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Artwork lindíssimo. |
Desenvolvido por: Square
Publicado por: Square
Director: Yasumi Matsuno
Produtor: Yasumi Matsuno
Designer: Yasumi Matsuno
Artista(s): Hiroshi Minagawa, Akihiko Yoshida
Argumentista: Yasumi Matsuno
Compositor: Hitoshi Sakimoto
Plataforma(s): PlayStation, PlayStation Network
Lançamento: 10-02-2000 (JP), 15-05-2000 (EUA), 21-06-2000 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (3 Blocos), Compatível com Controlo Analógico, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes.
(Mais um dia de Verão em que não é Verão.)
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Autocolantes do demónio! |
Embora isto possa parecer impossível, contraditório até, o facto é que existem jogos que consideramos perfeitos. Para provar isso, com muita experiência e rigor neste campo, existe uma revista de nome
Famitsu, no Japão, que conta com quatro pessoas a analisar o mesmo jogo sendo que cada uma atribui uma pontuação de 0 a 10, com base em todos os parâmetros e aspectos. Até hoje apenas 15 jogos levar o máximo de 40 pontos, alcançando assim um estatuto de perfeição pela conceituada revista. O jogo de hoje encontra-se entre esses 15 e é sem dúvida merecedor de todos os pontos que lhe derem por diversas razões que já irei abordar. Este meu exemplar, curiosamente, é daqueles jogos que não me lembro ao certo quando o comprei mas sei que foi na Fnac do Colombo, algures em 2000 tendo custado algo como cerca de 60 euros, mais cêntimo, menos cêntimo.
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Manuais e disco. |
Vagrant Story é mais um
RPG saído da "fábrica" que conhecemos por
Square, numa altura em que ainda faziam bons jogos deste género, especialmente na
PlayStation que conta com um catálogo bastante vasto e rico, no que concerne a qualidade. Este título leva-nos até à cidade ficcional de
Leá Monde com mais de dois milénios e cujas paredes testemunharam imensas batalhas, no reino de
Valendia que se encontra em plena guerra civil. É neste ambiente que
Ashley Riot, um membro dos
Valendia Knights of the Peace (VKP), persegue
Sydney Losstarot, líder do culto religioso conhecido por
Müllenkamp.
Sydney foi o autor do rapto do filho do
Duque de Bardoba,
Joshua e esse é um dos motivos pelos quais Ashley anda atrás dele, contando com a ajuda de
Callo Merlose, membro dos
VKP Inquisitors. Como se não bastasse e sem a aprovação dos
VKP,
Romeo Guildenstern, pertencente aos
Crimson Blades, também se encontra no encalço de
Sydney. Já sabemos no que isto vai dar.
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Esta senhora é que sabe. |
Para justificar a pontuação da
Famitsu, comecemos pela parte visual. É sem dúvida um dos jogos mais bonitos e vistos que já passou pela
PlayStation. Os cenários são fabulosos, claramente inspirados no sul de França em particular na cidade de
Saint-Émilion, algo que podemos ver nos edifícios da cidade de
Leá Monde bem como em toda a paisagem circundante, pois encontramo-nos numa ilha. Confesso que passei muito tempo a apreciar a arquitectura, tanto exterior como interior, deste jogo pois é lindíssima. Poderá não ser o jogo mais variado em termos visuais pois ora andamos pela cidade, ora andamos pelas masmorras mas ocasionalmente também vamos dar uma voltinha pela floresta. E se os cenários são excelentes, as personagens e inimigos também não se ficam nada atrás, com uns modelos tridimensionais extremamente detalhados, particularmente no caso dos inimigos, como por exemplo os
Wyverns que até com dano aparecem, desde setas a arpões cravados nas escamas. Apesar da
cutscene inicial do jogo ser em
CG, com uma qualidade impressionante, o jogo utiliza o próprio motor gráfico para as cenas mais marcantes, com balões de texto, assim muito ao estilo de uma BD interactiva.
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Onde já vimos semelhante sistema? |
Continuando a justificar o seu
perfect score,
Vagrant Story conta com uma banda sonora épica, ao bom estilo da
Square, com uma selecção de músicas memorável, desde as batalhas até ao mais simples acto de exploração de terreno. A música neste jogo é fabulosa e por si só devia ser considerada uma obra de arte. Aliás, todo o som em geral é magnífico, em particular quando nos encontramos nas catacumbas e conseguimos ouvir os ecos de algo ou alguém ao longe, bem como na cidade, onde temos sempre a sensação que anda ali alguém mesmo estando as ruas praticamente desertas. A única coisa que realmente tenho pena é não existir
voice-acting de espécie alguma, mesmo nas
cutscenes, daí os balões com texto. Pode ser que um dia façam uma versão actualizada ou
remake e completem este pequeno aparte.
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Ashley e Romeo, num dos primeiros encontros. |
A jogabilidade em
Vagrant Story é do mais simples que existe mas tem imensas nuances que temos de compreender para conseguir dominá-lo na totalidade. O controlo de
Ashley é intuitivo pois este anda, corre, salta, escala objectos e claro, luta tanto com armas como com magia. A câmara é manual pelo que podemos girá-la a nosso belo prazer, conseguindo o melhor ângulo para a situação em questão, seja para combater ou para resolver
puzzles. O jogo assenta num sistema de combate em tempo real mas com pausas, ou seja, vemos os inimigos no campo e ao aproximarmo-nos deles, carregamos num botão que abre uma esfera estilo aquilo que vimos em
Parasite Eve. Aqui podemos escolher que partes do inimigo devemos atingir bem como que ataque efectuar, seja com arma ou magia. É aqui que surgem as
Chain Abilities, onde temos de carregar nos botões com um
timing preciso para fazer o maior número de
combos e provocar o maior dano possível. Na defensiva, temos as
Defensive Abilities que funcionam do mesmo modo, permitindo reduzir dano ou prevenir alterações ao estado da nossa personagem.
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Este Wyvern aparenta ter fominha... |
Ashley pode ainda utilizar as técnicas denominadas por
Break Arts, onde parte da sua energia vital
(HP) por dano agravado. Tratando-se de um
RPG, vamos evoluindo não só a personagem como outros atributos. As armas e equipamento podemos fazê-lo nas
Workshops, com os materiais adequados, que conseguimos ao derrotar inimigos. Alguns destes são verdadeiros desafios e só aparecem depois de terminarmos o jogo uma vez, dando-nos acesso a materiais raríssimos e armas ainda mais raras. Por outro lado as magias são obtidas através de
Grimoires, que os inimigos deixam cair quando são derrotados e que ficam no nosso menu, podendo ser utilizados com os
Magic Points (MP). As magias não permitem
Chains. Uma das coisas mais notórias e importantes no meio disto tudo é o
Risk. Basicamente é uma barra que vai acumulando pontos à medida que vamos batendo no inimigo e que afecta a concentração de
Ashley. Quanto maior é o
Risk, fruto de atacarmos muito com
Chain Abilities ou defendermos muito com
Defensive Abilities, pior fica a nossa defesa e pontaria e por consequência, mais dano levamos de qualquer ataque inimigo. Para compensar, quanto maior o
Risk mais sorte temos de infligir
critical hits. O jogo aposta também fortemente na resolução de
puzzles para progredir, alguns deles complicados, que podemos repetir as vezes que quisermos depois de os completar, que se traduz num modo
time attack chamado
"Evolve, or Die!!". Se não gostarmos, podemos desligar essa opção.
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Vão para muitas vezes para ver a paisagem. |
Vagrant Story não é um jogo para todos. Apesar de parecer fácil, inicialmente, logo vão conhecer a parte negra do jogo que se traduz num aumento quase que instantâneo da dificuldade, podendo levar algumas pessoas ao desespero. Sim, o jogo é difícil, especialmente porque tem
bosses atrás de
bosses, surgindo estes quando menos esperamos. Obviamente todos têm a sua técnica e daí a esfera de combate permitir escolher onde atacar. Um
Wyvern ou um Minotauro, podem parecer um desafio pelo tamanho mas um
Lych consegue ser bem pior se o deixarem entoar cânticos para vos atacar com magia. Curiosamente o jogo partilha algumas coisas com outros jogos conhecidos, como por exemplo
Final Fantasy XII onde existem inúmeras referências a elementos que vemos em
Vagrant Story. Mas ainda que se possa pensar que
Vagrant Story se passa em
Ivalice, recentemente
Yasumi Matsuno disse que não, a ideia nunca foi essa e as referências são apenas
fanservice puro. Será que isto deita por terra a hipótese de um
Vagrant Story 2? Espero bem que não!
Já me estiquei nesta exposição mas sendo um dos meus jogos favoritos de sempre, tinha de mais uma vez recordar a experiência que foi magnífica e que até hoje me faz sentir saudades de o jogar novamente. Quem não o jogou, não tem desculpa se tiver uma PSP ou uma PS3 pois o jogo está disponível na PSN. Quem jogou, sabe certamente que este é um dos melhores jogos da PlayStation e também um JOGALHÃO DE FORÇA!
Amanhã deixamos os RPG's e voltamos à acção ninja, na PS2! :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Bem, tu tens quase todas as jóias da coroa da Square para a PS1, muito bem!
ResponderEliminarTenho esse jogo comigo, mas é apenas uma cópia que fiz algures em 2003. Agora que tenho uma PS1/2 queria ver se comprava o jogo original para o jogar, mas está difícil.
Como alguém me disse uma vez: sou um Square fag! xD Já fui mais, ultimamente só têm feito porcaria e isso dispenso. Mas sim a PS1 foi aquela consola que teve direito aos melhores de sempre.
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