31 de maio de 2011

Killzone [Limited Edition]

Mais uma edição limitada.
Desenvolvido por: Guerrilla Games
Publicado por: SCEE
Compositor: Joris de Man
Motor gráfico: Proprietário (Versão modificada de Shellshock: Nam '67)
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 02-11-2004 (EUA), 26-11-2004 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer local para dois jogadores e online para até 16 jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (64KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração, Compatível com Headset USB
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, poucas horinhas no online.

(Mais dois jogos novos na colecção... :X)

Em bom Português.
Sempre gostei de FPS, desde o tempo do Wolfenstein, onde o jogo não passava do mesmo e arrastava-se por N níveis. Depois passei ao DooM onde as coisas eram bem mais variadas mas em última análise, mais do mesmo ao fim de alguns níveis. Mas como as coisas evoluem, felizmente, este género tornou-se mais diversificado e sobretudo mais apelativo não se cingindo apenas a atirar a matar mas também a alguma exploração e cumprimento de objectivos. Ainda que o PC seja a máquina suprema para este tipo de jogos, as consolas começaram a ganhar terreno ainda no tempo da PlayStation, provando que era possível jogar bons FPS com um simples comando. A verdade é que resultou e muito bem, dando origem a diversos novos jogos deste género, alguns deles exclusivos de certas consolas como é o caso do jogo de hoje. Este meu exemplar foi adquirido na Fnac do Almada Fórum, há uns anos atrás por 20 euros. É a edição de coleccionador que para além de vir numa caixa de cartão, faz-se acompanhar de um DVD com o Making Of.


Manual, disco e DVD do Making Of.
Killzone é um dos exclusivos da PS2 que na época era intitulado como o Halo-killer, ainda que não tenha feito jus a esse título. Mas fanboyismos aparte, Killzone apresenta-se como um FPS futurista, sendo que a acção decorre no planeta Vekta, onde os humanos, mais concretamente a ISA (Interplanetary Strategic Alliance), tentam a todo o custo recuperar do ataque levado a cabo pelos Helghast, uma raça que teve origem nos primeiros colonos humanos do planeta Helghan. O único motivo pelo qual têm esta denominação deve-se às mutações que sofreram enquanto permaneceram naquele planeta, sendo agora dotados de uma força e velocidade acima dos comuns mortais. Este ataque vem no seguimento da sua derrota na primeira guerra extrasolar e sobretudo pelo ódio que sentem pela raça humana.

Na época em que foi lançado, Killzone apresentava um grafismo bastante bom tendo em conta as capacidades e limitações do hardware da PS2, face a um PC, por exemplo. Notava-se uma especial atenção ao detalhe, sobretudo no que concerne às personagens, extremamente bem concebidas e caracterizadas. Já os cenários, embora muito variados, passando por cidades, áreas desertas, montanhas geladas, selva e até no espaço, notava-se que havia um bocadinho menos de detalhe e a draw distance era algo que deixava um bocadinho a desejar, gerando um ou outro pop-up ocasional. Podia-se confirmar também que por vezes as texturas demoravam algum tempo a carregar, resultando em coisas esquisitas, como modelos 3D "inacabados", especialmente as personagens que nos seguem. Mas após alguns segundos tudo voltava ao normal. A framerate é algo sempre inconstante neste jogo, com algumas quebras nos momentos de mais tensão, aumentando em áreas reduzidas e pouco povoadas.

Num complexo industrial qualquer.
A música e o som são os pontos fortes de Killzone. A banda sonora acompanha a acção de perto, oscilando consoante o ambiente, seja ele de calmaria ou de guerra total mas durante grande parte do tempo, a música é bastante discreta. Já o som tem um papel importante, pois todos os pequenos pormenores ajudam a triunfar sobre o inimigo, seja o barulho de pegadas ou mesmo de disparos, quando estamos preocupados em encontrar um sniper escondido. Neste campo, o som é impecável. Já o voice-acting, apesar de competente, torna-se repetitivo, especialmente durante os níveis onde os inimigos se repetem vezes sem conta nos seus dizeres. Ainda assim é melhor do que termos personagens mudas.

Rico, o terror dos Helghast.
A jogabilidade em Killzone gerou um misto de opiniões. Enquanto uns dizem que é adequada, outros criticam-na duramente por ser atabalhoada e muito imprecisa. Bom, na minha opinião é um misto destas duas pois tem tanto de bom como de mau. Da primeira vez que o joguei, tive de me habituar ao esquema de controlo, como é normal. Recentemente tentei jogá-lo da mesma maneira e achei impossível, isto devido aos maus hábitos de CoD4 e seus seguidores. Mas o facto é que o esquema de CoD é impecável e quase todos os FPS de hoje adoptaram o estilo. Em Killzone, felizmente podemos configurar cada botão do comando à nossa maneira e é possível fazer algo parecido a CoD. Mas entrando em pormenores, a jogabilidade requer habituação pois é de facto imprecisa. Apontar e disparar sobre um inimigo é fácil mas tentar atingi-lo num ponto específico, como a cabeça por exemplo, com uma sniper pode revelar-se uma tarefa complicada. Por outro lado o movimento apesar da inconsistência do motor de jogo, é decente e existe um amplo arsenal à disposição, com especial menção para os disparos secundários, algo que deixou de existir na saga Killzone depois deste jogo.

Um belo passeio pelo parque.
Por outro lado os níveis são variados e longos, ainda que não existam muitos objectivos secundários. Uma das coisas boas é podermos jogar com quatro personagens diferentes embora as suas diferenças sejam mínimas. Templar é o all around e disponível desde o inicio; Luger tem menos energia mas pode aceder a áreas tipo condutas e afins devido ao seu tamanho reduzido, utilizando uma pistola metralhadora com silenciador, mira telescópica e nightvision; Rico é o brawler de serviço e opera tudo o que seja armas pesadas; por fim Hakha é um Helghast renegado que ajuda os humanos e pode esquivar-se através das armadilhas Helghast sem ser detectado. O jogo apresenta ainda uma componente online e splitscreen, para andarmos aos tiros com outras pessoas em enormes e divertidos mapas. O problema é que sofre do mesmo mal do que o modo campaign, com quebras de framerate e afins. Outro grande problema a meu ver, foi a necessidade de precisar de um patch para os mapas online que consumia quase 3 megas no Memory Card, visto não poder ser aplicado de outra maneira. Em splitscreen até era engraçado mas só dava para dois jogadores, tornando-se aborrecido ao final de um tempo.

Após este seguiram-se as sequelas na PS3, que irei trazer aqui futuramente. Por agora uma coisa é certa, Killzone é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã, continuaremos na porrada mas com uma verdadeira salganhada. ;)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Cá está um jogo que eu também possuo. Por acaso ainda não joguei muito (aliás, ainda joguei muito pouco de tudo o que eu tenho de PS2), boa análise! Certamente que quando fizer a minha pouca coisa terei a acrescentar.

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