantendo sempre as coisas em pé de igualdade. Se começarem a sentir uma certa "azia" em algumas partes dos jogo, podem sempre baixar a dificuldade pois não são julgados nem penalizados por isso.

Que bem se está no campo...
Uma das coisas que mais gostei é mesmo a parte de explorar, descobrir novas localizações, side quests e essas coisas todas. É o que torna Oblivion tão apetecível, a sensação de liberdade quase total que tanto nos pode levar à glória, como também morrermos na praia ao dar de caras com um grupo de Necromancers armados até aos dentes com magia e armas mágicas. Embora tenha ignorado um bocado a história, confesso que adorei as expansões, tanto a Knights of the Nine, onde basicamente andamos a tentar reconstruir este clã, com imensas batalhas e puzzles para o conseguir, como a Shivering Isles, onde somos transportados para outro reino, mais concretamente sob o domínio de Sheogorath, um dos nomes que vamos ouvir muito no jogo. Neste reino, que se traduz numas quantas ilhas que podemos explorar, existem duas vertentes: Mania e Dementia, das quais escolhemos uma e as nossas acções têm relevância nos cenários e nas pessoas. É sem dúvida uma das melhores expansões que já joguei, desde sempre.

E The Elder Scrolls IV: Oblivion é isto, um excelente jogo com muitas e muitas horas de acção e diálogo pela frente para os mais pacientes. Não é um jogo para todos, é mesmo só para quem gosta portanto ficam avisados. E enquanto não sai o Skyrim, o quinto na série, este é sem dúvida um JOGALHÃO DE FORÇA!

Vamos à procura de um tesouro perdido, já amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Compraste o jogo a um óptimo preço. Concerteza que também fará parte da minha colecção, mas no PC. Aliás, já ando atrás do Morrowind GOTY há algum tempo.

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