14 de junho de 2011

Metal Gear Solid 3: Snake Eater

Mais uma excelente capa.
Desenvolvido por: Konami Computer Entertainment Japan / Kojima Productions
Publicado por: Konami
Director: Hideo Kojima
Produtor: Hideo Kojima
Designer: Hideo Kojima
Artista: Yoji Shinkawa
Argumentista: Hideo Kojima
Compositor(es): Harry Gregson-Williams, Norihiko Hibino, Shuichi Kobori, Nobuko Toda, Rika Muranaka, Star Sailor
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 17-11-2004 (EUA), 16-12-2004 (JP), 04-03-2005 (EU)
Género: Acção, Aventura, Stealth 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (90KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração, Compatível com Ethernet Adapter.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes.

(Mais um jogo na colecção e outro a caminho...)

Hoje é dia de mais uma ronda de Metal Gear, visto não faltarem jogos da saga nesta colecção. Ainda que me falte jogar ambos os originais de MSX, até os arranjar ou estes serem alvo de um remake, vou-me entretendo com os outros. O problema é que já os acabei quase todos, faltando apenas o Portable Ops de PSP, que considero inferior a qualquer um dos outros por diversos motivos. Mas esse não é o jogo que aqui trago hoje, embora seja a sequela e esteja relacionado de certa forma. O de hoje entrou na colecção, pouco tempo depois de ter sido lançado em terras lusas, tendo sido adquirido na Fnac do Almada Fórum, porque nessa época eu ainda não tinha descoberto o maravilhoso mundo do online shopping.


Autocolantes... nhec!
Metal Gear Solid 3: Snake Eater, marca o regresso de Snake à PS2, sempre em grande estilo e a debitar a mais alta qualidade no que respeita a grafismo, som e claro, jogabilidade. Cronologicamente, este é o primeiro jogo da saga e a meu ver caso não tenham jogado nenhum, devem começar por este por uma questão de principio e mesmo ordem. Não é que isso tenha algum tipo de implicação nos outros, é mesmo por fazer sentido. A trama de MGS3 decorre em plena Guerra Fria, no ano de 1964, onde o nosso herói, Naked Snake tem por missão resgatar um cientista russo de nome Sokolov que se encontra algures na selva de Tselinoyarsk na Rússia. Embora tudo corra como previsto, a dada altura, a sua superior conhecida por The Boss, decide passar-se para o lado do inimigo deixando Snake em mau estado, literalmente. O Coronel Volgin, detona assim um dos mísseis David Crockett para encobrir toda a situação, ficando The Boss com a culpa pelo sucedido. Após estes eventos, os russos culpam os Estados Unidos pelo ataque em solo soviético, embora num encontro secreto entre o Presidente americano Lyndon Johnson e o Primeiro-ministro soviético Nikita Khrushchev, acordem que para declarar a inocência dos americanos, Naked Snake será enviado novamente para deter Volgin e eliminar The Boss, agora uma traidora da nação. O resto é para se jogar.

Manual, papelada e DVD.
Mantendo os padrões de qualidade dos anteriores, MGS3 prova ser um jogo visualmente fabuloso. Se achavam que o anterior era bom, este consegue surpreender por puxar os limites da PS2 até níveis nunca antes pensados. A acção decorre essencialmente na selva e para tal é preciso conseguir cativar o jogador. Em MGS3, nenhum pormenor foi deixado ao acaso e o ambiente é algo que nos transporta para dentro do jogo sem sequer darmos por isso. É impressionante ver como foi criado um mundo tão real dentro de um simples jogo, onde tudo mexe e tem vida, e cada passo que damos deve ser calculado para que não tenhamos encontros menos felizes. A atenção ao pormenor está ao virar de cada esquina, desde os cenários extremamente bem conseguidos, seja na selva ou mais tarde em complexos industriais, até às personagens que se mexem com fluidez e subtileza, graças também ao motion capture, bem como toda a vida animal que povoa este jogo. É de salientar que ao contrário do jogo anterior, este teve direito a um motor gráfico novo, devido à própria simetria do terreno, que nos permite ter altos e baixos, bem como outros tipos de obstáculos, tornado o jogo bem mais complexo. A única coisa da qual reclamo é mesmo da câmara fixa, algo que mais tarde corrigiram quando lançaram a versão Subsistence, onde a câmara é manual.

Não deixando os créditos por mãos alheias, a parte sonora também faz um trabalho de louvar. A começar pela música, com aquela qualidade à qual o senhor Harry Gregson-Williams no habituou, contando claro com a preciosa ajuda de Norihiko Hibino, que compôs o tema de abertura, Snake Eater, claramente inspirado nos filmes de James Bond, algo que gostei imenso. A juntar à excelente banda sonora, o voice-acting continua no topo, com diálogos muito bons, onde a coerência anda de mãos dadas com a jocosidade. É algo característico desta saga e é impossível desassociar este dois conceitos. Obviamente que não me esqueço de toda a parte sonora, que incluí tudo desde o som ambiente, que na selva é perfeito, aos sons das armas e tudo aquilo a que a saga nos habituou desde cedo.

Snake faz um refém após a borrada.
Chegados à parte jogável, deparamo-nos com alguns diferenças notórias em vários aspectos. Embora a acção decorra da maneira habitual, este novo Snake tem muito mais movimentos que o anterior. Quero com isto dizer que, não se resume somente às armas de fogo mas ao CQC (Close Quarters Combat), algo que nos permite derrubar os inimigos sem fazer muito barulho e acima de tudo conseguir extrair informações, antes do K.O. ou mesmo morte. Isto confere desde logo uma nova dinâmica à jogabilidade. Por outro lado, tal como nos anteriores, o incentivo a não matar, não ser visto e avançar cautelosamente é a ordem do dia e neste jogo as recompensas são boas e compensadoras. É claro que este não é o único motivo, outro é mesmo a falta de tecnologia que não nos permite ter tanta visão de campo e obriga-nos a ser mais cautelosos. Como se isso fosse pouco a IA dos inimigos é bem mais avançada, permitindo a estes alterar os seus padrões de patrulha, comportamento e até de combate. Se fizermos borrada, vamos ter de esperar bastante tempo até o alarme ser levantado, podendo por vezes levar até 5 minutos! É aqui que entram as camuflagens, que nos permitem ganhar vantagem sobre o inimigo nos mais variados terrenos e ambientes.

O primeiro boss e as suas amiguinhas.
Tornando o jogo ainda mais realista, à barra de vida juntou-se a barra de stamina. A de vida basicamente monitoriza a nossa condição e para tal é preciso termos atenção às nossas acções, pois Snake pode partir ossos, sofrer cortes, levar com tiros e afins. Para tal precisamos dos itens adequados para o curar, caso sofra alguma destas mazelas, tornando o jogo bem mais divertido. A barra de stamina traduz-se na nossa resistência e para a manter cheia temos de alimentar o nosso herói. Como, perguntam vocês? Alimento não falta na selva, desde roedores a repteis, a maioria dos animais são comestíveis, ainda que alguns sejam indigestos e provoquem azia a Snake, algo que temos de tratar na hora para não perdermos energia. Sim, o jogo tem isto tudo e acreditem que é um espectáculo pois mais nenhum outro fez uso deste conceito, para grande infelicidade minha. Ainda numa de inovação, as batalhas com os bosses são agora muito mais estratégicas, fazendo com que pensemos bem antes de agir. Por outro lado, os cenários de batalha são amplos, permitindo bastante liberdade de movimentos, especialmente na batalha contra o The End, onde podemos usar uma grande porção da selva para nos escondermos, numa das mais épicas batalhas de sniping que os videojogos já puderam presenciar ao longo de todos estes anos. O jogo conta ainda com uma componente online, que nos permite fazer download de camuflagens não disponíveis no jogo.

The Boss, uma das mulheres da vida de Snake.
A título de curiosidade, MGS3 era para ter sido lançado na PS3 mas visto que esta iria demorar algum tempo até ser lançada, o senhor Kojima decidiu apostar na PS2 e o resultado está à vista. Agora recentemente foi anunciada uma versão HD que irá fazer parte da colectânea Metal Gear Solid HD Collection, em conjunto com MGS2 e o belíssimo Peace Walker. Para quem tem 3DS, irá ter também possibilidade de jogar esta aventura de Snake, on-the-go, ainda que o ideal seja confortavelmente sentadinho no sofá, em frente a um ecrã de televisão.

Mais palavras para quê? Joguem-no porque merece cada segundo do vosso tempo! E sem sombra de dúvidas é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã trago outra aventura desta saga, com outro Snake. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

2 comentários:

  1. Para uma PS2, o jogo está realmente impressionante. Já tive a oportunidade de o comprar, mas estou à espera de ver uma versão do Subsistense mais barata, visto esta trazer os jogos originais da MSX em inglês. Ou então acabo por comprar a versão normal mesmo e jogo os jogos da MSX num emulador, que já existem patchs com traduções feitas por fãs.

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