1 de junho de 2011

Tatsunoko Vs. Capcom: Ultimate All-Stars

Artwork brutal!
Desenvolvido por: Eighting
Publicado por: Capcom
Director: Hidetoshi Ishizawa
Produtor: Ryota Niitsuma
Plataforma: Nintendo Wii
Lançamento: 26-01-2010 (EUA), 28-01-2010 (JP), 29-01-2010 (JP)
Género: 2.5D Fighting
Modos de jogo: Modo Arcade para um jogador, Modo Vs. para dois jogadores local ou online, Outros modos de jogo para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da Wii, Compatível com o modo 50/60Hz, Compatível com o modo EDTV/HDTV
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Falta-me só acabar com uma personagem, de resto está tudo acabadinho e desbloqueado.

(Feliz dia da criança! :D)

Sem autocolantes!
Confesso que nunca fui fã de crossovers, isto já desde o tempo da PlayStation onde começaram a aparecer os primeiros ports, directamente das arcadas, com uma qualidade bastante aceitável. Achava este sub-género confuso, atabalhoado até devido à quantidade de personagens e a estarem demasiadas em simultâneo no ecrã. Contudo após jogar alguns fui-me ambientando sem nunca me tornar fã nem sequer dominar os jogos em si. Há uns tempos começaram a falar num jogo que misturava personagens da Capcom, de vários jogos, com personagens da Tatsunoko, conhecida por várias séries de anime antigas. Fiquei curioso com esta combinação e devido à críticas positivas lá me decidi a comprar o jogo, que me ficou por cerca de 16 euros tendo vindo de uma loja online, não me lembro qual. Escusado será dizer que fiquei fã...


Tatsunoko Vs. Capcom: Ultimate All-Stars é um jogo de luta que se desenrola numa perspectiva 2.5D devido ao grafismo tridimensional e ao plano de jogo bidimensional. A história gira em torno de algo demasiado confuso para sequer tentar perceber mas ao que parece as personagens foram todas reunidas para se defrontarem entre si e conseguirem no final eliminar o causador disto tudo que é nada mais nada menos que uma conhecida personagem de Okami.

Mais um excelente exemplo da artwork.
Como já referi, visualmente apresenta-se com um bonito grafismo 3D, tanto em termos de personagens como de cenários, ambos extremamente detalhados e recorrendo ao cel-shading para proporcionar aquele look cartoonish. As personagens em si aparecem em vários tamanhos, desde os mais pequeninos até aos gigantescos que mal cabem no ecrã, mas todas dotadas de excelentes animações e com uma fluidez impressionante. Os efeitos visuais são algo que se destaca neste jogo pois a sua utilização é feita um pouco por toda a parte, especialmente nos ataques especiais e seus derivados. Atrevo-me a dizer que deve ser também dos jogos mais coloridos que vi na Wii, até hoje.

Em termos sonoros, TvC é impecável. A banda sonora é brutal, totalmente adequada ao tipo de jogo, com boas músicas que mantêm a acção sempre no topo. Efeitos sonoros também conferem, algo que por norma neste género nunca falha, felizmente. O voice-acting, é utilizado com frequência pois qualquer personagem tem sempre algo a dizer, à excepção dos robots que não falam. Curiosamente optaram por manter a maioria das vozes em japonês, embora se trate de um jogo lançado no ocidente, o que a meu ver foi um bom gesto e uma excelente aposta em manter as coisas o mais fiéis possível, face ao original. Sim, existe um jogo antes deste mas já lá vamos.

Ryu começa em bem a ronda...
É na parte da jogabilidade que TvC revela ser um excelente jogo e acima de tudo, viciante para qualquer tipo de jogador. Com um elenco de 26 personagens seleccionáveis, algumas delas secretas, TvC assenta numa mecânica simples de equipas de duas pessoas, que podem trocar de lugar durante o combate e acima de tudo ajudarem-se mutuamente. Para tal, utiliza um layout simples de três ataques: fraco, médio e forte, em conjunto com um botão partner. Combinações destes botões resultam em outros tipos de ataques e afins. Mas é a sua simplicidade que o torna apelativo, pois tanto podemos jogar com o Wii Remote, o que torna a jogabilidade ainda mais simples, ou com o Classic Controler para uma abordagem mais séria. Se forem fãs das arcadas, um arcade stick é o mais próximo que conseguirão da coisa a sério. É neste campo que também surge o domínio do jogo. É fácil de jogar, mas difícil de dominar, especialmente ataques mais complexos e sobretudo os combos. Estes vão desde as tradicionais sequências de botões com golpes especiais pelo meio, aos mais complexos Air Combos e ainda mais complicados Baroque Combos, que basicamente nos permitem estender um combo normal, sacrificando para tal um bocado da nossa barra de energia, mas apenas a parte a vermelho que é a que regenera.

Motoserras, algo sempre útil!
Ainda assim temos os Hyper Combos e Team Hyper Combos que requerem alguma destreza manual e acima de tudo timing, as Universal Techniques, que são diferentes para cada personagem e golpes como o Mega Crash, que nos permite criar uma barreira temporária para impedir ataques do adversário mas consomem a nossa barra de Hyper Combo e consequentemente a de energia também. A barra de Hyper Combo neste jogo serve para quase tudo e há que a manter sempre cheia para poder realizar certos ataques. Por exemplo, um Team Hyper Combo precisa no mínimo de duas barras mas com três podemos realizar ainda algo melhor.

Um daqueles ataques especiais.
No que toca a personagens, TvC tem muitos conhecidos de vários jogos tais como Street Fighter, Megaman, Onimusha, Dead Rising, Viewtiful Joe, Rival Schools bem como da televisão, oriundos de séries conhecidas entres as quais Gatchaman, Casshern, Karas e Yatterman. Poderão não as conhecer todas pois algumas são bastante antigas. Curiosamente, este jogo nem sequer era para ter sido lançado no ocidente, por diversos motivos sendo que um dos principais eram as questões de licenciamento devido a diversas empresas no ocidente, nomeadamente nos Estados Unidos e Europa, deterem os direitos destas séries de televisão. Com isto gerou-se uma grande confusão mas o sucesso do jogo original foi de ta ordem, que muitos o importaram para poderem jogá-lo, o que levou a Capcom a reconsiderar algumas acções para poderem lançá-lo no ocidente. E assim foi, o original Cross Generation of Heroes, teve direito a uma versão actualizada com novas personagens mas uma das antigas foi retirada pelas mesmas questões que referi acima. Algumas diferenças cosméticas foram levadas a cabo, nomeadamente os finais que eram em vídeo e foram substituídos por ilustrações do estúdio UDON. Isto foi algo que não vi de bom grado mas enfim. Por outro lado, os mini-jogos para cada personagem foram omitidos e substituídos por um chamado Ultimate All-Shooters, onde podemos controlar quatro personagens diferentes num shoot 'em up à antiga, que permite até quatro jogadores. Mas fora isso, tudo o resto foi rebalançado tornando o jogo ainda melhor e possível de ser jogado por um maior número de pessoas. Os japoneses é que tiveram sorte pois podem jogar ambas as versões.

Mas resumindo isto tudo, Tatsunoko Vs. Capcom: Ultimate All-Stars é sem dúvida o melhor jogo de pancada que a Wii tem para oferecer, na minha modesta opinião. É simples, viciante e adequado para qualquer tipo de jogador, com um vasto elenco e lutadores para todos os gostos. Com tanta coisa boa para oferecer é sem dúvida um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã é dia de clássico na SNES... :) 

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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