27 de março de 2011

Illusion of Time

Tudo em castelhano, menos o título.
Desenvolvido por: Quintet
Publicado por: Enix (JP), Nintendo (EUA, EU)
Director: Masaya Hashimoto
Produtor: Yasuyuki Sone
Designer: Tomoyoshi Miyazaki
Artista: Moto Hagio
Argumentista: Mariko Ohara
Compositor: Yasuhiro Kawasaki
Plataforma: Super Nintendo
Lançamento: 27-11-1993 (JP), 01-09-1994 (EUA), 27-04-1995 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 16-megabit
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartucho.
Outros nomes: ガイア幻想紀 Gaia Gensōki ou "Records of the Illusion of Gaia" (JP), Illusion of Gaia (EUA)
Estado: Completo
Condição: Boa, a caixa apresenta algum desgaste.
Viciómetro: Acabei-o pelo menos 4 vezes.

(Domingo, comentários extra fora de serviço.)

É que é mesmo tudo!
Se existe consola onde se podem encontrar excelentes JRPGs é a Super Nintendo. É por excelência a máquina para a qual foram feitas algumas das maiores pérolas de sempre como Chrono Trigger, Final Fantasy IV, V e VI, Secret of Mana, entre muitos outros. Obviamente, poderíamos considerar que a PlayStation continuou esta demanda de nos presentear com excelente histórias e jogos tão memoráveis quanto estes mas o que nos interessa aqui são mesmo estas obras primas em 16-bit. E isto remete-nos para o jogo de hoje, que faz parte desse grupo de grandes jogos. Assim sendo, a sua chegada à minha colecção, uma vez mais é incerta pois não sei precisar nem o ano e muito menos a forma como chegou. Tenho uma remota lembrança de ter sido no meu 10º ano do secundário e creio que foi troca por troca. Ah, é a versão espanhola como podem verificar nas fotografias... :x


Cartucho e mega manual/guia.
Illusion of Time, conhecido por Illusion of Gaia nos Estados Unidos é um RPG da era dos 16-bit que mostrava muito bem o potencial da SNES tanto a nível gráfico como sonoro, não descurando claro está, todos os ingredientes para uma boa aventura com uma história enorme cheia de pequenos mistérios. A deste jogo em particular recai no jovem Will, um rapaz com gosto pela aventura, que descobre um misterioso Dark Space, onde dá de caras com um ser que se intitula Gaia. Completamente alheio ao factos, Will é informado por Gaia que um mal se aproxima e ele é o único capaz de salvar o planeta pelo que parte à aventura com a companhia da sua amiga Kara, sem saber ao certo o que lhe espera pela frente.

Uma das formas do nosso herói.
É impossível não se gostar deste tipos de jogos. Digo isto porque este no geral, tem tudo o que faz desta era dos 16-bit, a minha favorita, começando logo pela parte gráfica, magnificamente detalhada com todos aqueles pequenos pormenores que tornam os jogos desta era únicos. O sprites são animados com todos os cuidados e mais alguns, as cidades, vilas, ruínas e tudo mais estão extremamente bem desenhadas fazendo com que a experiência de jogo seja bastante recompensadora. E tratando-se de uma Terra semelhante à nossa, imediatamente vamos reconhecer alguns marcos conhecidos tais como a Muralha da China, Angkor Wat, as ruínas Inca, os desenhos no deserto de Nazca e as grandes pirâmides no Egipto, culminando na lendária e imaginária Torre de Babel. Todos estes locais estão recriados em toda a glória dos 16-bit da SNES, como nunca antes visto.

No campo musical e auditivo, Illusion of Time está ao mesmo nível dos grandes da SNES, com uma composição sonora bastante boa e no geral faixas memoráveis. Ao longo do jogo é normal que nos habituemos a estas faixas pois, à semelhança de qualquer bom RPG, acabamos por ficar com a música quase que eternamente gravada na nossa memória. Os sons típicos dos 16-bit também desempenham um excelente trabalho pelo jogo fora, sem nenhuma espécie de problema.

Aqui mudamos de forma e salvamos o jogo.
Embora não seja um RPG puro, na medida em que as batalhas não são por turnos mas sim em tempo real, Illusion of Time assemelha-se mais a um Zelda ou mesmo a um Secret of Mana, do que a uma Final Fantasy. A meu ver, assemelha-se mais a Zelda, visto a energia estar representada por figuras, neste caso bolinhas azuis, em vez de números e a acção ser bastante directa estando os inimigos à vista. Por outro lado distancia-se deste por não existirem itens tais como equipamento, havendo apenas alguns de recuperação. Mas isto tem uma explicação que atenta no facto de podermos jogar com 3 personagens, ou melhor, para além de Will controlamos os seus alter-egos que são Freedan, um cavaleiro e Shadow, uma forma etérea. Estes são notoriamente mais fortes do que Will e serão necessários para resolver certos puzzles ou derrotar certos bosses, visto Will não ter força suficiente para tal. Um defeito que o jogo tem, ou melhor, um dos defeitos é a falta de backtracking, ou seja, é muito linear e uma vez que tenhamos explorado uma determinada área e derrotado o boss, não há regresso o que se pode tornar monótono para algumas pessoas. Por outro lado, a única sidequest que existe resume-se a coleccionarmos umas red orbs, que têm uma certa influência no final mas que podemos falhar se não explorarmos bem todos os cantinhos e visto não podermos voltar atrás, obriga-nos a uma inspecção minuciosa de todas as áreas. Mas não são estas pequenas coisas que o deitam abaixo, longe disso.

Aquela gaivota é suspeita.
Como seria de esperar e sendo quase que tradição nesta altura, existem diferenças face à versão japonesa e americana, a começar pelo nome. Não sei porque razão na Europa levou com este nome mas a versão PAL australiana, chama-se... Illusion of Gaia! Logo não entendo. Por outro lado diversas modificações e omissões foram feitas a nível de diálogos, textos, sprites até e mesmo os cenários. Tudo em nome da religião e misticismo para evitar ferir susceptibilidades. Para terem uma ideia, logo na cena inicial, Will está na escola, supostamente numa aula. Na versão japonesa, está numa igreja e ao falar com o padre dá-se inicio a uma reza. Na nossa versão, ele recita um poema. Pequenos pormenores que não aborrecem mas teria sido preferível serem deixados intactos para bem da humanidade.

Não sendo um jogo que possa recomendar a todos, é certamente um para os fãs do género pois não se vão arrepender de o jogar. No caso do meu jogo, só peca por ser a versão espanhola, logo tiver de levar com os textos todos em castelhano mas até foi bom porque aprendi algo enquanto me divertia. Por essa mesma razão, é um JOGALHÃO DE FORÇA! :)

Outro RPG já amanhã, aqui para não variar. Logo, apareçam...

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Esse está em fila de espera para jogar aqui no emulador... :P

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