30 de junho de 2011

Resident Evil 3: Nemesis

A besta na capa!
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom (JP/EUA), Eidos Interactive (EU)
Director: Kazuhiro Aoyama
Produtor: Shinji Mikami
Argumentista: Yasuhisa Kawamura
Compositor(es): Masami Ueda, Saori Maeda
Plataforma(s): PlayStation, PlayStation Network, PC, Dreamcast, Nintendo GameCube
Lançamento: 22-09-1999 (JP), 11-11-1999 (EUA), 08-12-1999 (EU)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco), Compatível com Controlo Analógico, Compatível com Função de Vibração
Outros nomes: Biohazard 3 - Last Escape (バイオハザード3 ラストエスケープ) (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes.

(Os tipos do GameTrailers deviam ponderar seriamente deixar de pontuar os jogos que analisam para não se contradizerem.)

E a heroína atrás, não é justo!
Sendo a saga Resident Evil uma das minhas preferidas dentro das jogatanas é natural que muitos mais jogos surjam por aqui. Não é que os tenha a todos, até porque alguns não me interessam por vários motivos, mas grande parte está na colecção e aos poucos estarão aqui todos reunidos e devidamente analisados, mesmo quando se tratem de versões do mesmo jogo para diferentes sistemas. E nada melhor que ir analisando uma saga que tem vindo a evoluir, acompanhando os tempos, com as devidas mudanças e melhorias. O jogo de hoje introduziu diversas novidades e é sem dúvida responsável pelas melhorias que se sucederam. O meu exemplar foi comprado na tal loja em Almada que já não existe, um dia antes do seu lançamento, tendo custado cerca de 9 mil escudos.


Manual, papelada e disco.
Resident Evil 3: Nemesis é o terceiro capítulo na sangrenta saga da Capcom, onde os zombies têm o papel de destaque, ainda que a coisa não se centre neles. Neste terceiro jogo, continuamos em Raccoon City mas no papel de Jill Valentine, que não aparecia desde o primeiro. O jogo decorre em duas fases, sendo que começa 24 horas antes dos acontecimentos de RE2, onde Jill tenta desesperadamente sobreviver a este holocausto zombie contando com a ajuda de Carlos Oliveira. 24 horas depois, já Leon e Claire estão a salvo, Jill continua a debater-se para escapar da cidade, contando com uma nova ameaça que a persegue durante o jogo inteiro e que se chama Nemesis.

Jill com o fato de Regina, de Dino Crisis.
Continuando a tradição dos seus antecessores, RE3 opta pelo grafismo pré-renderizado para tudo quanto é cenário, nitidamente superior aos anteriores, onde o detalhe e a pormenorização continuam em alta. Os modelos tridimensionais das personagens e inimigos continuam a povoar estes cenários, sendo acompanhados também por diversos objectos em 3D que rapidamente sobressaem sempre que temos de lhes dar uso. Os modelos das personagens estão também melhorados face aos antigos. As cutscenes são à antiga, recorrendo ao CG para ilustrar algumas das fases mais emblemáticas da acção, sempre com um elevado nível de qualidade e que tanto gosto dava ver neste época. E forma nostálgica, ainda dá.

A banda sonora continua a ser um dos pontos fortes da saga e neste caso temos uma selecção de excelentes músicas que transmitem muito bem o ambiente que a Capcom pretendeu. Mas isto é algo ao qual já estamos habituados, portanto nada de novo. O som no geral está também ao mesmo nível, com bons efeitos sonoros, tanto das armas, como dos zombies e demais criaturas. O voice-acting é também convincente e afasta-se cada vez mais daquilo que pudemos ouvir (e rir) no primeiro jogo.

Aqui com o fato clássico no massacre.
Não se afastando do padrão convencional da série, conhecido também por tank controls, RE3 aposta na inovação e refinou este esquema de controlo, introduzindo alguns movimentos muito bem recebidos. Um deles, tornou-se comum após este jogo, sendo conhecido por 180• turn, onde podemos virar a personagem instantaneamente na direcção oposta, permitindo-nos uma resposta rápida a um ataque, ou uma fuga rápida. Para apimentar mais a acção foi introduzido o Live Selection Mode, que se resume a termos de escolher uma de duas opções, em determinadas alturas do jogo, com muito pouco tempo para decidir. Isto tanto nos pode conduzir a porto seguro, como nos matar mas a piada reside aí mesmo. É agora também possível esquivar ataques inimigos se pressionarmos o botão exacto no momento certo, colocando-nos em vantagem. Outra novidade está associada aos inimigos, puzzles e objectos, que agora são aleatoriamente colocados no cenário, podendo nem sempre estarem no mesmo local. Já os objectos-chave estão sempre no mesmo sítio. Outros objectos incluem barris e aparatos explosivos, que nos permitem limpar áreas povoadas com poucos tiros, ou pelo menos provocar grandes danos nos inimigos. Não se cingindo apenas a isto, RE3 introduz ainda componentes para podermos criar diversos tipos de munição.

Nemesis só quer dar amor!
Mas a meu ver, a grande novidade em RE3 é mesmo Nemesis, uma Bio-Organic Weapon (B.O.W.) criada pela Umbrella Corporation cuja a única função é eliminar todos os membros dos S.T.A.R.S. sem dó nem piedade. Este bicho vai andar atrás de Jill o jogo inteiro e a verdade é que de inicio não temos o poder de fogo suficiente para lhe fazer frente. Mesmo que o evitemos em certas alturas, ele persegue-nos, partindo paredes e portas, pelo que sair de uma sala para outra, nem sempre resulta. Caso consigamos derrotá-lo neste confrontos, ganhamos uma peça para montar uma arma especial, tal como acontecia em RE2 com as spare parts que íamos apanhando. Ainda que joguemos 90% do jogo com Jill, vamos controlar Carlos numa parte específica e os outros membros da UBCS num mini-jogo chamado The Mercenaries - Operation Mad Jackal, onde o objectivo é ir do ponto A ao ponto B, eliminando inimigos, salvando civis e derrotando vários Nemesis. Se conseguirmos somos recompensados com extras para usar no jogo principal, tais como munição infinita, uma minigun entre outros. Este mini-jogo é a origem do modo Mercenaries em RE4, RE5 e o mais recente da 3DS.

Não me querendo esticar mais com este excelente jogo, Resident Evil 3: Nemesis foi uma boa surpresa ainda que continue a preferir o primeiro e em especial o segundo que para mim é o melhor jogo da saga. Contudo, este inovou e como tal é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Voltamos aos samurais e monstros, amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Tenho a conversão GC e terminei-a no verão passado, foi o jogo da série que menos gostei, Resident Evil em cenários urbanos não é grande coisa para mim. :P
    Contudo lembro-me da altura em que o jogo saiu e babar-me para as CGs...

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