10 de junho de 2011

The Legend of Zelda: A Link to the past

Estes ecrãs antigos são nostálgicos.
Desenvolvido por: Nintendo EAD
Publicado por: Nintendo
Director: Takashi Tezuka
Produtor: Shigeru Miyamoto
Argumentista(s): Kensuke Tanabe, Yoshiaki Koizumi
Compositor: Koji Kondo
Plataforma(s): Virtual Console, Super Nintendo, Game Boy Advance
Lançamento: 21-11-1991 (JP), 13-04-1992 (EUA), 24-09-1992 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Suporte Digital
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da Wii
Outros nomes: Zelda no Densetsu: Kamigami no Triforce (ゼルダの伝説 神々のトライフォース) (JP)
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o várias vezes.

(Solinho! Finalmente.)

Link esqueceu-se do guarda-chuva...
No tempo da Super Nintendo, os preços do software e mesmo do próprio hardware não eram nada convidativos. Pior ainda era o facto de não existir internet como hoje, onde existe um mar de oportunidades e pechinchas à espera dos exploradores como eu, pelo que a única opção era comprar os jogos nas lojas. Mas como cada jogo custava os olhos da cara, dois jogos por ano era por norma o que recebia, um no Natal e outro nos anos. Com alguma sorte, um nas férias do Verão por ter passado de ano com boas notas. É por este mesmo facto que não tenho uma colecção de SNES bem maior e arranjar estes mesmos jogos em suporte físico nos dias que correm é um desafio pois dois factores tenho sempre de considerar: o estado do material e o preço que pedem pelo mesmo E aqui é que é preciso ter mesmo muita sorte em achar um bom negócio. Ainda assim a solução mais fácil é adquirir exemplares em formato digital na Wii Shop Channel como foi o caso do jogo de hoje. Até que um dia o arranje a "sério"... Em 2023 lá arranjei um exemplar (apenas o cartucho), por cerca de 35 euros na Play N' Play.


Derrota-se o mauzão e fica-se com a miúda.
The Legend of Zelda: A Link to the past é uma prequela do jogo original de NES e da sequela deste, por incrível que pareça. Quando todos pensavam que era uma sequela dos dois anteriores, surge a revelação que afinal é o primeiro de todos. Mas isso não impediu ninguém de o desfrutar, antes pelo contrário, pois naquela época era puto e queria era jogar mais um Zelda. Neste assumimos o papel de um Link mais novinho, que recebe uma mensagem telepática da princesa Zelda, que se encontra cativa nas masmorras do castelo. Após uma pequena missão de salvamento, Link e Zelda escapam através de uma passagem que vai dar a um santuário. Aqui um homem informa-os que o feiticeiro Agahnim planeia partir os selos dos Seven Sages, que foi feito há centenas de anos atrás para prender o terrível Ganondorf. Assim Link tem em mãos uma nova demanda que se vai estender a mais do que um só mundo.

Reparem no polvo gigante.
Tendo sido um dos primeiros títulos de SNES, A Link to the past é lembrado com saudosismo e acima de tudo, considerado um dos melhores jogos desta consola. Não é para menos pois a começar pela parte gráfica extremamente cuidada e cheia de pequenos pormenores, este jogo é no mínimo delicioso para que aprecia a simplicidade dos visuais bidimensionais. Sprites pequeninos mas detalhados, super fluidos e com cenários variados e densamente povoados de objectos, A Link to the past é um jogo espectacular. Mais ainda por nem sequer fazer pleno uso das capacidades da SNES pois nesta época o máximo que os cartuchos tinham eram 8-megabit. Isto significa que foi feito uso de compressão gráfica e a palete de cores apenas chega às 8 e não às habituais 16. Contudo isto não se nota devido a este processo de descompressão e à eliminação de duplicação, algo que podemos vislumbrar por exemplo na transição entre o Light World e o Dark World visto serem virtualmente idênticos.

Mas deixando os pormenores técnicos de lado e passando à parte audível, A Link to the past conta uma vez mais com o excelente trabalho de Koji Kondo, um mestre nestas andanças. Aproveitando as músicas originais, deu-lhes um novo gostinho, compondo ainda algumas completamente novas que, tal como qualquer fã de Zelda sabe, foram aproveitadas para quase todos os jogos que se seguiram. Não ignorando o som em geral, este é também muitíssimo bom, algo comum a todos os jogos produzidos pela Nintendo.

A Master Sword! Siga fazer estragos.
Onde este jogo realmente prima, à semelhança de quase todos na série é na jogabilidade e nas novidades que introduz. Se por um lado tudo se processa como de costume em termos de exploração, combate e afins, A Link to the past é o primeiro jogo a apresentar transição entre dois mundos, o Light World e o Dark World, onde para explorarmos o segundo precisamos de um item específico para não mudarmos de forma. Isto não só torna o jogo mais interessante como duplamente maior, onde a exploração aumenta consideravelmente e as nossas acções em ambos os mundos têm impacto um no outro. Este conceito foi novamente utilizado em Ocarina of Time. Novos itens fizeram também a sua aparição neste jogo como por exemplo o Hook Shot que nos permite chegar a sítios aparentemente inacessíveis e as Pegasus Boots que nos permitem correr e investir contra inimigos. Por outro lado Link ganhou mais agilidade nos seus movimentos, sendo o controlo mais fluido e podendo agora andar na diagonal, facilitando imenso os combates. E falando em combates, imensas masmorras com bosses enormes estão à nossa espera, exigindo bastante estratégia em alguns casos, fazendo com que este jogo seja um dos mais desafiantes na série, sem se exceder na dificuldade.

Ganon em "pessoa".
Este jogo foi mais tarde lançado para GBA com o nome The Legend of Zelda: A Link to the past & Four Swords, com algumas pequenas modificações, sobretudo a nível de sons e efeitos. O Four Swords, pensado para multiplayer, é independente mas o progresso feito neste jogo permite desbloquear coisas nos outro, como por exemplo uma nova masmorra.

E pouco mais tenho a dizer sobre este brilhante jogo a não ser, joguem-no! Se tiverem uma Wii é fácil, está disponível na loja online, é só chegar lá e gastar pontos. Se não têm, bom existem outras maneiras mas quem lê isto sabe como o fazer. Seja como for, este é sem dúvida um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã, uma família muito conhecida vai passar por estas bandas. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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